Há dias assim: parece que tudo ou quase tudo está contra os nossos gostos, os nossos anseios. ainda para mais parece que só temos tendência para a asneira. Num destes fins-de-semana o meu querido Sporting perdeu em toda a linha: fútebol, hoquei, atletismo, eu sei lá, ainda por cima foi batido, sem contestação, pelos lampiões, carago...
Fui à cozinha, aquilo saiu mesmo mal. Abeirei-me da TV (pantalha miserável) e estive horas a (regarder) coisas que nem adjectivo merecem : manhãs querida júlia, a tarde é sua de fátima sei lá quê, conversas de jambujal da treta da bola, teleconversa de economistas da falácia. camilo não sei quê: mercados, mercados, janelas de transferências: não tens emprego, saúde e ensino mal? - Vai para fora, emigra (como se do outro lado estivesse alguém à nossa espera de mesa posta, cama aberta e um empreguinho à maneira. Queres fazer pela vida e pela tua saúde? - Olha, torna-te empreendedor, abre o teu próprio negócio, pede um crédito à tua medida: olha, faz o teu próprio plano de saúde numa companhia privada...
Fui ler um livreco do caraças, daqueles que vende que nem castanhas no dia de S. Martinho. Que coisa mais triste e desenxabida, eu sei que que nem todos podem estar para a escrita como o Cristiano Ronaldo, o Jordão, o Manel Fernandes ou o Damas para o pantapé na bola, isso é preciso muito, muito trabalhinho e muito talento ao género de Saramago, Migueis, Aquilino, Bessa-Luís entre outros craques que mesmo assim necessitam de um Mourinho das letras como a Maria do Rosário Pedreira: venham agora para cá com a treta de: publica o teu próprio livro... Tenho saudades, mesmo saudades daqueles artigos de Oscar Lopes e de Armando Castro naquelas revistas que agora faliram, parece que a Vertice ainda resiste...
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