domingo, 3 de julho de 2016

Mozinhos: Quinta do Talão e Quinta do Alberto

 Mozinhos a partir da Quinta do Alberto...
Mozinhos, a partir da Quinta do Alberto
Quinta do Talão, já se não notam os acessos...
Casa da Quinta do Talão (em ruínas)
Na foz da Ribeira da Póvoa (ponte que liga Póvoa aos Pereiros (Rio Torto), junto à casa da Quinta do Talão.

Panorama actual da Quinta do Alberto

Nas margens do rio Torto, entre as freguesias da Póvoa (Penedono) e Pereiros (São João da Pesqueira), Mozinhos, Quinta do Alberto, Rio Bom e Quinta do Talão (entre outras pequenas localidades) formam um conjunto de antigos lugares habitados de antiquíssimas tradições culturais, económicas e sociais. Havia casais radicados em quintas e lugares que se dedicavam à agricultura, à pastorícia e à moagem hídrica, de relevância local e regional. Todavia, praticamente tudo e desvaneceu, sobretudo, com a queda abrupta dessas actividades, nomeadamente, a partir da entrada de Portugal na moeda única, o €. Pelo menos, ao longo do século XIX e, porventura, até meados do século XX, sucederam família de moradores no Talão e na Quinta do Alberto em regime de caseiros cujos proprietários residência nas cidade do Porto e de Lisboa, usufruindo dos rendimentos, deixando aos caseiros parcos ganhos, muito trabalho e imensas canseiras. Eram caseiros sobretudo originários dos Mozinhos, da Ribeira da Póvoa e dos Pereiros - a penúltima caseira da Quinta do Alberto apresentou-se assim: nasci nos Mozinhos, baptizaram-me no Souto, andei na escola primária do Souto (1ª classe), levaram-me para a Quinta do Talão, fui para a escola dos Pereiros até à terceira classe, casei na igreja dos Pereiros (marido da Ribeira da Póvoa), tive boda de casamento na casa da Quinta do Talão, voltei a morar nos Mozinhos onde tive um filho, fui moleira na Ribeira da Póvoa onde tive uma filha e aprendi a ser moleira, fui morar, de caseira, para a Quinta do Alberto onde criei dois filhos, fui morar para a Ribeira da Póvoa, depois para a Póvoa onde enviuvei e agora estou em Penela...
Pelo Talão passaram, dos Mozinhos, pelo menos, Joaquim Fonseca e Ana Joaquina e Manuel Macena e Isaura Grelo (esta do Rio Bom), dos Pereiros o "Zé Grande, com a filharada, e o "Crocheta"...

5 comentários:

  1. A que anos se refere no que diz respeito à Quinta do Talão?

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    1. A Quinta do Talão foram terras também cultivadas pelo meu avô, António Ribeiro, que as adquiriu e hoje fazem parte da "herança" da família.
      Eram outros tempos, onde o cultivo ocupava a palavra e o esforço do dia-a-dia.

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  2. Olá, bom dia:
    O apelido, "alcunha" da caseiro do Talão, antes do Zé Grande e do António Ribeiro é "Colchete", uma família da Trancosã, cujo pai, o Senhor António Colchete foi combatente na I Grande Guerra Um dos irmãos, o António Colchete, ainda vive nos Pereiros. O caseiro mais conhecido nesta Quinta foi, não obstante, o Sr. Manuel Peixeira que, com a sua mulher, a Senhora Isaura, ali criou um rebanho de filhos. Gosto das fotografias e agradeço muito que as tenha publicado para conforto da minha memória. Obrigado, bom dia!

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    1. Obrigado pela colaboração, não sei bem se se pronuncia Colchete se corcheta, é verdade que o pai dele foi combatente na 1ª guerra, como o meu avô. Manuel Peixeira, da parte da mãe, Maria dos Anjos Peixeira, mas Macena da parte do pai, José Joaquim Macena

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