Na foz da Ribeira da Póvoa (ponte que liga Póvoa aos Pereiros (Rio Torto), junto à casa da Quinta do Talão.
Nas margens do rio Torto, entre as freguesias da Póvoa (Penedono) e Pereiros (São João da Pesqueira), Mozinhos, Quinta do Alberto, Rio Bom e Quinta do Talão (entre outras pequenas localidades) formam um conjunto de antigos lugares habitados de antiquíssimas tradições culturais, económicas e sociais. Havia casais radicados em quintas e lugares que se dedicavam à agricultura, à pastorícia e à moagem hídrica, de relevância local e regional. Todavia, praticamente tudo e desvaneceu, sobretudo, com a queda abrupta dessas actividades, nomeadamente, a partir da entrada de Portugal na moeda única, o €. Pelo menos, ao longo do século XIX e, porventura, até meados do século XX, sucederam família de moradores no Talão e na Quinta do Alberto em regime de caseiros cujos proprietários residência nas cidade do Porto e de Lisboa, usufruindo dos rendimentos, deixando aos caseiros parcos ganhos, muito trabalho e imensas canseiras. Eram caseiros sobretudo originários dos Mozinhos, da Ribeira da Póvoa e dos Pereiros - a penúltima caseira da Quinta do Alberto apresentou-se assim: nasci nos Mozinhos, baptizaram-me no Souto, andei na escola primária do Souto (1ª classe), levaram-me para a Quinta do Talão, fui para a escola dos Pereiros até à terceira classe, casei na igreja dos Pereiros (marido da Ribeira da Póvoa), tive boda de casamento na casa da Quinta do Talão, voltei a morar nos Mozinhos onde tive um filho, fui moleira na Ribeira da Póvoa onde tive uma filha e aprendi a ser moleira, fui morar, de caseira, para a Quinta do Alberto onde criei dois filhos, fui morar para a Ribeira da Póvoa, depois para a Póvoa onde enviuvei e agora estou em Penela...
Pelo Talão passaram, dos Mozinhos, pelo menos, Joaquim Fonseca e Ana Joaquina e Manuel Macena e Isaura Grelo (esta do Rio Bom), dos Pereiros o "Zé Grande, com a filharada, e o "Crocheta"...
A que anos se refere no que diz respeito à Quinta do Talão?
ResponderEliminarEntre 1850 a 1970
EliminarA Quinta do Talão foram terras também cultivadas pelo meu avô, António Ribeiro, que as adquiriu e hoje fazem parte da "herança" da família.
EliminarEram outros tempos, onde o cultivo ocupava a palavra e o esforço do dia-a-dia.
Olá, bom dia:
ResponderEliminarO apelido, "alcunha" da caseiro do Talão, antes do Zé Grande e do António Ribeiro é "Colchete", uma família da Trancosã, cujo pai, o Senhor António Colchete foi combatente na I Grande Guerra Um dos irmãos, o António Colchete, ainda vive nos Pereiros. O caseiro mais conhecido nesta Quinta foi, não obstante, o Sr. Manuel Peixeira que, com a sua mulher, a Senhora Isaura, ali criou um rebanho de filhos. Gosto das fotografias e agradeço muito que as tenha publicado para conforto da minha memória. Obrigado, bom dia!
Obrigado pela colaboração, não sei bem se se pronuncia Colchete se corcheta, é verdade que o pai dele foi combatente na 1ª guerra, como o meu avô. Manuel Peixeira, da parte da mãe, Maria dos Anjos Peixeira, mas Macena da parte do pai, José Joaquim Macena
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