sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
Mozinhos - Castainço, Granja, Ourozinho, Penedono, Penela, Póvoa, Souto
Castainço
Povoação e freguesia do concelho de Penedono, comarca de S. João da Pesqueira, distrito de Viseu e diocese de Lamego, orago de São Sebastião.
A antiga freguesia era curato anexo à abadia de Penedono e da apresentação do seu abade, no termo da mesma vila e comarca de Pinhel.
No início do século XVIII estava anexa à Granja e, por isso, se denominou durante algum tempo Castainço da Granja.
Durante a extinção do concelho de Penedono 807-09-1895 a 13-01-1898) fez parte do concelho de São João da Pesqueira.
Judicialmente aparece em: 1839 – comarca de Trancoso; 1852 – Meda; 1878 – julgado de Trevões.
Como património histórico e cultural destacam-se: Dólmen do Sangrino (composto de uma câmara poligonal e corredor); Igreja Matriz de São Sebastião; Capela de Santo António.
São Sebastião festeja-se a 20 de Janeiro; Santo António celebra-se entre o primeiro e o segundo domingo de Agosto.
Castainço, Penedono - Memórias paroquiais, vol. 9, nº 189, p. 1235 a 1236
Transcrição
(fl. 1235) <Castainço> n.º 70 <Castainço termo Penedono comarca Pinhel>
Fis a possivel averiguacam sobre os iterroguatorios que me foram mandados por ordem de sua Excelencia Reverendissima aos coais repondei em particular.
1 O luguar desta freguezia chamase Castainço fica na provincia da Beyra alta comarca de Pinhel Bispado de Lamego termo da villa de Penedono he freguezia sobre si o padrueiro he S. Sebastiam.
2. Nam he denatario mas sempre foy e he de el rey nosso senhor que Deus goarde.
3 Tem cem vezinhos e pessoas duzenta e noventa e nove.
4 Está este lugar situado em hum valle descobremse delle a villa de Semdim que dista duas legoas e Aldeya que dista legoa e meya.
5 Nam tem termo seu mas he obriguado este lugar ao termo de Penedono.
6 A parroquia está dentro do luguar e nam tem outros lugares obriguados a ella.
7 O seu orago he S. Sebastiam tem a igreja tres altares o altar mor he do padroeyro S. Sebastiam outro de Santo Antonio outro de Nossa Senhora, tem coatro naves huma Irmandade das Almas e tem capella sua peguada na igreja da parte do sul.
8 O parroco desta freguezia he cura aprezentado pello abade do Salvador de Penedono tem de renda outenta e coatro alqueires de centeyo e trigo e outo arrates de çera e nada mais.
9 Nada
10 Nada
11 Nada
12 Nada
13 Nam tem mais que huma ermida de Nossa Senhora da Anunçiaçam que está fora do povo nam he de pessoa particular mas do mesmo povo.
(fl. 1236) 14 Nam acomoda ella romagens de outras partes somente vai esta freguezia vezitada em prossicam em tres dias do anno que sam em dia de S. Marcos quinta feira mayor e na quarta feira das roguacoins.
15 Os frutos que os moradores desta terra recolhem em mayor abundancia sam centeyo, triguo, milho, castanhas, e linho.
16 Está este lugar sogeito a camera e juis ordinario da villa de Penedono.
17 Nam he couto nem cabeça de concelho honrra ou …
18 Nam há memoria se tivessem os homens insignes em virtudes armas ou letras couza digna de memoria ou mayor nome.
19 Nada
20 Esta terra nam tem correyo mas servese do correyo de Muimenta da Beyra que dista desta duas legoas.
21 Dista esta terra da çidade capital do bispado seis legoas e da capital do reino çecenta
22 Nada
23 Nada
24 Nada
25 Nada
26 Na padeseu ruina alguma no terremoto de mil setecentos e cincoenta e çinco.
27 E nam há mais couza alguma digna de memoria.
Nos interroguatorios das serras e rios nam ha couza digna de memoria em alguma destas couzas e he o que posso responder aos interroguatorios pelo que conheço e tenho avirguado e por verdade de tudo me asigno Castainço de Abril 13 de 1758
O cura Jozé de Abreu Fragozo [assinatura autógrafa]
PERO FERNANDES, SAPATEIRO, MORADOR EM CASTAINÇO, TERMO DE PENEDONO E COUTO DE LEOMIL, DORMIRA CARNALMENTE COM ISABEL, MOÇA QUE COM ELE VIVIA.
REGISTO DE PASSAPORTES
Requerente: Joaquim José Rebelo Tavares Filiação: Idade: 37 Profissão: Estado Civil: Lugar: Castainço Freguesia: Concelho: Penedono Destino: Império do Brasil 1858-11-20
Requerente: Francisco António Filiação: Idade: 29 Profissão: Sapateiro Estado Civil: Casado Lugar: Castainço Freguesia: Concelho: Penedono Destino: Rio de Janeiro 1883-04-18
Requerente: José André Filiação: António Joaquim de Almeida Idade: 30 Profissão: Jornaleiro Estado Civil: Solteiro Lugar: Castainço Freguesia: Concelho: Penedono Destino: Pará 1884-08-19
Requerente: António Joaquim Filiação: Idade: 34 Profissão: Proprietário Estado Civil: Casado Lugar: Castainço Freguesia: Concelho: Penedono Destino: Rio de Janeiro 1884-10-02
Requerente: José Frederico Filiação: Aurélio de Jesus Idade: 9 Profissão: Estado Civil: Lugar: Castainço Freguesia: Concelho: Penedono Destino: Pará 1885-03-26
Requerente: José Frederico Filiação: Aurélio de Jesus Idade: 11 Profissão: Estado Civil: Lugar: Castainço Freguesia: Concelho: Penedono Destino: Pará 1887-04-27
Requerente: Francisco Manuel Ferreira Filiação: Idade: 26 Profissão: Proprietário Estado Civil: Solteiro Lugar: Castainço Freguesia: Concelho: Penedono Destino: Império do Brasil 1887-05-31
Primeiros Mancebos Registados no Exército
Para uma população total de 577 pessoas, em 1871, residentes em Castainço, requere-ram-se 2 mancebos, seleccionador a partir de 5 recenseados.
Processos Tribunal Santo Ofício – Iquisição
DILIGÊNCIAS DE HABILITAÇÃO PARA O CARGO DE NOTÁRIO DO SANTO OFÍCIO DO PADRE MANUEL MARTINS DE ANCIÃES
Processo de Branca Gomes
Processo de Isabel Henriques
Património Edificado
Capela de Santo antónio
IPA - monumento; nº IPA - pt011812030066; designação - capela de santo antónio; localização - PORTUGAL, VISEU, PENEDONO, CASTAINÇO; acesso - não definido; protecção - não definido; enquadramento - não definido; descrição - não definido; descrição complementar - não definido; utilização inicial - religiosa: capela; utilização actual - religiosa: capela; propriedade - privada: igreja católica; afectação - não defi-nido; época construção - não definido; arquitecto | construtor | autor - não definido; cronologia - não definido; tipologia - arquitectura religiosa; características particulares - não definido; dados técnicos - não definido; materiais - não definido; bibliografia - dicionário enciclopédico das freguesias, vol. iii, matosinhos, 1997, p. 620; documen-tação gráfica - não definido; documentação fotográfica - não definido; documentação administrativa - não definido; intervenção realizada - não definido; observações – em estudo; autor e data - paula figueiredo 2002; actualização - não definido.
Quinta dos Padres Lacerdas
IPA – Monumento; Nº IPA - PT011812030005; Designação - Quinta dos Padres Lacer-das; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Castainço; Acesso - não definido; Pro-tecção - não definido; Enquadramento - não definido; Descrição -não definido; Descri-ção Complementar - não definido; Utilização Inicial- residencial: quinta; Utilização Actual - não definido; Propriedade - não definido; Afectação - não definido;
Época Construção - não definido; Arquitecto | Construtor | Autor -não definido; Crono-logia - não definido; Tipologia - arquitectura residencial; Características Particulares - não definido; Dados Técnicos - não definido; Materiais - não definido; Bibliografia - não definido; Documentação Gráfica - não definido; Documentação Fotográfica - não definido; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada - não definido; Observações - EM ESTUDO; Autor e Data - Patrícia Costa 2001; Actualização - não definido.
Igreja Matriz de Castainço / Igreja de São Sebastião
IPA – Monumento; Nº IPA - PT011812030064; Designação - Igreja Matriz de Castain-ço / Igreja de São Sebastião; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Castain-ço;Acesso - não definido; Protecção - não definido; Enquadramento - não definido; Descrição - não definido; Descrição Complementar - não definido; Utilização Inicial - religiosa: igreja matriz; Utilização Actual - religiosa: igreja matriz; Propriedade - privada: Igreja Católica; Afectação - sem afectação; Época Construção – não definido;
Arquitecto | Construtor | Autor - não definido; Cronologia - era dependente da Igreja de São Salvador de Penedono; Tipologia - arquitectura religiosa; Características Particulares - não definido; Dados Técnicos - não definido; Materiais - não definido; Bibliografia - Dicionário enciclopédico das freguesias, vol. III, Matosinhos, 1997, p. 620; Documentação Gráfica - não definido; Documentação Fotográfica - não definido; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada - não definido; Observações - EM ESTUDO; Autor e Data - Paula Figueiredo 2002; Actualização - não definido.
Capela de Nossa Senhora dos Prazeres
IPA – Monumento; Nº IPA - PT011812030065; Designação - Capela de Nossa Senhora dos Prazeres; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Castainço; Acesso - não defini-do; Protecção - não definido; Enquadramento - não definido; Descrição - não definido; Descrição Complementar - não definido; Utilização Inicial - religiosa: capela; Utiliza-ção Actual - religiosa: capela; Propriedade - privada: Igreja Católica; Afectação -não definido; Época Construção - não definido; Arquitecto | Construtor | Autor - não definido; - não definido; Tipologia - arquitectura religiosa; Características Particulares -não definido; Dados Técnicos - não definido; Materiais - não definido; Bibliografia - Dicionário enciclopédico das freguesias, vol. III, Matosinhos, 1997, p. 620; Documentação Gráfica - não definido; Documentação Fotográfica - não definido; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada - não definido; Observações – em estudo;Autor e Data - Paula Figueiredo 2002; Actualização - não definido.
Cruzeiros em Castainço
IPA - Monumento; Nº IPA - PT011812030067; Designação - Cruzeiros em Castainço; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Castainço; Acesso - não definido; Protecção - não definido; Enquadramento - não definido; Descrição - não definido; Descrição Complementar - não definido; Utilização Inicial - religiosa: cruzeiro; Utilização Actual - religiosa: cruzeiro; Propriedade - privada: Igreja Católica; Afectação - não definido; Época Construção - não definido; Arquitecto | Construtor | Autor - não definido; Cronologia - não definido; Tipologia - arquitectura religiosa; Características Particulares - não definido; Dados Técnicos - não definido; Materiais - não definido; Bibliografia - Dicionário enciclopédico das freguesias, vol. III, Matosinhos, 1997, p. 620; Documentação Gráfica - não definido; Documentação Fotográfica - não definido; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada – definido; Observações - Em estudo; Autor e Data - Paula Figueiredo 2002; Actualização - não definido.
Dólmen da Marofa
CNS: 19430; Tipo: Dolmen; Distrito/Concelho/Freguesia: Viseu/Penedono/Castainço
Período: Neo-Calcolítico; Descrição: Dólmen de câmara poligonal com oito ou nove esteios, todos inteiros, ligeiramente tombados para o interior. O esteio de cabeceira encontra-se tombado, deslocado da sua posição original. Possui ainda a laje de cobertura da câmara. O corredor, orientado a E.SE., encontra-se quase totalmente subterrado. A mamoa apresenta-se muito destruída pelos trabalhos agrícolas.
Meio: Terrestre; Classificação: -; Conservação: Bom; Processos: 90/1(056).
Senhora do Monte 5 – Sangrino
CNS: 7384; Tipo: Dolmen; Distrito/Concelho/Freguesia: Viseu/Penedono/Castainço
Período: Neo-Calcolítico; Descrição: Monumento bastante destruído, apresentado ape-nas o corredor e parte da mamoa bem conservada. A câmara conserva ainda dois esteios no lado norte. O dólmen está orientado a E.S.E… O corredor mede 3,30m, afunilando à medida que nos aproxima-mos da sua entrada. O lado norte apresenta 5 esteios "in situ" e um outro (?) deslocado, a cerca de 24m a Este do último esteio do lado Norte. O lado Sul apresenta 4 esteios "in situ". Observam-se ainda 3 esteios deslocados dentro do corredor. A mamoa bem conservada no lado Norte, tem cerca de 10m de diâmetro; Meio: Terrestre; Classificação: -; Conservação: -; Processos: 90/1(056) e S – 07384.
Granja
Granja de Penedono é povoação e paróquia de São Sebastião, concelho de Penedono, comarca da Meda, distrito administrativo de Viseu, diocese de Lamego, relação de Coimbra, província da Beira Alta, orago de São Sebastião.
Tendo esta freguesia sido anexada ao concelho da Meda, pela extinção do de Penedono, por decreto de 7 de Setembro de 1895, voltou a este quando restaurado, decretado em 13 de Janeiro de 1898.
Em 1839 aparece na comarca de Trancoso; em 1852 na comarca da Meda; em 1878 na comarca de São João da Pesqueira.
Pinho Leal descreveu esta freguesia como localidade situada num ramal de estrada para a sede do concelho e no caminho para a freguesia de Pereiros, a cinco quilómetros, aproximadamente, da margem esquerda da ribeira de Forte, afluente da margem esquerda do Rio Douro.
O movimento da população desta freguesia, desde a publicação da primeira edição da Chorografia de Portugal, de Padre Carvalho, até ao último recenseamento é o seguinte:
P. Carvalho - 1708 - 100 fogos - ?
2ª edição - 1868 - 105 fogos - ?
Est. paroquial - 1862 - 118 fogos - 380 habitantes
Est. Civil - ? - ? - 431 habitantes
Censo - 1890 - 128 fogos - 475 habitantes
Censo - 1900 - 128 fogos - 473 habitantes
Censo - 1911 - 135 fogos - 461 habitantes
Censo - 1920 - 116 fogos - 430 habitantes
Censo - 1930 - 102 fogos - 345 habitantes
Do património construído regista-se: Igreja Matriz de São Sebastião; Capela de Santo António; Capela de São Torcato; Ruínas das minas de Santo António.
No dia 13 de Junho celebram-se as festividades em honra de Santo António.
Granja, Penedono - Memórias paroquiais, vol. 17, nº 102
Transcrição
(fl. 563) <Granja termo de Penella e de Penedono comarca de Pinhel> n.º 102
Inscriçam desta freguesia da Granla que manda fazer o senhor D. Jozeph que Deus per-doe(?)
1 Esta freguesia da Granja fica na provincia da Beyra e do bispado de Lamego comarca de Pinhel termo a metade dos parochianos são da vila de Penella e a outra parte da villa de Penedono proque parte do termo pelo meyo da freguezia.
2 Sempre como tãobem aguora foy del rey que Deus Nosso Senhor guarde.
3 Tem sesenta e dous vezinhos, pessoas duzentas e quarenta.
4 Esta em hum valle entre as duas villas de Penedono e Penella a qual se nella se descobre em distancia de mey leguoa e nam de discobre mais povoaçam alguma.
5 Fica ditto no numero 1 e 3.
6 A parochia esta fora do lugua[r] a qual está no meyo dos luguares que tem que por todos são quatro que se chamam Granja, Picoula(?), Monte de S. Antonio e Rendinho.
7 O seo orago hé o invicto martyr S. Sebastiam, tem tres altares no mayor está o Santissimo Sacramento no meyo e do lado direyto o glorioso martyr S. Sebastiam e do esquerdo hua imagem de Nossa Senhora da Conceyçam, nos outros dous colateraes no do lado direyto está hua imagem de Nosso Senhor Crucificado e no esquerdo está hua imagem de Nossa Senhora do Rosario a qual hé protetora de hua Irmandade das Almas e não tem mais Irmandades, tem hua só nave.
8 O parocho hé cura annoal hé appresentaçam da abbadia de Sam Salvador da villa de Penedono tem hua lemitada pensam de renda sesenta alqueyres de pão centeyo e vinte e quatro de triguo.
9 Neste numero e no 10, 11, 12 não que <há> que dizer.
13 Tem duas capellas hua de S. Antonio e outra de Nossa Senhora da Conceyçam ambas sam de pessoas da mesma freguezia e estão na<s> quela<s> (fl. 564) do Santo Antonio.
14 Nam acode a ellas gente de romagem contudo nesta capella de Nossa Senhora da Conceycam se venera a imagem do glorioso S. Trocato e tem alguns milagres.
15 Os fructos da terra de mayor abundancia sam pam de centeyo milho e castanhas de castanheyros e castanhas da India a que vulgarmente se chama castanholas … da … trigo feyjoens cebollas e mais ortaliçça muito e bom linho azeyte nenhum vinho tudo em … com pouco e verde porque terra ansy hé frigidíssima mas vezinha de outras quentes donde de … de vinha e azeyte.
16 Os juizes ordinarios fazemsse cada hum anno e na villa da cabeça que hé Penedono e toda a mais justiça dela perfeyta camara.
17 Parte desta freguezia está sogeyta as justiças da villa de Penella couto da ouvidoria de Liomil.
18 Por ser falta de universidades não tem cousa memorável de letras e das mais memorias per suas causas.
19 Nisto não há que dizer no vegesimo 20 servese do creyo da Moimenta da Beyra que dista tres leguoas.
21 Dista da cidade capital de bispado septe leguoas e sesenta de Lisboa capital do reyno.
22 Neste e no 23, 24, 25, 26, 27 não que dis(?).
Nesta terra não há cousa de que seja memoria pertencente a serra nem rios porque nesta registe apenas há humas pequenas campinas que que corem e perduzem lenha e pasto para pouco guado meudo que viram pr ellas pasto tambem tem pouca caça de coelhos e lebres e perdizes tambem nella se cultiva algum centeyo mas muito pouco os rios sam huns reguatos que correm de pressa arrebatados do norte diguo do sul para o norte (fl. 565) emquanto as nuvens lhe suministram aguas porque no veram o mais delles secam outros reguam os campos dos milhoens e mais frutos da terra.
Isto he na verdade tudo o que se pode dizer desta freguesia da Granja de Penedono do bispado de Lameguo e comarqua de Pinhel hoje 11de Mayo de 1758
O cura Manoel Rodrigues [assinatura autógrafa]
Registo de Passaportes
Requerente: Francisco Manuel de Aguiar Filiação: Idade: 28 Profissão: Sapateiro Esta-do Civil: Solteiro Lugar: Granja Freguesia: Concelho: Penedono Destino: Rio de Janei-ro 1871-04-19
Requerente: Maria da Conceição Filiação: Idade: 58 Profissão: Proprietária Estado Civil: Viúva Lugar: Moutinho Freguesia: Granja Concelho: Penedono Destino: Rio de Janeiro 1883-09-20
Requerente: Manuel de Jesus Filiação: Idade: 29 Profissão: Proprietário Estado Civil: Viúvo Lugar: Granja Freguesia: Concelho: Penedono Destino: Santos 1885-02-23
Requerente: João de Jesus Filiação: Idade: 25 Profissão: Lavrador Estado Civil: Casado Lugar: Granja Freguesia: Concelho: Penedono Destino: Rio de Janeiro 1885-06-08
Requerente: Manuel José Filiação: Idade: 34 Profissão: Estado Civil: Casado Lugar: Granja (natural de); Penela (residente em) Freguesia: Concelho: Penedono Destino: Pará 1887-04-09.
Primeiros Mancebos Registados no Exército
Para uma população total de 431 residentes, em 1871, recensearam-se 4 indivíduos, dos quais se apurou um mancebo.
SITUAÇÃO FINANCEIRA DA COMPANHIA DAS MINAS DE OURO DE PENEDONO.
ACUSAÇÃO DE FRAUDE FEITA AOS RESPONSÁVEIS PELA EXPLORAÇÃO DAS MINAS DE OURO DE PENEDONO.
Património Edificado
Quinta da Picoila
IPA – Monumento; Nº IPA - PT011812040007; Designação - Quinta da Picoila; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Granja; Acesso - não definido; Protecção - não definido; Enquadramento - não definido; Descrição Complementar - não definido; Utilização Inicial - residencial: quinta; Utilização Actual - não definido; Propriedade - não definido; Afectação - não definido; Época Construção - não definido; Arquitecto | Construtor | Autor - não definido; Tipologia - arquitectura residencial; Características Particulares; não definido; Dados Técnicos - não definido; Materiais - não definido; Bibliografia - não definido; Documentação Gráfica - não definido; Documentação Fotográfica - IHRU: DGEMN/DSID; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada - não definido; Observações – em estudo; Autor e Data - Paula Figueiredo 2002; Actualização - não definido.
Monte Airoso
CNS - 11791; Tipo - Povoado; Distrito/Concelho/Freguesia - Viseu/Penedono/Granja
Período - Idade do Bronze – Final e Idade do Ferro; Descrição - é um povoado fortificado em grande parte ocupado pela plantação de castanheiros, o restante encontra-se com densa vegetação o que impede uma leitura dos solos mais aprofundada, no entanto nota-se ao longo da costa alguns derrubes de estruturas. No local têm sido achados inúmeros vestígios de superfície, entre eles um bracelete em ouro e segundo a população local é um sítio bastante procurado por diversas pessoas.
Meio - Terrestre; Classificação -; Conservação - Regular; Processos - 88/1(006) e S – 11791.
Ourozinho
Freguesia da Beira Alta, concelho de Penedono, comarca de São João da Pesqueira, orago São Tiago.
A antiga freguesia de Nossa Senhora d´Assunpção de Ourozionho esteve anexa a uma capela do claustro da Sé de Lamego, no termo da vila de Penedono. Passou depois a freguesia independente com o título de vigaria.
Em 1839 aparece na comarca de Trancoso; em 1852 na comarca da Meda.
Tendo sido anexada ao concelho da Meda, pelo Decreto de 7 de Setembro de 1895 que extinguiu o concelho de Penedono, voltou a este depois de restaurado em harmonia com o disposto no Decreto de 13 de Janeiro de 1898.
É composta pelos seguintes lugares: Fiarresga, Rio Torto, Telhal, Valongo e pelas quintas – Feras, Matta e Vale do Outeiro.
É descrita como freguesia de terra pouco fértil em cereais, mas relativamente dotada para a produção de bom vinho, frutas, legumes, hortaliças e especialmente lugar onde se criava gado e abundava caça.
Quanto a festas e romarias constam os festejos em honra da Nossa Senhora da Assunção e de São Tiago, em 25 de Agosto.
Do património construído refiram-se: Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção; Capela de Santo António (Telhal); Capela de São Tiago.
Ourozinho, Penedono - Memórias paroquiais, vol. 26, nº 54, p. 423 a 428
Transcrição
(fl. 423) <Ourozinho termo Penedono comarca Pinhel> n.º 54
Excelentíssimo e Reverendíssimo Senhor
Satisfazendo às reaes detriminaçoens e aos proceytos de Vossa Senhoria Excelentíssima Reverendíssima
1 Estte povo do Ourozinho fica na provincia da Beyra alta pertence ao bisppado de Lamego, à comarqua de Pinhel, ao termo da villa de Penedono, freguesia sobre sy.
2 He de el rey nosso senhor.
3 Tem setenta e dous vizinhos, pessoas maiores duzentas e trinta e outo, menores vinte?
4 Esta terra está situada em hum valle, chamado Ourozinho entre dous montes, pouco eminentes dos coais se descobrem e compreendem as povoaçoens seguintes para a parte do nascente a praça de Almeyda guarnecida com toda a fortaleza como he patente não só aos nacionaes mas ào[s] estranhos e dista desta freguezia nove legoas, mais outra praca de armas chamada Castelo Rodrigo dista sette legoas, mais a villa de Pinhel cabeca cappital da comarqua, mais o lugar de Figueira, mais a villa de Almendra, Escalhão, Villar de Amargo, Algodres, terras que ficão quazi com a mesma distancia que à Castelo Rodrigo e todas as povoacoens mencionadas estão no destrito de Cima Coa confinantes às fronteyras de Hespanha e discorrendo para o norte se avista Villa Nova de Foscoa situada e proxima ào Alto Douro dista desta freguesia coatro legoas, mais a villa (fl. 424) de Numão situada em huma campina proxima ao rio Douro dista tres legoas, mais a villa de S. João da Pesqueira terra do Excelentíssimo Marquês de Tavora dista tres legoas, mais a villa de Ranhados terra do senhor Infante Dom Pedro dista huma legoa, mais se avista na provincia Tras dos Montes a Torre de Moncorvo dista sinco legoas. Para a parte do poente se avista a villa de Penedono distta huma legoa, para a parte do sul se avista a villa de Trancoso dista tres legoas, a Serra da Estrella dista des legoas.
5 Não he termo seu mas he da villa de Penedono.
6 A parroquia desta freguesia está fora das povoaçoens distancia hum quarto de legoa em hum valle que chamão Ourozinho tem tres lugares, são Fiarroega(?), Palhal e Val-longo.
7 O orago desta parrochia he Nossa Senhora da Asumpção tem tres altares o mayor da Senhora da Assumpção, colateraes Nossa Senhora do Rozario e outro de S. Sebastião não tem naves nem irmandades.
8 O parroco hé cura annual da aprezentação do administrador da cappella de S. Nicolao erecta nos claustros da Sé catedral da cidade de Lamego e tem de renda quarenta mil reis excepto o pé de alttar?
(fl. 425) 9 Não tem beneficiados?
10 Não tem conventos?
11 Não tem hospital?
12 Nada? 13 Nada? 14 Nada?
15 Os fructos que os moradores desta freguesia colhem em maior abundancia hé centeio, trigo, milho, castanha, e linho, e vinho do mais pouquo se acolhe.
16 Está sujeita àos juizes da villa de Penedono que hé cabeca do concelho a coal tem dous juizes, dous veriadores, dous almotacees e hum procurador.
17 Nada? 18 Nada
19 Nesta terra fazse huma feyra a 25 de Julho dia do appostolo S. Tyago he anual e não dura mais de hum dia?
20 Não tem correo mas servesse do de Muimenta da Beyra que dista <desta> terra coa-tro legoas, (fl. 426) chega à segunda feyra e parte à sexta feyra.
21 Fica esta freguesia outo legoas distante da cidade de Lamego cabesa cappital deste bisppado e fiqua sesenta e sinco distante da cidade de Lixboa cappital do reyno?
22 Nada?
23 Esta terra não tem fontes celebres, somente nos suburbios da villa de Penella distante desta freguezia duas legoas há humas lagoas que vulgarmente chamão vyeiros que se diz serem muito antigas e do tempo que os mouros ocuppavão e posuhião estas terras mas suas agoas não tem <qualidade> alguma digna de memoria.
24 Nada?
25 Penedono que he cabeca do concelho há hum castello bastante forte com duas torres já muito antigo que se dis ser obra dos mouros de quando existião nestas terras e ainda ao prezente existe com toda a fortaleza.
26 Não se experimentou ruina alguma no terremoto de 1765 (sic) dia de Todos os San-tos.
(fl. 427) E não há mais digno de memoria que poessa fazer menção nos sobreditos interrogatorios que tudo pûs na verdade.
Emcoantos aos interrogatorios que procurão pellas serras e rios não tenho que informar porque nesta terra e suburbios não há serras, nem rio, nem fontes que possa mencionar as suas propriedades hé tudo na verdade o referido no interrogatorio acima escrito. Ourozinho 23 de Abril de 1758.
Fiel vassalo de Vossa Magestade e súbdito do Excelentíssimo Reverendíssimo Senhor
O cura do Ourozinho o padre Manoel Ribeyro [assinatura autógrafa]
Registo de Passaporte
Requerente: António Albino Filiação: Idade: 42 Profissão: Funileiro Estado Civil: Casado Lugar: Ourozinho Freguesia: Concelho: Penedono Destino: Pará 1887-03-26
Primeiros Mancebos Registados no Exército
António Joaquim, filho de Júlio César, residente em Ourozinho, incorporado em 20 de Agosto, de 1863, com o número 1, seleccionado em 1863.
Para uma população total de 549 pessoas, residente no Ourozinho, em 1871, foi reque-rido 1 mancebos, recrutado a partir de 3 recensenciados.
Património Edificado
Telhal
CNS15765;TipoMamoa;Distrito/Concelho/Freguesia:Viseu/Penedono/Ourozinho;Período -; Descrição - Dolmen bem conservado. Tem gravado letras que parecem remontar ao século XVIII, e que significam que pertenceu à Universidade de Coimbra. Nas ime-diações há restos de outro dólmen.
Meio - Terrestre; Classificação -; Conservação -; Processos -.
Lameira de Cima 1
CNS - 7316;Tipo - Anta; Distrito/Concelho/Freguesia - Viseu/Penedono/Ourozinho
Período - Neo-Calcolítico; Descrição - Necrópole constituída por dois monumentos. Trata-se de um dólmen de corredor, medindo cerca de 6,08m de comprimento e orientado a E, bem diferenciado da câmara, quer em altura quer em planta. A câmara poligonal, é composta por sete esteios sobrepostos à laje central e assentes directamente no afloramento. O corredor é de dimensões médias, conendo apenas cinco esteios de cada lado, aumentando em altura, à medida que se avança para o interior. Da cobertura do ssepulcro já não se conserva qualquer laje, no entanto dela poderão fazer alguns dos fragmentos encontrados no interior do monumento e sobre o tumulus.
Meio - Terrestre; Classificação - em Vias de Classificação; Conservação – Processos - S – 07316.
Lameira de Cima 2
CNS - 7322;Tipo - Dolmen; Distrito/Concelho/Freguesia - Viseu/Penedono/Ourozinho
Período - Neo-Calcolítico; Descrição - integrado num conjunto megalítico de dois monumentos, constituindo-se como a Necrópole megalítica de Lameira de cima, encontrava-se profundamente remexido e miuto arruinado. O monumento de câmara poligonal, é composto por sete esteios sobrepostos à laje central. O corredor conservava apenas um esteio, apoiado na sua face maior, caracterizado por uma ante-câmara de tipo "vestibula". É provável que este monólito corresponda à "porta", que colocada transversalmente à entrada do corredor, obliterava o acesso ao corredor.
Meio - Terrestre; Classificação -; Conservação -; Processos - S – 07322.
Penedono
Penedono é freguesia, vila e sede concelhia; sempre citado em lugar e tempo próprios no que toca à sua descrição como espaço concelhio.
Restritamente à freguesia salientemos o seu património histórico construído mais rele-vante:
- Castelo – data da Idade Média (século XIV), a construção deste castelo – torre – moradia – terá sido edificado por D. Vasco Fernandes Coutinho, senhor do Couto de Leomil, por doação. Apresenta planta hexagonal irregular com volumes articulados. É invulgarmente alto, situado sobre um afloramento rochoso. Rodeado por uma muralha de pouca altura e na parte voltada a Sul, temos uma porta de entrada que dá acesso ao castelo; é ladeada por dois torrões encimados por pequenas varandas, sustentadas por mísulas.
Em intervalos regulares, podem, ainda, ser observados mais três torreões, coroados por merlões piramidais e assentes em cachorrada.
No interior podemos ver uma cisterna e uma escadaria que dá acesso ao caminho de ronda a céu aberto, ao longo de todo o perímetro, com excepção das partes em que este é atravessado pelos torreões. É monumento nacional a partir de 16-10-1910. A partir de 14-10-1955, por Decreto, foi-lhe definida zona de protecção, visando a salvaguarda do património.
A actual estrutura resulta das obras de recuperação efectuadas na primeira metade do século XX cujo projecto não terá tido em linha de conta a estrutura original, nem as recomendações das convenções internacionais, nomeadamente a Carta de Atenas e as considerações da Carta de Veneza, de 1936. Do que restava à data do restauro podemos inferir pelas breves descrições contidas nas memórias paroquiais de 1758.
Pelourinho – trata-se de um pelourinho de gaiola do século XVI, assente sobre uma plataforma artificial de cinco degraus, de onde se ergue um fuste oitavado, encimado por um capitel decorado e com um remate do tipo gaiola, formado por oito colunelos e coberta por uma cúpula. É imóvel de interesse público pelo, Dec. Nº 23.122 de 11-10-1933.
- Igreja Matriz de São Pedro, edifício singular e austero de traços românicos, uma só torre sineira e nave única, estrutura latina e talha dourada.
- Igreja de Santa Quitéria – Ferronha:
- Capela de São Salvador.
- Capela de Nossa Senhora da Conceição – Adobispo.
- Igreja de Santa Eufémia (fora de portas e local de romaria anual).
Em Penedono, no que concerne a acontecimentos periódicos e festividades, considere-mos:
- A feira anual de São Pedro, com início a 29 de Junho, dia do seu patrono e feriado municipal;
- O mercado que se realiza quinzenalmente, às quartas-feiras;
- A festa e romaria de Santa Eufémia, entre os dias 15 e 16 de Setembro.
Processos Tribunal Santo Ofício – Inquisição
Processo de Brites da Fonseca
Processo de Marta Rodrigues
Processo de Fernão Luís
Processo de Belchior Rodrigues
Processo de João Pires
Processo de Filipa Lopes
Processo de António Rodrigues
Processo de Francisco Cardoso
Processo do Pe. João Domingues de Sequeira
Processo de Juliana Pinto
Primeiros Mancebos Registados no Exército
Francisco Xavier, filho de António do Patrocínio, residente em Penedono, incorporado em 20 de Agosto de 1863, com o número 42, seleccionado em 1863.
Para uma população total de 987, em 1871, residente em Penedono, foram pedidos 2 mancebos, seleccionados a partir de 13 recensenciados.
Património Edificado
Menir de Penedono
CNS: 7386; Tipo – menir; distrito/concelho/freguesia: Viseu/Penedono/Penedono
Período - Neo-Calcolítico; descrição - monólito de granito, não afeiçoado, bem fincado no solo. O monólito tem um comprimento total de 2,22 m, estando 0,30 m enterrado entre os afloramentos e secção irregular tendencialmente elipsoidal.
Meio: Terrestre
Classificação: -
Conservação: -
Processos: 90/1(056)
Castelo do Penedono
CNS: 31238; tipo - castelo; distrito/concelho/freguesia -Viseu/Penedono/Penedono
Período - medieval cristão; descrição: o castelo do Penedono embora de pequenas dimensões é uma iengável obra de estética fruto de diversas reconstruções. No seu interior conservam-se também as ruínas de um paço senhorial. O castelo, tal como se vê na actualidade é o resultado de uma reconstrução feita nos finais do século XVI. A fachada principal está virada a ocidente, as torres quadrangulares e estão coroadas por ameias ligadas por um passadiço superior, em redor do perímetro fortificado existem 5 torres encimadas por balcões e matacães, sobre a torre principal existe uma cisterna. No limite ocidental da parede sul levantam-se dois torreões, com as ameias ressaltadas, outros dois situam-se nos ângulos das muralhas a qual é fortalecida por um cubelo. Destacam-se as amplas janelas quadradas com os bancos laterias de cantaria. Visitado por Alexandre herculano em 1812, a fortaleza de penedono encontrava-se em ruínas e em 1940 foram efectuadas algumas obras de restauro promovidas pelo estado Novo, em 1949 e 1953 foram efectuadas algumas obras de consolidação de estruturas, o que contribuiu para que o conjunto chegasse até à actualidade em relativo estado de genuidade.
Meio: Terrestre; Classificação: Imóvel de Interesse Público
Conservação: Bom; Processos: 2009/1(008
Cadastro – IHRU: DGEMN/DSID
Castelo de Penedono / Castelo do Magriço
IPA – Monumento; Nº IPA - PT01181206000; Designação - Castelo de Penedono / Castelo do Magriço; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Penedono; Acesso -Praça Vinte e Cinco de Abril. WGS84 (graus decimais) lat.: 40.990000, long.: -7.393903; Protecção - MN, Dec. 16-06-1910, DG 136 de 23 Junho 1910, ZEP, DG 239 de 14 Outubro 1955; Enquadramento - urbano, isolado e destacado, implantado a 930 m. de altura, em monte pedregoso de afloramentos graníticos ciclópicos, que compõe a Serra de Serigo, em zona de grande interesse paisagístico, com acesso a partir da praça frontal, por escadas em empedrado, com longos patamares de granito. O aglomerado urbano estende-se nas encostas, para S. e O… Na praça, defronte do acesso à barbacã, o Pelourinho da vila (v. PT011812060001) e a Antiga Casa da Câmara (v. PT011812060101); Descrição - castelejo de planta poligonal formando um heptágono irregular, com 70 m. de perímetro, circundado por barbacã baixa, sem remate e provida de seteiras, de planta irregular, acompanhando as curvas de nível e os acidentes do terreno pedregoso onde se implanta, aberta por porta em arco quebrado a SO. Antecedido por escadaria de lanços irregulares. À direita desta porta há um pequeno troço de muralha, isolado. As muralhas do castelejo são coroadas em todo o seu perímetro por merlões paralelepipédicos de remate piramidal, alguns com seteiras, e reforçadas nos ângulos por cinco torreões rectangulares, dispostos a intervalos irregulares superiormente providos de balcões com matacães e gárgulas, rasgados por seteiras e apoiados em cachorradas denteadas, todos coroados por merlões. Entre os dois torreões voltados a SO. Firma-se um passadiço com guarda corrida sobre cornija, apoiado num grande arco quebrado sob o qual se abre porta em arco recto, com acesso por lanço de degraus curvos, encimada por tímpano emoldurado por arco de descarga de perfil quebrado e uma janela rectangular. As restantes cortinas são irregularmente abertas por fenestrações rectangulares, quadrangulares e seteiras. INTERIOR DO RECINTO: Vestígios de estruturas murárias da alcáçova; escadas de acesso ao adarve que percorre todo o perímetro muralhado e aos terraços dos torreões; algumas das janelas, de diferentes recortes, possuem conversadeiras o que leva a supôr a existência de um piso intermédio, marcado na caixa murária; sob a torre maior um vão aboba-dado em berço quebrado onde se abre janela quadrangular e diante do qual está o poço da cisterna, poligonal e coberta com abóbada de cruzaria. No arranque dos paramentos, observam-se vestígios das primitivas construções; Descrição Complementar - INSCRI-ÇÕES: 1. Inscrição de homenagem ao castelo gravada em campo epigráfico rebaixado lavrado no silhar da imposta do lado esquerdo da porta do castelo; superfície epigrafica muito erodida; granito; Dimensões: totais: 34,2x134; campo epigráfico: 30x94,3; Tipo de letra: capital quadrada; Leitura: A HISTÓRIA DESTE CASTELO FOI RECORDADADA COM GRATIDÃO PELOS PORTUGUESES DE 1940. Sobre o portal, a pedra de armas dos Coutinhos, com cinco estrelas em campo dourado; Utilização Inicial - militar: castelo / residencial: castelo; Utilização Actual - marco histórico-cultural: castelo (aberto das 10:00 às 17:00); Propriedade - pública: estatal; Afectação - Câmara Municipal de Penedono, auto de cessão de 21 Outubro 1941; Época Construção -14 / 16 (conjectural); Arquitecto | Construtor | Autor – desconhecido; Cronologia - 960, 11 Junho - no testamento de D. Flâmula vem referido um castelo de localização idêntica à do actual, recomendando-se a sua venda para os rendimentos serem aplicados no resgate de cativos, apoio aos peregrinos e mosteiros *1; 987 - conquistada por Almançor; 1055 / 1057 - Tomada do castelo aos mouros por D. Fernando Magno; 1059 - surge referido no inventário dos bens do Mosteiro de São Salvador de Guimarães; 1195 - D. Sancho I concede foral a "Pena de Domus", designação medieval de Penedono; 1217, Outubro - confirmação do foral por D. Afonso II; 1291 - a povoação tinha tabelião, que pagava ao rei 3 libras; séc. 14, finais - D. Fernando doou Penedono, por termo, a Trancoso que tinha a intenção de derrubar o castelo, pedindo os homens-bons do Concelho de Penedono ao rei que não permitisse tal acção e desse o Concelho e seu termo por isentos, tal como o foram anteriormente, o que foi outorgado pelo rei; Penedono disputa com Trancoso a primazia de ter sido berço do legendário cavaleiro Magriço; provável reedificação parcial do castelo sobre estruturas pré-existentes por iniciativa de D. Vasco Fernandes Coutinho, a quem D. Fernando o doara; 1415 - Por morte de D. Vasco Coutinho tomou o seu lugar seu filho Gonçalo Vasques Coutinho que muitas vezes mandou pôr os seus escudeiros e os seus homens a defenderem o castelo, pedindo os homens-bons a D. João I que o confirmasse como senhor daquelas terras; 1471 / 1530 - Sob a vigência de D. Francisco Coutinho, conde de Marialva, vedor das obras reais na Comarca da Beira, teve lugar nova campanha de obras, tranformando-o em residência; 1512, 27 Novembro - concessão do foral manuelino; a povoação pagava à Coroa 2$970 anuais, através do alcaide; 1527 - no Cadastro da População do Reino, é referido que a povoação tinha 486 fogos; 1758 - nas Memórias Paroquiais, surge uma descrição do castelo, construído com pedra miúda e argamassa. "Tem sinco quinas com sinco janellas de cantaria, e por dentro das paredes seus corredores com escadinhas que sobem para o alto em cercuito das muralhas de que se achava cercada a mesma torre e com humas grimpas que dellas se podia muito bem atirar e defender dos inimigos. Alguns moradores antigos desta vila ainda a conhecerão como sobrados o que hoje não tem mas sim huma cisterna sem agoas por se terem demolido os aquedutos que conduziam agua para a mesma. Achava-se cercada com seus fortes a maneira de Praça de Armas dos quais somente existem por fraguedos ainda pedaços de grandes e largos muros com baluartes e athalayas de boa guarda, os quais muros e fortes tinham a sua porta que ainda existe pequena da qual se sobe para outra que tem a mesma torre tambem pequena e no frontespicio as Armas do Conde que foi de Marialva. Tem muitas retretes antigas com suas frestas pequenas, e hoje se acha na altura della o Rellogio desta vila. 1812 - Foi visitado por Alexanfre Herculano no decorrer das investigações históricas a que o escritor procedeu nos cartórios de província; 1940 - O castelo foi alvo de uma homenagem inserida nas comemorações do III centenário da Restauração; 2005, Outubro – elaboração da Carta de Risco do imóvel pela DGEMN; Tipologia - arquitectura militar, medieval. Pequeno castelo residencial de montanha de planta poligonal irregular com torreões nos ângulos, providos de matacães e flanqueando o acesso único inscrito num grande arco quebrado, com algumas afinidades tipológicas com a entrada do castelo de Castelo Rodrigo, segundo a representação de Duarte de Armas (v. PT020904030002); Características Particulares - castelo de pequenas dimensões com acesso único, janelas com conversadeiras e cisterna sobreelevada. Na base do castelo, existem fiadas paralelas, características das construções árabes, revelando uma primeira construção; Dados Técnicos - Estruturas autoportantes; Materiais - granito de aparelho irregular - tijolo (nos merlões)- ferro; Bibliografia -Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1953, Lisboa, 1954; DGEMN, O Castelo de Penedono, Boletim nº 73,; Guia de Portugal, III Vol.-Beira - II - Beira Baixa e Beira Alta, Lisboa, 1985; ALVES, Alexandre, Penedono - Apontamentos de História e de Arte - Os Coutinhos, Penedono, 1994; Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Vol. 20, Lisboa - Rio de Janeiro, s.d.; COIXÃO, António do Nascimento Sá e TRABULO, António Alberto Rodrigues, Evolução político-administrativa na área do actual concelho de Vila Nova de Foz Côa, Vila Nova de Foz Côa, 1995; GOMES, Rita Costa, Castelos da Raia. Beira, vol. I, Lisboa, 1997; PEIXEIRA, Luís Manuel de Sousa, Penedono no Contexto da Reconquista – das origens à afirmação concelhia, Edições Colibri, 2003; SOUSA, Júlio Rocha e, Antiga Vila de Penedono, Viseu, 2001; SOUSA, Júlio Rocha e, Castelo de Penedono, Viseu, 2001; Documentação Gráfica - IHRU: DGEMN/DSID, Carta de Risco; Documentação Fotográfica - IHRU: DGEMN/DSID, Carta de Risco; Documentação Administrativa -
IHRU: DGEMN/DSID, Carta de Risco, DSARH; Intervenção Realizada - DGEMN: 1940 / 1941 - Escavação de terras e entulhos; construção de paredes de alvenaria em elevação, com argamassa de cal hidráulica e areia; degraus, patamares e pavimentos de lagedo de cantaria apicoada; construção de parapeito e merlões nos adarves da Torre com alvenaria argamassada de cal e areia; 1942 - Execução de muralhas em alvenaria argamassada; 1949 - Lageamento do pavimento do piso térreo da Torre, construção da cobertura e do pavimento do andar da mesma, colocação de caixilharias e portas, arranjo do acesso; 1953 - Refechamento de juntas, consolidação do parapeito, alvenarias nas muralhas, arranjo dos degraus da entrada, construção da verga da porta do castelejo; tectos falsos em castanho para tapamento das placas de betão de 2 pisos, construção de escada de granito de acesso aos adarves e grades de ferro de protecção dos mesmos, construção de 2 portas em madeira de castanho com ferragens; 1959 - Pequenas obras de limpeza e arranjo e reparação de porta; 1966 - Iluminação e valorização; 1969 - Construção de um tecto em castanho, na passagem da torre, limpeza e arranque de ervas dos paramentos das muralhas, merlões, escadas, pavimentos e acessos, nivelamento de pisos, substituição de fechaduras; 1972 - Estudo de valorização da envolvência; 1983 - Trabalhos diversos de consolidação e beneficiação: reparações e consolidações no respaldo da barbacã e paredes do castelejo, tapamento de fendas com alvenaria de granito a pico grosso, argamassada, e tomada refundada de juntas, assentamento de merlões em forma piramidal, tapamento de roços de apoio de barrotes, beneficiação da escada de ferro, complemento da guarda da mesma e corrimão, raspagem da tinta e nova pintura da porta;Observações - *1 - Estes bens haviam sido herdadas da mãe, Leodegúndia Dias, que os herdara do Conde Diogo Fernandes e D. Oreca; Autor e Data - João Carvalho 1997 / Lina Oliveira e Filipa Avellar 2005; Actualização - Teresa Ferreira 2005.
Pelourinho de Penedono
IPA – Monumento; Nº IPA - PT011812060002; Designação - Pelourinho de Penedono; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Penedono; Acesso - Praça Vinte e Cinco de Abril, junto ao Castelo (v. PT011812060001). WGS84 (graus decimais) lat.: 40,989541, long.: -7,393834; Protecção - IIP, Dec. nº 23 122, DG 231 de 11 Outubro 1933; Enqua-dramento - Urbano, a meia encosta, destacado, isolado, junto ao início da subida de acesso ao Castelo, na borda da via pública; Descrição - Estrutura em cantaria de granito, composta por soco octogonal de cinco degraus de face rebordante boleada, sendo o primeiro incompleto, devido ao desnível do terreno e o superior de maiores dimensões. Base quadrangular chanfrada aos cantos e fuste monolítico de secção prismática octogonal, com um listel plano no topo e sobre o qual assenta o remate, constituído por ábaco octogonal, oito colunelos, quatro de secção quadrada e quatro cilíndricos, terminados por pináculos decorados, formando gaiola. Da base do ábaco emerge uma coluna central que sustenta a cúpula de calote semi-esférica, suportando o remate, constituído por um coruchéu cilíndrico e grimpa de ferro; Descrição Complementar - não definido; Utilização Inicial - jurisdicional: pelourinho (concelho do senhorio da Casa de Marialva); Utilização Actual - marco histórico-cultural: pelourinho;
Administração - Pública: estatal; Afectação - Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933; Época Construção - séc. 16; Arquitecto | Construtor | Autor – desco-nhecido; Cronologia - 1195 - Foral concedido por D. Sancho I; 1217, Outubro - confir-mação do Foral, em Trancoso, por D. Afonso II; 1291 - a povoação tinha tabelião, que pagava ao rei 3 libras; 1512, 27 Novembro - foral Novo concedido por D. Manuel I e subsequente construção do pelourinho; pertence à Casa de Marialva; 1708 - a povoação, com 350 vizinhos, pertence à Coroa; é alcaide-mor Pedro Álvares Cabral de Lacerda; 1758 - nas Memórias Paroquiais, é referido que a povoação é da coroa, tendo 2 juízes ordinários e escrivão, sujeitos à Comarca de Pinhel; tem 3 vereadorws, um procurador do concelho e escrivão da câmara; o pelourinho está junto à cadeia, com degraus e prumo de cantaria; 1895 - extinção do concelho de Penedono; 1898 - restabelecimento do concelho; séc. 20, década de 30 – reconstrução do pelourinho, que havia sido apeado em data indeterminada; Tipologia - arquitectura jurisdicional, quinhentista. Pelourinho de gaiola, com soco octogonal de cinco degraus, fuste octogonal e remate em gaiola com colunelos e pequeno pináculo bolboso. É idêntico ao de Sernancelhe (v. PT011818160003); Características Particulares - gaiola com colunelos de diferentes secções, quatro quadrangulares e quatro cilíndricos; Dados Técnicos - sistema estrutural autónomo; Materiais - estrutrua em cantaria de granito; Bibliografia - ALVES, Alexandre, Penedono – Apontamentos de História e de Arte - os Coutinhos, Penedono, 1994; CHAVES, Luis, Os Pelourinhos - Elementos para o seu Catálogo Geral, Lisboa, 1939; COIXÃO, António do Nascimento Sá e TRABULO, António Alberto Rodrigues, Evolução político-administrativa na área do actual concelho de Vila Nova de Foz Côa, Vila Nova de Foz Côa, 1995; COSTA, António Carvalho da (Padre), Corografia Portugueza…, vol. II, Lisboa, Valentim da Costa Deslandes, 1708; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; PEIXEIRA, Luís Manuel de Sousa Peixeira, Penedono no Contexto da Reconquista – das origens à afirmação concelhia, Edições Colibri, 2005; REAL, Mário Guedes, Revista da Beira Alta, vol. XX - II, 1961; SOUSA, Júlio Rocha e, Pelourinhos do Distrito de Viseu, Viseu, 1998; SOUSA, Júlio Rocha e, Vila de Penedono, Viseu, 2001; VILAR, Iolanda, A terra do guerreiro Magriço, in Lamego Hoje, 12 Agosto 2004; Documentação Gráfica - IHRU: DGEMN/DSID; Documentação Fotográfica -IHRU: DGEMN/DSID;Documentação Administrativa - IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DSARH; DGARQ/TT: Memórias Paroquiais (vol- 28, n.º 114, fl. 747-765); Intervenção Realizada - nada a assinalar; Observações; Autor e Data - João Carvalho 1997; Actualização - não definido.
Pousada de Penedono
IPA – Monumento; Nº IPA - PT011812060008; Designação - Pousada de Penedono; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Penedono; Acesso - Praça Vinte e Cinco de Abril; Rua Padre João Aguiar. WGS84 (graus decimais) lat.: 40,989451, long.: -7,393597 ; Protecção - Não definido; Enquadramento - não definido; Descrição - tem 10 quartos duplos, 2 quartos de casal e uma suite, restaurante, sala de convívio, bar, mini-parque infantil, garagem e parque privativo; Descrição Complementar - não definido; Utilização Inicial - turística: pousada; Utilização Actual - turística: pousada; Afectação - sem afectação; Época Construção - não definido; Arquitecto | Construtor | Autor - não definido; Cronologia - 1758 - no local, estavam as casas do mestre de campo Manuel de Carvalho Cerqueira e Vasconcelos, fidalgo da Casa Real, cavaleiro professo da Ordem de Cristo e sobrinho de Luís Caetano de Carvalho Freire e Vasconcelos, abade de São Salvador; no local, existia uma capela dedicada a Nossa Senhora do Amparo; séc. 19 - reconstrução do imóvel para aí funcionar a Casa da Câmara, aproveitando-se algumas pedras sigladas; Tipologia - arquitectura turística; Características Particulares - não definido; Dados Técnicos - não definido; Materiais - não definido; Bibliografia - ALVES, Alexandre, PEnedono - apontamentos de História e de Arte. Os Coutinhos, Penedono, 1989; Roteiro Turístico do Concelho de Penedono, Penedono, 2002; Documentação Gráfica - não definido; Documentação Fotográfica - IHRU: DGEMN/DSID; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada - não definido; Observações – em estudo; Autor e Data - Paula Figueiredo 2002; Actualização - não definido.
Igreja Matriz de Penedono / Igreja de São Pedro
IPA – Monumento; Nº IPA - PT011812060018; Designação - Igreja Matriz de Penedo-no / Igreja de São Pedro; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Penedono; Acesso - Rua Primeiro de Maio; WGS84: 40º59'23.03''N, 7º23'34.87''W; Protecção - inexistente; Enquadramento - periurbano, isolado e destacado, implantado numa zona periférica da povoação, não muito longe do Castelo de Penedono e junto à Pousada de Penedono, a qual está adossada à Residência Paroquial. Surge numa zona de pendor levemente inclinado, rodeada por um amplo adro, fechado por muros de alvenaria e cantaria na zona frontal e lateral, aberto para a via pública nas demais, estando parcialmente pavimentado a calçada de paralelepípedos de granito, rodeado por zonas de terra batida. Um pequeno passeio de calçada envolve todo o edifício. Na zona envolvente, surgem várias casas de habitação unifamiliares incaracterísticas. No adro, surgem espalhadas várias peças provenientes do interior e de outros templos, nomeadamente uma pia baptismal quinhentista ou seiscentista, hemisférica, de bordos boleados, assente em pequena coluna, surgindo a taça de uma segunda, com características semelhantes, duas lápides de sepultura, uma delas com inscrição delida; Descrição - planta longitudinal composta por nave, capela-mor ligeiramente mais estreita, com sacristia adossada no lado esquerdo, possuindo duas capelas laterais profundas, em cada um dos lados e, no lado direito, uma torre sineira, de volumes articulados e escalonados, possuindo coberturas diferenciadas, homogéna com telhado de duas águas na nave e capela-mor, de uma na sacristia, de três nas capelas laterais e de quatro na torre sineira. Fachadas em cantaria de granito aparente, em aparelho isódomo, em algumas zonas com embasamento saliente, de cunhais apilastrados, firmados por pináculos bolbosos, rematados por bola, e rematadas em cornija e beirada simples. Fachada principal virada a O., rematada em empena recortada em cortina, sobrepujada por friso e cornija e por cruz latina no vértice; possui os vãos rasgados em eixo, composto por portal em arco abatido com moldura saliente em cantaria, de arestas biseladas, encimado por janelão do coro-alto, ovalado e também emoldurado, encimado por cartela com as insígneas do orago, São Pedro, sobre o qual surge uma pequena pala que o protege. No lado direito, torre sineira quadrangular, de dois registos, o inferior rasgado por pequenas frestas de iluminação das escadas e o superior com quatro sineiras em arco de volta perfeita. Adossado a esta, um púlpito exterior, em cantaria, composto por alto embasamento, rematado por cornija, onde assentam quatro pilares toscanos, um friso e cornija, que sustentam a cobertura de cantaria, a quatro águas, com cruz latina do mesmo material, no vértice; possui guarda metálica vazada, aberta no lado direiro, mas já sem as escadas de acesso ao mesmo, encontrando-se desactivado. Fachada lateral esquerda, virada a N., marcada por vários orifícios no corpo da nave, revelando o adossamento de uma estrutura lateral, sendo rasgada por porta travessa de verga recta, de dupla moldura, a exterior saliente, rematada por friso e cornija. A capela lateral possui janelas em capialço nas fachadas laterais, à qual se adossa um pequeno anexo de arrumos e o corpo cego da sacristia. Fachada lateral direita, virada a S., mar-cada pelo corpo da capela adossada, em alvenaria de granito aparente, rasgada por janelas rectilíneas laterais, surgindo uma janela na nave e duas no corpo da capela-mor, todas em capialço e protegidas por grade metálica; entre as duas últimas, uma enorme cruz latina, gravada na cantaria. Fachada posterior cega, rematada por frontão triangular, em cuja tímpano integra a primitiva empena, de menores dimensões, possuindo cruz no vértice, tendo adossado o corpo da sacristia, em meia-empena e revelando, também, um alteamento, porta de verga recta dintelada e janela em capialço, protegida por rede metálica. INTERIOR com as paredes da nave rebocadas e pintadas de branco, com cobertura de madeira em masseira, possuindo tirantes metálicos, e pavimento em lajeado de granito. O portal axial encontra-se protegido por guarda-vento de madeira encerada e vidro, flanqueado por dois confessionários de madeira. Coro-alto em arco abatido, que descarrega directamente nos muros e em pequenas pilastras de alvenaria adossadas ao mesmo, com guarda de madeira torneada e acesso por pequena porta a partir da torre sineira. No lado do Evangelho, a Capela do Espírito Santo, com as paredes rebocadas e pintadas de branco, possuindo azulejos de padrão em monocromia, azul sobre fundo branco, formando silhar, com cobertura de madeira a quatro águas e pavimento em lajeado de granito, forrado a alcatifa vermelha. Possui sobre supedâneo de cantaria, com um degrau, uma mesa de altar, assente em duas colunas, a que se adossa a base do retábulo primitivo em alvenaria de granito, onde surge a imagem do orago. Fronteiro ao altar, a pia baptismal, com coluna galbada e taça hemisférica, estriada. No lado oposto, surge a Capela de Nossa Senhora de Fátima, com as paredes rebocadas e pintadas de branco, possuindo tecto e pavimento semelhantes aos anteriores. No topo, uma estrutura retabular de madeira em branco. Ambas as capelas são iluminadas por coroas de luzes. Arco triunfal composto por três arquivoltas plenas, assentes em pilar toscano. É ladeado por dois retábulos colaterais, dedicados ao Coração de Jesus e a Nossa Senhora das Dores. A capela-mor tem as paredes rebocadas e pintadas de branco, pavimento em lajeado de granito e tecto com 35 caixotões, com molduras de talha em branco, com florões nos ângulos e assentes em mísulas equidistantes, representando os Apóstolos, Santa Apolónia, Santa Luzia, Santa Eufémia, Santa Bárbara, Santa Quitéria, São Brás, São Félix, São Francisco, Santo Apolinário, Santa Ana e Santa Teresa de Ávila. Sobre supedâneo de três degraus de cantaria, forrados a alcatifa vermelha, o retábulo-mor de talha em branco e policroma, de planta recta e três eixos definidos por quarteirões de atlantes, com capitéis coríntios e encimados por friso e cornija, e por pilastras com os fustes de-corados por acantos e "putti", assentes em consolas; ao centro, nicho em arco abatido e com a boca da tribuna rendilhada, com o fundo preenchido por elementos fitomórficos entalhados, contendo trono expositivo de três degraus, com o fundo formado por amplo resplendor e protegido por baldaquino. Os eixos laterais formam dois falsos nichos, compostos por mísulas, protegidas por sanefa com fasos drapeados a abrir em boca de cena, onde se integra imaginária. A estrutura remata em cornijas, a central alteada e interrompida em volutas e elemento vegetalista volumoso, flanqueado por dois anjinhos de vulto, sobre os quais surge um baldaquino rendilhado e com falsos drapeados a abrir em boca de cena; os remates laterais são preenchidos com elmentos de talha fitomórfica e enrolamentos. No lado do Evangelho, porta em madeira de castanho, de acesso à sacristia; Descrição Complementar - o retábulo da Capela de Nossa Senhora de Fátima é de talha em branco, de planta recta e três eixos definidos por colunelos finos, pilastras no exterior, estas rematadas por pináculos rendilhados e orelhas recortadas; a zona central possui nicho em arco apontado, com cogulhos internos que decoram elementos lobulados, encimado por cornija e empena aguda, vazada por falso óculo circular com decoração fitomórfica; na basem surge sacrário embutido, flanqueado por colunas, que rematam por pináculos rendilhados, sobre uma porta de decoração Eucarística, rematada por frontão triangular, inferiormente lobulado, e com cruz no vértice. Os eixos laterais são compostos por mísulas, envolvidas por fina moldura, que remata em arco apontado, com cogulhos internos, onde se enquadra imaginária. Altar paralelepipédico, flanqueado por colunas. Junto à Capela, na parede do lado da Epístola, uma lápide com a inscrição: "CARVALHOS CERQUEIRAS ERA 1633". Os retábulos colaterais são semelhantes, de talha policroma, com azuis, vermelhos e dourados, de planta recta e três eixos definidos por colunas torsas, percorridas por espira fitomórfica, assentes em consolas com pequenos "putti" atlantes; ao centro, nicho rectilíneo, com o fundo pintado de azul e moldura fitomórfica dourada, encimado por bandeira envidraçada, de perfil em arco de volta perfeita, enquadrado por dois quarteirões de atlantes, que sustentam drapeados a abrir em boca de cena e cornija contracurva, sobre a qual surge uma cartela com alusão ao orago da estrutura retabular - nos eixos laterais, duas mísulas, protegidas por balda-quinos, de onde pendem drapeados a abrir em boca de cena, surgindo, sobre a coluna exterior, anjos de vulto; altar paralelepipédico com o frontal pintado por três elementos repetidos, envolvidos por moldura de talha, ornada por concheados e enrola-mentos. Na base do nicho do retábulo da Epístola, surgem uma série de Santos em relevo, representando Nossa Senhora da Conceição, São Sebastião, Santo António e São Francisco, ladeados por florões de grandes dimensões; Utilização Inicial - religiosa: igreja matriz; Utilização Actual - religiosa: igreja matriz; Propriedade - privada: Igreja Católica (Diocese de Lamego); Afectação - Sem afectação; Época Construção - séc. 17 / 18 / 20; Arquitecto | Construtor | Autor – desconhecido; Cronologia - 1148 - a administração religiosa da povoação pela diocese de Braga é confirmada pelo Papa Eugénio II; época medieval - construção do imóvel; 1321 - a igreja é taxada em 50 libras; séc. 16, 2.º quartel - a igreja rende 64$000, constituindo uma abadia da Casa de Marialva; com o falecimento do último Conde, passa para D. Luís, sendo herdade pelo filho, D. António, prior do Crato; séc. 17 / 18 - reconstrução da igreja; 1633 - data numa lápide junto à Capela de Nossa Senhora de Fátima, que assinala a data de sepultura dos Carvalhos Cerqueira, da Casa da Praça; 1679, 25 Abril - instituição da Capela de Nossa Senhora da Conceição, actual Senhora de Fátima, por testamento de D. Leonor Coutinho, para efeitos de enterramento; 1697, 26 Julho - enterrramento do capitão-mor Luís Pereira Coutinho, na Capela de Nossa Senhora da Conceição; séc. 18 - o actual baptistério é ocupado pela Capela da Santíssima Trindade, propriedade, nesta data, do Padre Félix Caldeira; 1703, 3 Dezembro - sepultamento de D. Leonor Coutinho, na Capela de Nossa Senhora da Conceição; 1708 - Penedono tinha duas paróquias - São Pedro e São Salvador -, ambas abadias do Padroado Real; 1758 - nas Memórias Paroquiais, refere-se que pertence ao rei, tendo 50 fogos; a igreja fica fora da vila, a pouca distância, junto a um penhasco; tem cinco altares, três da Igreja, com o Santíssimo na capela-mor, e os colaterais com Nossa Senhora do Rosário (Evangelho) e Nosso Senhor Crucificado (Epístola), estando todos os retábulos por dourar; a capela-mor foi feita recentemente, com pedraria e fez-se um novo retábulo para os oragos, tendo São Pedro e São Paulo em imagens de vulto; está tudo por dourar, porque quando se pretendia fazê-lo o dinheiro foi desviado para o Colégio Patriarcal, só estando estofadas as imagens de Santo António e São Silvestre; tem duas capelas particulares, a de Nossa Senhora da Conceição, no lado da Epístola, com altar dourado e imagem perfeita, administrada por João Bernardo Coutinho de Vilhena, onde a família tem o seu jazigo; no lado oposto, a Capela do Divino Espírito Santo, administrada por Pedro de Aguiar Caldeira, sendo muito pobre; na igreja funcionava a Irmandade das Almas, com protecção do Senhor dos Passos, sendo muito pobre; o pároco é abade, apresentado pelo rei, e colado pelo ordinário do bispado, com 250$000, que reparte com o abade da freguesia de São Salvador; séc. 20, início - execução do retábulo da Capela de Nossa Senhora de Fátima; 1989 - no púlpito exterior, tinha uma imagem de Nossa Senhora, em mármore branco;Tipologia - arquitectura religiosa, barroca. Igreja matriz de reconstrução setecentista, de planta longitudinal composta por nave, capela-mor mais estreita, com capelas laterais particulares adossadas, sacristia no lado esquerdo e torre sineira no direito, com coberturas interiores diferenciadas, de feitura recente, em madeira na nave e capelas laterais, e, na capela-mor, em caixotões de talha dourada e pintados com cenas hagiográficas, de feitura barroca. Fachada principal em empena recortada em cortina com os vãos rasgados em eixo composto por portal em arco abatido e janelão do coro-alto com os extremos curvos. Fachadas circunscritas por cunhais apilastrados, firmados por pináculos, rematadas em cornija e beirada simples, as laterais rasgadas por janelas em capialço e a lateral direita por porta travessa de verga recta. Cada uma das capelas laterais possui uma janela de iluminação directa. Interior com coro-alto em arco abatido, embebido nas paredes laterais e suportado por pequenas pilastras de alvenaria, com acesso através da torre sineira - arco triunfal de volta perfeita, assente em pilares, flanqueados por retábulos de talha policroma do barroco joanino, dispostas em ângulo. A capela-mor possui, sobre supedâneo de degraus centrais, o retábulo-mor, de talha dourada em branco, do estilo joanino, com alguns marmoreados fingidos, de planta recta e três eixos, com remate em baldaquino central e possuindo váriso drapeados a abrir em boca de cena; Características Particulares - igreja de fundação antiga, de restarão alguns silhares e muros, sendo evidente, nas fachadas, o alteamento sofrido pelo imóvel, quer na fachada lateral esquerda, onde surgem pequenos orifícios de uma antiga estrutura adossada ou do arranque da cobertura, quer na posterior, onde o remate em frontão triangular integra a primitiva empena. A fachada é simples, evidenciando-se o recorte do remate e o púlpito que existe adossado ao lado direito, actualmente desactivado, mas composto por embasamento de cantaria, de onde arrancam pilares toscanos, que sustentam uma cobertura em cantaria, de quatro águas. A torre sineira é anterior à reforma da igreja, podendo ser seiscentista, tendo sido ampliada posteriormente, o que originou ao aparecimento de novas ventanas, em arco de volta perfeita. A fachada lateral direita possui, insculpida, uma enorme cruz latina, sendo possível que integrasse a procissão da Via Sacra da povoação. No interior, subsistem, apesar de muito adulteradas, duas capelas particulares laterais, ambas seiscentistas, uma delas com um retábulo revivalista neogótico. O arco triunfal apresenta um perfil interessante, usual na região, composto por várias arquivoltas, que se apoiam num pilar facetado, também existente na Igreja Matriz de Mêda (v. PT020909090045). O mais relevante do imóvel consiste na decoração entalhada, visível na cobertura da cabeceira, com caixotões pintados com cenas hagiográficas, datados do mesmo período em que foi executado um retábulo, um excelente espécime de talha barroca joanina, evidenciando um conhecimento profundo da gramática decorativa daquele estilo, com o recurso a quarteirões, com atlantes, drapeados, folhagem profusa, baldaquinos e sanefas, estando, ainda, por dourar. Assim, acaba por contrastar com os colaterais, um pouco mais tardios, mas com características semelhantes, já policromos; Dados Técnicos - sistema estrutural de paredes portantes; Materiais - estrutura em alvenaria e cantaria de granito aparente, rebocada e pintada no interior; modinaturas, pináculos, cunhais, cornijas, púlpito, torres sineira, cruzes, pavimentos interiores, pia de água benta, pia baptismal em cantaria de granito; guarda-vento, portas, tectos, confessionários de madeira; cobertura da nave de madeira entalhada e pintada; retábulos de madeira entalhada; janelas com vidro simples ou colorido e protegidas por rede; guarda-vento com vidraças simples; cobertura em telha; Bibliografia - ALVES, Alexandre, Penedono - apontamentos de História e de Arte. Os Coutinhos, Penedono, 1989; Foz Côa Inventário e Memóra, [coord. de SOALHEIRO, João], Porto, 2000; CD Portugal Séc. XXI - Distrito de Viseu, CD 1, Matosinhos, 2001; Documentação Gráfica - não definido; Documentação Fotográfica - IHRU: DGEMN/DSID; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada - PROPRIETÁRIO: séc. 20, década de 80 - restauro dos retábulos colaterais, por douradores de Braga; limpeza e remodelação do pavimento da Capela de Nossa Senhora da Conceição, com remoção das lajes sepulcrais, depositadas no exterior da igreja, no antigo cemitério; Observações; Autor e Data - Paula Figueiredo 2008; Actualização - não definido.
Igreja Paroquial de São Salvador/ Capela de São Salvador
IPA – Monumento; Nº IPA - PT011812060019; Designação - Igreja Paroquial de São Salvador/ Capela de São Salvador; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Penedono; Acesso - Largo de São Salvador, WGS84: 40º59'23.12''N, 7º23'39.31''W; Protecção - incluído na Zona Especial de Protecção do Castelo de Penedono (v. PT011812060001);
Enquadramento - urbano, isolado e destacado, implantado num largo de pendor inclinado, onde se inscreve um adro, protegido por muro em alvenaria de granito, capeado a cantaria e com grades metálicas, com acesso frontal, através de escadas de cantaria; o adro encontra-se pavimentado a terra batida. Encontra-se rodeado por via pública, pavimentada a cubos de granito e por casas, a maioria incaracterísticas, surgindo, na zona posterior, um fontanário integrado num muro divisório de propriedade e circunscrito por arco de volta perfeita. Este é compsoto por um pilar embebido na estrutra, assente em dado, a que se adossa um elemento de cantaria semiesférico, para assentar o vasilhame; é encimado por remate piramidal, onde surge a inscrição "CM 1930";
Descrição - planta longitudinal simples, de espaço único, com cobertura homogénea em telhado de duas águas. Fachadas em alvenaria de granito aparente, em aparelho isódomo, com cunhais perpianhos, rematados por pequenos pináculos piramidais, alguns fragmentados, percorrida por embasamento saliente, servindo de banco corrido, e rematadas em cornija assente em cachorrada e beirada simples. Fachada principal virada a O., em empena com cruz latina no vértice, rasgada por portal de verga recta e dupla moldura, a interior boleada e a exterior rectilínea, protegido por duas folhas de madeira almofadadas; está encimado por cornija, onde assenta um pequeno nicho em arco de volta perfeita, flanqueado por pilastras toscas, ladeado por fragmentos de cantaria lavrada e por pequenas volutas; sobre este, um óculo circular, asob o qual surgem as iniciais "INSH"; o conjunto encontra-se envolvido por vestígios de um arco de volta perfeita, o antigo arco triunfal, assente em pilastras toscanas e tendo, no fecho, a inscrição "1719", encontrando-se parcialmente entaipada. Fachada lateral esquerda, virada a N., cega. Fachada lateral direita, virada a S., com vestígios de dois vãos rectilíneos, correspondentes a uma porta travessa e uma janela, actualmente entaipados. Fachada posterior cega, rematada em frontão triangular. INTERIOR com pavimento em lajeado de granito, contendo lápide funerária de Lourenço Freire de Andrade e obertura de 21 caixotões pintados com motivos florais. Sobre supedâneo de granito, retábulo-mor de planta recta e três eixos definidos por seis colunas torsas, com fustes ornados por pâmpanos, assentes em consolas, excepto as duas interiores, em plintos paralelepipédicos, ornadas de acantos; as interiores prolongam-se em duas arquivoltas torsas, unidas no sentido do raio, ladeadas por apainelados. Ao centro, tribuna de volta perfeita coberta por caixotões, com trono expositivo de cinco degraus, o inferior saliente e com sacrário embutido com a figura de Cristo Redentor. Lateralmente, nichos com mísulas, o do Evangelho com moldura de volta perfeita rendilhada.
Descrição Complementar - não definido; Utilização Inicial - religiosa: igreja matriz; Utilização Actual - religiosa: capela; Propriedade - privada: Igreja Católica; Afectação -sem afectação; Época Construção - séc. 18; Arquitecto | Construtor | Autor – desconhecido;
Cronologia - séc. 13 / 14 - provável construção do imóvel, como igreja paroquial; 1624 - falecimento de Lourenço Freire de Andrade, fidalgo da Casa Real, sepultado na capela-mor, o que hoje subsiste da capela; 1719 - obras na capela, conforme data no arco triunfal; 1758 - nas Memórias Paroquiais é referido que a freguesia tem 67 fogos, tendo a igreja três altares, o mor, com tribuna dourada, com o Santíssimo Sacramento, com São Salvador no Evangelho e Santo António, bem estofado, no lado oposto; osa retábulos colaterais são dedicados a Nossa Senhora do Rosário (Evangelho) e Menino Jesus (Epístola), com a Irmandade das Almas; ambos os retábulos estão dourados; o abade é de apresentação real e tem 150$000; séc. 19 / 20 - destruição da nave e feitura de novo portal axial.
Tipologia - arquitectura religiosa, vernácula e barroca. Igreja paroquial medieval de planta longitudinal composta por nave e capela-mor mais estreita, a única subsistência, com coberutra em telhado de caixotões pintados, de execução barroca e escassamente iluminada por uma janela que se rasgava na fachada lateral direita, junto ao altar. Fachada principal, correspondente ao primitivo arco triunfal, em empena com cruz no vértice, rasgada por portal de feitura mais recente, de verga recta, encimado por nicho e óculo ciruclar. Fachadas com cunhais perpianhos e remate em cornija assente em cachorrada, provavelmente os únicos elementos medievais, a lateral direita rasgada pro porta travessa. Interior com retábulo-mor de talha dourada do estilo barroco nacional.
Características Particulares - capela de pequenas dimensões que resultou da amputação da primitiva Igreja Paroquial do Salvador, de cuja nave subsistem alguns vestígios no adro, possuindo, na fachada principal, o primitivo arco triunfal, de volta perfeita e assente em pilastras toscanas, datado do início do séc. 18, correspondendo ao período de renovação do templo. Possui alguns elmentos insólitos, como o reaproveitamento do pequeno óculo da fachada principal primitiva, bem como um nicho, de tratamento ingénuo, em arco de volta perfeita, flanqueado por pilastras, assentando numa cornija; este encontra-se rodeado por elementos de cantaria lavrada, reaproveitados da decoração primitiva do templo. Mantém uma cachorrada no remate, talvez indícios da construção medieval e a fachada posterior rematada por frontão triangular. No interior, possui uma lápide funerária de um dos padroeiros da capela-mor e um interessante retábulo de talha dourada.
Dados Técnicos - sistema estrutural de paredes portantes; Materiais - estrutura em alvenaria de granito, aparente, com as juntas preenchidas com argamassa de cimento; modinaturas, nicho, cunhais, pináculos, cornija, cachorros e pavimento em cantaria de granito; porta, retábulo e cobertura de madeira; cobertura exterior em telha;
Bibliografia - ALVES, Alexandre, Penedono - apontamentos de História e de Arte. Os Coutinhos, Penedono, 1989; CD Portugal Séc. XXI - Distrito de Viseu, CD 1, Matosi-nhos, 2001; SOUSA, Júlio Rocha e, Vila de Penedono, Viseu, 2001.
Documentação Gráfica - não definido; Documentação Fotográfica - IHRU: DGEMN/DSID; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada - PROPRIETÁRIO: séc. 20, finais - limpeza das fachadas e refechamento das juntas; arranjo das coberturas; Observações; Autor e Data - Paula Figueiredo 2008; Actualiza-ção - não definido.
Capela da Senhora do Desterro / Capela de Santa Luzia
IPA – Monumento; Nº IPA - PT011812060021; Designação - capela da Senhora do Desterro / Capela de Santa Luzia; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Penedono; Acesso - Rua de Santa Luzia; WGS84: 40º59'16.12''N, 7º23'37; Protecção – inexistente; Enquadramento - urbano, isolado, implantado no centro de um pequeno largo com forte pendor de inclinação, pavimentado a cubos de granito. O largo encontra-se conformado por casas de habitação unifamiliar, de um ou dois pisos, a maioria incaracterísticas. O acesso ao edifício processa-se por dois degraus de granito, em leque, vencendo o desnível do terreno.
Descrição - planta longitudinal simples com um dos topos, o da fachada posterior, semicircular, com cobertura homogénea em telhado de três águas. Fachadas em cantaria de granito aparente, em aparelho isódomo, rematadas em cornija e beirada simples. Fachada principal virada a O., rematada em empena truncada por cornija e sineira em arco de volta perfeita, com cruz latina no topo, flanqueada por dois plintos paralelepipédicos, firmados por pináculos piramidais; é rasgada por portal em arco de volta perfeita, com aresta estriada e a moldura formada pelas aduelas, flanqueado pelos fustes de duas pilastras, assentes em plintos; na pedra de fecho, surge inscrita a data "1607". Fachada lateral esquerda, virada a N., rasgada por porta travessa, de verga recta e dintelada, com acesso por um degrau, vencendo o desnível do terreno. Fachada lateral direita, virada a S., com uma janela em capialço, rasgada na zona do altar-mor. Fachada posterior curva e cega. INTERIOR rebocado e pintado de branco, com pavimento de madeira. Na parede testeira, altar em forma de urna com decoração de concheados e a inscrição "J.M.D. 1897", que se encosta a um paralelepipédico, com escudo no lado direito. Sobre ele, maquineta de madeira pintada de branco, flanqueada por colunas do tipo balaústre, encimadas por pináculos fusiformes.
Descrição Complementar; Utilização Inicial - religiosa: capela; Utilização Actual - religiosa: capela; Propriedade - privada: Igreja Católica; Afectação - sem afectação; Época Construção - séc. 17 / 19; Arquitecto | Construtor | Autor - desconhecido;
Cronologia - 1604 - Construção, conforme data no portal; 1758 - segundo as Memórias Paroquiais, pertence ao capitão Manuel Filipe, com obrigação de dar pousada aos pere-grinos; séc. 18, final - na História do Bispado de D. Joaquim de Azevedo, vem referido como sendo administrada por João Rodrigues de Matos, de Leomil; séc. 19 – execução do oratório envidraçado; 1897 - feitura do antigo altar-mor, em forma de urna.
Tipologia - arquitectura religiosa, vernácula e oitocentista. Capela de planta longitudinal simples, de espaço único, com fachada principal truncada por sineira, assente em cornija e em arco de volta perfeita, rematada por cruz latina. As fachadas rematam em cornija, a lateral esquerda com porta travessa de verga recta dintelada e a direita com janela em capialço, rasgada na zona do altar-mor. Interior com simples altar, onde surge uma estrutura de madeira, a servir de maquineta.
Características Particulares - capela muito simples, com a zona posterior semicircular, onde se destaca o tratamento da fachada, truncada por uma sineira, assente sobre cornija, esta última o elemento mais erudito de todo o conjunto, possuindo a data de construção no portal axial. No interior, encontra-se desvirtuada, possuindo um altar novecentista e uma maquineta de talha. Possui o portal, tipicamente seiscentista, parcialmente ladeado por uma moldura rectilínea, na forma de fustes de pilastras, denotando que se pretendia reformar esta zona de entrada, dando-lhe um carácter mais erudita, que não viria a ser concluído.
Dados Técnicos - sistema estrutural de paredes portantes; Materiais - estrutura sineira, degraus, cornija em cantaria de granito; portas e pavimento de madeira; janela com vidro simples; cobertura com telha; Bibliografia - ALVES, Alexandre, Penedono - apontamentos de História e de Arte. Os Coutinhos, Penedono, 1989; CD Portugal Séc. XXI - Distrito de Viseu, CD 1, Matosinhos, 2001; SOUSA, Júlio Rocha e, Vila de Penedono, Viseu, 2001; Documentação Gráfica - não definido; Documentação Fotográfica - IHRU: DGEMN/DSID; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada - PROPRIETÁRIO: séc. 20, 2.ª metade - limpeza de cantarias; tratamento de caxilharias; arranjo das coberturas e colocação de novas portas; Observações; Autor e Data - Paula Figueiredo 2008; Actualização - não definido.
Capela de Santa Bárbara
IPA – Monumento; Nº IPA - PT011812060020; Designação - capela de Santa Bárbara; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Penedono; Acesso - Largo de Santa Bárbara;
Protecção - incluído na Zona Especial de Protecção do Castelo de Penedono (v. PT011812060001);
Enquadramento - urbano, isolado e destacado, assente sobre plataforma horizontalizada artificialmente, constituindo um pódium de granito, que a eleva relativamente aos imóveis que a rodeiam, constituídas por casas unifamiliares, de piso único, algumas em alvenaria aparente, e, no lado direito, sobre afloramento granítico. Forma um pequeno largo, em forte declive, pavimentado a calçada de paralelepípedos de granito. O recinto da capela encontra-se envolvido por grades metálicas pintadas de verde, constituindo um pequeno adro frontal, pavimentado a lajeado de granito, com acesso por portal do mesmo material, que se implanta a meio da escadaria de acesso com cinco degraus.
Descrição - planta longitudinal simples, de espaço único, com cobertura uniforme em telhado de duas águas. Fachadas com vestígios de reboco, percorridas por embasamento de alvenaria de granito, salientem e encimado por faixa pintada de cinza, flanqueadas por cunhais de cantaria em aparelho isódomo e rematadas em beirada simples. Fachada principal virada a O., em empena truncada por sineira assente em cornija e de perfil em arco de volta perfeita, rematado por pináculos piramidais e cruz latina central; é rasgada por portal de verga recta, com moldura tripla, rematando em friso e cornija, surgindo, no primeiro, uma inscrição latina, alusiva à construção. Fachada lateral esquerda, virada a N., rebocada e pintada de branco, sendo a oposta rasgada por fresta em capialço, a iluminar a zona da capela-mor. Fachada posterior em empena cega. INTERIOR rebocado e pintado de branco, percorrido por lambril pintado de preto, com pavimento lajeado e cobertura de madeira em masseira. Sobre supedâneo de um degrau, retábulo de talha policroma azul, beje e dourada, de planta recta e um eixo definido por duas colunas de fuste liso, sem capitéis, assentes em plintos cúbicos e quatro pilastras com fustes concheados com a mesma decoração, as interiores com mísulas. Ao centro, nicho de perfil contracurvo com fecho em forma de cartela recortada, com o fundo pintado de azul e contendo mísula. Remate em friso e cornija e altar em forma de urna.
Descrição Complementar - não definido; Utilização Inicial - religiosa: capela; Utiliza-ção Actual - religiosa: capela; Propriedade - privada: Igreja Católica; Afectação - sem afectação; Época Construção - séc. 17; Arquitecto | Construtor | Autor – desconhecido; Cronologia - 1672 - construção da capela pelo abade António Morais; 1758 - nas Memórias Paroquiais, é referida como sendo uma capela particular, administrada por Manuel Rodrigues Fontes Barreiros;
Tipologia - arquitectura religiosa, vernácula e rococó. Capela de espaço único, com cobertura homogénea, de madeira em masseira, iluminada unilateralmente por fresta rasgada na fachada lateral direita. Fachada principal em empena truncada por sineira em arco de volta perfeita, assente em cornija e rematada por pináculos e cruz, rasgada por portal de verga recta. Fachadas percorridas por embasamento saliente e flanqueadas por cunhais em cantaria, rematadas por beirada simples. Interior com retábulo de talha rococó, de planta recta e um eixo definido por colunas e pilastras.
Características Particulares - capela muito simples, de fundação particular, certamente com fins funerários, tendo alusão à sua edificação em inscrição latina sobre o portal axial. Este apresenta a particularidade de possuir moldura tripla, o único elemento que se destaca no exterior do imóvel. No interior, o retábuloa presenta algum dinamismo no recurso à tribuna de perfil contracurvo e à decoração de concheados.
Dados Técnicos - estrutura autoportante; Materiais - estrutura em alvenaria de granito, rebocada e parcialmente pintada; embasamento, cunhais, sineira, modinaturas e pavi-mento em cantaria de granito; porta, cobertura e retábulo de madeira; janela com vidro simples; telhado com telha; Bibliografia - ALVES, Alexandre, Penedono - apontamen-tos de História e de Arte. Os Coutinhos, Penedono, 1989; CD Portugal Séc. XXI - Dis-trito de Viseu, CD 1, Matosinhos, 2001; Documentação Gráfica - não definido;
Documentação Fotográfica - IHRU: DGEMN/DSID; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada - proprietário: séc. 20, final - Arranjo das cobertu-ras e tratamento do reboco e pinturas de algumas fachadas; Observações; Autor e Data - Paula Figueiredo 2008; Actualização - não definido.
Capela do Calvário
IPA - Monumento; Nº IPA - PT011812060022; Designação - Capela do Calvário; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Penedono; Acesso - Largo da Devesa; WGS84: 40º59'16.87''N, 7º23'39.31''W; Protecção - inexistente; Enquadramento: urbano, isolado e destacado, implantado num amplo largo de pendor inclinado, onde se encontra a actual Câmara Municipal de Penedono, o antigo terreiro da Casa dos Freixos (v. PR011812060047). O largo, flanqueado por vias públicas e casas de habitação unifamiliar e pelo edifício da Câmara, encontra-se arborizado, com canteiros de relva, protegidos por pequenas guardas metálicas. A fachada posterior confina com o principal eixo viário da povoação, que liga o Castelo (v. PT011812060001) à Câmara e outros organismos locais, pavimentada a calçada de cubos de granito. O acesso à capela é feito por escadaria ampla, vencendo o desnível do terreno, em cantaria, com seis degraus, o inferior de maior altura.
Descrição:
Planta longitudinal simples, de espaço único, com cobertura homogénea em telhado de duas águas. Fachadas em alvanaria de granito aparente, flanqueadas por cunhais apilastrados toscanos, sobrepujados por pináculos, e rematadas por entablamento. A fachada principal, virada a O., tem, sobre o entablamento, empena contracurva, interrompida por enorme cruz latina, possuindo, nos ângulos, pináculos de bola, assente em plintos galbados. É rasgada por portal em arco abatido, com moldura de cantaria, ostentando exteriormente um filete saliente, com falso fecho, ostentando símbolos da Paixão de Cristo; é flanqueado por pilastras toscanas, de fuste almofadado, que sustentam friso e frontão triangular interrompido por cartela ornada por concheados assimétricos. É ladeado por dois amplos vãos em arco abatido e com moldura semelhante à do portal, o do lado direito formando uma janela entaipada e a do lado esquerdo protegido por porta de madeira pintada de verde, que abre para púlpito quadrangular, com bacia de cantaria, sustentada por enorme consola e guarda plena do mesmo material, tendo as faces ornadas por losangos. As fachadas laterais são semelhantes, rasgadas por porta travessa em arco abatido e moldura saliente em cantaria, protegidas por porta de uma folha de madeira almofadada, pintada de verde, surgindo, na zona do altar-mor, janelas rectilíneas, em capialço e protegidas por caixilharias metálicas e vidro simples. Fachada posterior em empena, com cruz latina no vértice, tendo os cunhais rematados por pináculos piramidais; ao centro, vestígios do antigo arco triunfal, de volta perfeita e assente em pilastras toscanas, entaipado por cantaria de granito, em aparelho isódomo. INTERIOR em alvenaria de granito aparente, com as juntas pintadas de branco, com pavimento em lajeado de granito e cobertura em vigamento de madeira. As portas estão ladeadas por pias de água benta em cantaria de granito, com bordo boleado. Na parede da Epístola são visíveis várias pedras salientes, que sustentariam a primitiva cobertura. Parede testeira com estrutura retabular, muito deteriorada, assente sobre supedâneo de um degrau de cantaria, de planta recta e três eixos definidos por pilares, os exteriores com colunas coríntias, ostentanto o terço inferior do fuste com folhagens, assentes em plinto paralelepipédico almofadado e em consola, que se prolongam numa arquivolta ornada por pâmpanos, criando um falso tímpano decorado por rosetões, tendo, ao centro, tabela com a inscrição "REFUGIO DOS AFFLICTOS 1874 Sendo Abbade Felix do Nascimento"; na base, altar paralelepipédico com o frontal decorado por cartela assimétrica e concheados, sobre o qual surge o sacrário. Encontra-se flanqueado por duas mesas de castanho, de apoio, sobre as quais surgem duas maquinetas de talha pintada de branco e vermelho, compondo pilares com colunas de fuste liso e capitéis coríntios adossadas, rematando em cornijas contracurvas;
Descrição Complementar - não definido; Utilização Inicial - religiosa: capela da Misericórdia; Utilização Actual - religiosa: capela; Propriedade - privada: Igreja Católica; Afectação - sem afectação; Época Construção - séc. 17 / 18 / 20; Arquitecto | Construtor | Autor – desconhecido;
Cronologia:
Séc. 17, final - Carvalho da costa refere uma Capela do Calvário, pertencente à Miseri-córdia, provavelmente esta; a Misericórdia administra, ainda, um Hospital; séc. 19 - a capela-mor é demolida para fazer a estrada; 1874 - recuperação da capela pelo abade Félix dos Santos Pereira, com readaptação do primitivo retábulo-mor; séc. 20 - construção das maquinetas e das mesas de apoio.
Tipologia:
Arquitectura religiosa, maneirista e barroca. Capela da Misericórdia, de planta longitu-dinal compsota por nave e capela-mor mais estreita, esta actualmente desaparecida, com cobertura interior recente, de vigamento de madeira, iluminada uniformemente pelas janelas rasgadas nas fachadas laterais, junto à zona do altar-mor. Fachada principal remata em empena recta, com entablamento, que sustenta uma empena contracurva, barroca, interrompida por cruz e flanqueada por plintos galbados que sustentam pináculos de bola. É rasgada por porta em arco de volta perfeita, com moldura saliente e flanqueado por pilastras toscanas que sustentam frontão triangular interrompido. Possui púlpito exterior, no lado esquerdo, assente em consola e com guardas plenas de cantaria. Fachadas circunscritas por cunhais apilastrados, a posterior com os primitivos pináculos piramidais seiscentistas, rematadas em entabalmento e rasgadas por portas travessas de verga recta e moldura saliente. Interior com reaproveitamento de uma estrutura retabular, de estilo nacional, de que subsistem duas colunas e uma arquivolta, de planta recta e três eixos.
Características Particulares:
Capela muito adulterada, pelo desaparecimento da capela-mor, ostentando os vestígios do arco triunfal na parede testeira e na fachada posterior, o qual era em arco de volta perfeita e assentava em pilastras toscanas. A fachada principal, de estrutura maneirista, foi alterada no final do séc. 18, com a introdução de uma empena contracurva, inter-rompida por cruz latina, por pináculos que assentam em plintos bolbosos, contrastando com os primitivos, piramidais; também o portal foi alterado, com a feitura de um com novo perfil, abatido, possuindo moldura saliente com filete exterior; mantém a estrutura maneirista primitiva, composta por pilastras toscanas e rematada por frontão interrompido por cartela onde surgem símbolos da Paixão de Cristo. é flanqueado por dois vãos, o do lado direito entaipado e o do esquerdo aberto para enorme púlpito de cantaria, setecentista, assente em consola e com guardas plenas. No interior, encontra-se muito adulterada, mantendo o pavimento lajeado e vestígios dos elementos onde assentava o antigo forro, talvez um tecto em caixotões. O retábulo foi remodelado no séc. 19, conforme inscrição, preservando alguns elementos do estilo barroco nacional, desconhecendo-se se era o antigo retábulod a Capela ou se é proveniente de outro imóvel. Está ladeado por maquinetas com imaginária de roca; Dados Técnicos - sistema estrutural de paredes portantes; Materiais- estrutura em alvenaria de granito aparente; modinaturas, púlpito, pináculos, pilastras, frontão, empena e pavimento em cantaria de granito; tecto, portas e retábulo de madeira; janelas com caixilharia metálica e vidro simples; cobertura em telha.
Bibliografia - ALVES, Alexandre, Penedono - apontamentos de História e de Arte. Os Coutinhos, Penedono, 1989; CD Portugal Séc. XXI - Distrito de Viseu, CD 1, Matosi-nhos, 2001; Documentação Gráfica - não definido; Documentação Fotográfica -IHRU: DGEMN/DSID; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada - PROPRIETÁRIO: séc. 20, final - remoção do reboco e refechamento de juntas; pintura das juntas do interior; execução de uma nova cobertura, em madeira; Observações; Autor e Data - Paula Figueiredo 2008; Actualização - não definido.
Solar dos Freixos / Câmara Municipal de Penedono
IPA – Monumento; Nº IPA - PT011812060047; Designação - Solar dos Freixos / Câmara Municipal de Penedono; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Penedono; Acesso - Largo da Devesa; 40º59'15.89''N., 7º23'40.04''O; Protecção – Inexistente; Enquadramento; Urbano, isolado e destacado, implantado num amplo largo de pendor inclinado, correspondente ao antigo terreiro da Casa dos Freixos (v. PR011812060047). O largo, flanqueado por vias públicas e casas de habitação unifamiliar e pelo edifício da Câmara, encontra-se arborizado, com canteiros de relva, protegidos por pequenas guardas metálicas. A fachada lateral esquerda confina com o principal eixo viário da povoação, que liga o Castelo (v. PT011812060001) à Câmara e outros organismos locais, pavimentada a calçada de cubos de granito. No mesmo largo, situa-se a Capela do Calvário (v. PT011812060022);
Descrição - planta rectangular simples, com pátio interno, rectangular estreito, em torno do qual surgem duas alas, as viradas a NO. e a SO., mais estreitas, com coberturas de duas águas em cada ala. Fachadas em cantaria aparente em aparelho isódomo, percorridas por embasamento do mesmo material, flanqueadas por cunhais apilastrados, da ordem colossal toscana, rematadas por friso e cornija. Fachada principal virada a NE., de dois pisos divididos por um amplo friso de cantaria e em dois panos, tendo, no lado esquerdo, o correspondente à capela. Esta apresenta fachada em empena recta, rasgada por portal de verga recta com moldura simples e rematado por friso e cornija; sobre estes, ao centro, pequeno friso e cornija servem de mísula a um nicho em arco de volta perfeita e abóbada de concha, envolvido por moldura com almofadados, fingindo um ar rústico; a estrutura remata em cornija, sobre a qual surge uma pedra lisa, que corresponderia às armas da família proprietária da casa, que interrompiam a cornija do remate. Ao lado do portal, surge um amplo tanque rectangular, em cantaria e de bordos lisos. O pano correspondente à casa, com os vãos rasgados de forma simétrica, possui, no primeiro piso, portal de verga recta e moldura simples, ladeado por seis janela rectilíneas, emoldurada e gradeadas. Ao nível do segundo piso, surgem seis janelas de peitoril, com molduras de cantaria, com panos de peito ornados por almofadados, em losango, surgindo, na central, uma vieira, ladeada por concheados; contudo, mantém os vestígios das antigas sacadas, com bacias em cantaria de granito, assentes em consolas estriadas. Fachada lateral esquerda, virada a SE., de um piso único, sendo marcada, no lado direito por um pequeno ressalto cego, correspondente ao corpo da capela. É rasgada por amplo portão, protegido por duas folhas metálicas, por uma porta de verga recta, com moldura de cantaria e encimada por bandeira, surgindo, ainda, cinco janelas de peitoril rectilíneas. Fachada lateral direita, virada a NE., de dois pisos, com o inferior rasgado por nove janelas de peitoril, rectilíneas e de moldura simples, protegidas por grades metálicas, pintadas de preto; no piso superior, surgem quatro janelas de peitoril, com vestígios de sacada, semelhan-tes às da fachada principal, surgindo, ao centro, uma de sacada, com guarda metálica, pintada de preto; no lado direito, surge um óculo quadrilobado, actualmente vazado. Fachada posterior de um e dois pisos, adaptando-se ao desnível do terreno, surgindo, no lado esquerdo, um corpo adossado, cego, encimado por quatro janelas de peitoril rectilíneas, protegidas por grades metálicas; no lado direito, três janelas de peitoril. INTERIOR com amplo vestíbulo, com paredes rebocadas e pintadas de branco, com azulejos de padrão monocromo, azul sobre fundo branco, formando silhar, pavimentado a lajeado de granito e tecto plano de madeira. Possui duas janelas conver-sadeiras e portas laterais, de acesso a zonas de atendimento e, fronteiro à entrada, um arco de volta perfeita, assente em pilastras toscanas, com fecho saliente na face de acesso ao pátio. Este, pavimentado a calçada de cubos de granito, encontra-se fechado por quatro alas, em alvenaria de granito aparente, excepto na zona da escadaria, em que surge cantaria, em aparelho isódomo. A fachada virada a SO. está marcada por um alpendre de betão, assente num pilar, sustentando uma varanda fechada por caixilharia de alumínio e vidraças simples, formando um pequeno vestíbulo de acesso à zona da secretaria, vereação e salão nobre. A fachada virada a NE. encontra-se marcada por uma janela jacente e as escadas de acesso a esta varanda, com guarda plena de cantaria, tendo colunas de arranque volutadas, onde assentam os elementos de betão, que prolongam a varanda. Possui, ainda, uma porta de verga recta e, no piso intermédio, duas janelas de peitoril rectilíneas, todas com molduras de cantaria; entre estas e a escadaria, surge uma ampla chaminé. A fachada virada a SE. possui porta de verga recta e duas janelas de peitoril, na correspondência das quais surgem três, no piso superior, todas com molduras de cantaria. Na fachada virada a NE., uma porta de verga recta e duas janelas de tamanhos distintos, encimadas por três janelas de peitoril, todas com molduras de cantaria. A varanda encontra-se rebocada e pintada de branco, percorrida por azulejos de padrão monocromo, azul sobre fundo branco, formando silhar, com cobertura de um pano, rebocado e pintado, ostentando vigotas de madeira. Possui portas nos topos, de acesso a vários serviços, a do lado direito ligando a um corredor e ao salão nobre, com paredes semelhantes às da varanda, mas ostentando azulejos policromos, com pavimento em soalho e tecto de quatro panos de madeira.
Descrição Complementar - no pátio, a pedra esquartelada dos Carvalho, Cerqueira, Vasconcelos e Freire de Andrade, proveniente do edifício antigo, onde funciona a Pousada. O portal da capela possui a imagem de São João Baptista, menino, em pedra de Ançã; Utilização Inicial - residencial: solar; Utilização Actual - política e a dministrativa: Câmara Municipal; Propriedade - pública: municipal; Afectação - sem afectação; Época Construção - séc. 17 / 18 / 20; Arquitecto | Construtor | Autor – desconhecido; Cronologia - 1415, 6 Outubro - a Capela de São João, que se encontrava fronteira ao palácio e pertencente aos fregueses, foi doada por estes a Gonçalo Vasques Coutinho; séc. 15 - referência ao palácio dos Coutinho, Condes de Marialva; séc. 17 / 18 - construção do actual imóvel; séc. 18 - colocação das guardas pétreas nas janelas; 1758 - nas Memórias Paroquiais refere-se que a Capela de São João Baptista tem porta para o palácio de João Bernardo Pereira Coutinho de Vilhena, com muitas alfaias de ouro e prata e rica paramentaria; a tribuna era dourada e pintada e na fachada existia um nicho com a imagem de São João com seis palmos de altura; séc. 20, década de 80 - remodelação do imóvel, para o adaptar à instalação dos serviços camarários.
Tipologia - arquitectura residencial, seiscentista. Solar de planta em L, reformado no séc. 20, criando duas novas alas, que formam um pátio interno, tendo capela adossada num dos extremos da fachada principal. Evolui em um e dois pisos, adaptando-se ao desnível do terreno, com fachadas em cantaria aparente, de aparelho isódomo, com cunhais apilastrados, da ordem colossal, rematadas em friso e cornija, possuindo, nas fachadas mais antigas, os vãos rasgados de forma simétrica, rectilíneos e com molduras de cantaria, possuindo portais e janelas de peitoril no piso inferior, surgindo de sacada no superior, assentes em consolas, com os vãos encimados por frisos e cornijas. Fachada principal de dois panos, o do lado esquerdo correspondente à capela, com portal de verga recta e rematado por friso e cornija, encimado por nicho concheado com a imagem do orago, São João Baptista, sobre o qual existiam as armas da família, entretanto removidas. No lado direito, a casa, com acesso por um vestíbulo amplo, pavimentado a lajeado e cobertura de madeira, com janelas conversadeiras e um arco de acesso ao pátio central, assente em pilastras toscanas. Neste, a escada de acesso ao piso superior, setecentista, com guardas plenas e arranques volutados.
Características Particulares - solar de construção seiscentista, bastante simples, de planta em L, conservando, em duas das alas, o ritmo de vãos e o portal em simples verga recta. O andar nobre é mais rico, com os vãos rematados em friso e cornija, possuindo a evidência das primitivas sacadas, com a manutenção das bacias e consolas, transformado no período setecentista, em janelas de varandim, talvez devido aos rigores invernais, dando origem a panos de peito decorados com almofadados, destacando-se, no central, a existência de uma concha, ladeada por concheados recortados. No lado esquerdo, a capela, constituindo um volume separado, actualmente desactivada;
Dados Técnicos - sistema estrutural de paredes portantes;
Materiais - estrutura em cantaria de granito; modinaturas, sacadas, mísulas, pavimentos, escadas, chaminé, cornijas em cantaria de granito; tectos, pavimentos, portas em madeira; janelas com caixilharia de alumínio e vidro simples; portão em ferro; alpendre em betão; silhares de azulejo industrial; telhado em telha;
Bibliografia - ALVES, Alexandre, Penedono - apontamentos de História e de Arte. Os Coutinhos, Penedono, 1989; Documentação Gráfica - não definido; Documentação Fotográfica - IHRU: DGEMN/DSID; Documentação Administrativa - IHRU: DGEMN/DSID; Intervenção Realizada - PROPRIETÁRIO: séc. 20, década de 80 - reforma do imóvel, com remodelação da zona de acesso, criando-se uma varanda de betão, fechada por vidro; colocação de silhares de azulejos; tratamento das cantarias; colocação de caixilharias de alumínio; Observações – em estudo; Autor e Data - Paula Figueiredo 2008; Actualização - não definido.
Fonte em Penedono
IPA – Monumento; Nº IPA - PT011812060048; Designação - Fonte em Penedono – Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Penedono; Acesso - Avenida Adriano Almei-da; WGS84: 40º59'14.84''N, 7º23'38.46''W; Protecção – inexistente;
Enquadramento - urbano, adossado a um pequeno muro que sustenta os terrenos da via posterior, com a face principal a abrir para um pequeno largo de planta triangular que confina com a principal via da povoação. Este encontra-se totalmente murado, a cantaria de granito, de aparelho isódomo, pontuado por arbustos topeados e uma árvore de médio porte; entre a zona mais elevada e a estrutura, surge umas escadas de ligação no lado esquerdo. Nas imediações, surgem casas de habitação unifamiliares, maioritariamente incaracterísticas;
Descrição - chafariz de planta rectangular simples, em cantaria de granito aparente, em aparelho isódomo, com as juntas preenchidas a cimento, ostentando alguns gatos de ferro. Espaldar rectilíneo, rematado por cornija, encimado por três pináculos piramidais, com as faces frontais dos plintos almofadadas. Neste, surge, ao centro, um escudo português, encimado por coronel aberto, e uma placa de ângulos curvos com inscrição delida. Na base, uma bica em forma zoomórfica, reproduzindo, talvez, um leão, que verte para um pequeno tanque rectangular de bordos simples, a que se adosssa um frontal, de grandes dimensões, constituindo um bebedouro para animais, para onde a água corre por orifícios no topo do tanque principal;
Descrição Complementar - não definido - Utilização Inicial - infraestrutural: chafariz; Utilização Actual - infraestrutural: chafariz; Propriedade - pública: municipal; Afecta-ção - sem afectação; Época Construção - séc. 16 / 17; Arquitecto | Construtor | Autor – desconhecido; Cronologia - séc. 16, início - provável construção da fonte primitiva; séc. 17 - remodelação da mesma, reutilizando elementos da estrutura anterior; 1758 - nas Memórias Paroquiais, surge referida, como sendo alimentada por um aqueduto, bem lavrada de cantaria, debaixo de um arvoredo, com assentos de pedra;
Tipologia - arquitectura infraestrutural, seiscentista. Chafariz de espaldar, de planta rectangular simples, com espaldar rectilíneo, rematado por cornija e pináculos, onde se inscreve um escudo português, encimado por coronel, e uma bica de forma zoomórfica, que verte para tanque rectangular com bordos simples, à frente do qual surge um bebe-douro para animais, de maiores dimensões, mas igualmente simples; Características Particulares - chafariz de construção seiscentista, reaproveitando elementos de construção anterior, nomeadamente a bica de forma antropomórfica, e o escudo manuelino, talvez reformado em data posterior. Possui, sobre a linha de remate do espaldar, três pináculos piramidais, monolíticos, com os plintos almofadados; Dados Técnicos - estrutura autoportante; Materiais - estrutura e elementos em cantaria de granito; juntas preenchidas a cimento e consolidadas com gatos de ferro; Bibliografia - não definido; Documentação Gráfica - não definido; Documentação Fotográfica - IHRU: DGEMN/DSID; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada -
PROPRIETÁRIO: Séc. 20, final - arranjo da zona envolvente; construção de umasesca-das de acesso à fonte e do muro de suporte da mesma; consolidação da estrutura; Observações; Autor e Data - Paula Figueiredo 2008; Actualização - não definido.
Fonte de Mergulho
IPA – Monumento; Nº IPA - PT011812060049; Designação - Fonte de Mergulho; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Penedono; Acesso - não definido; Protecção -não definido; Enquadramento - não definido; Descrição - não definido; Descrição Complementar - não definido; Utilização Inicial - infraestrutural: fonte; Utilização Actual - não definido; Propriedade - não definido; Afectação - não definido; Época Construção - não definido; Arquitecto | Construtor | Autor - não definido; Cronologia - não definido - Tipologia - arquitectura infraestrutural. Fonte de mergulho; Características Particulares - não definido; Dados Técnicos - não definido; Materiais - não definido; Bibliografia - não definido; Documentação Gráfica - não definido; Documentação Fotográfica - não definido; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada - não definido; Observações - em estudo; Autor e Data - Paula Figueiredo 2002; Actualização - não definido.
Capela de Nosso Senhor da Agonia
IPA - Monumento; Nº IPA - PT011812060050; Designação - capela de Nosso Senhor da Agonia; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Penedono; Acesso - WGS84 (graus decimais) lat.: 40,988016, long.: -7,395734 ; Protecção - não definido; Enqua-dramento - não definido; Descrição - não definido; Descrição Complementar - não definido; Utilização Inicial - religiosa: capela; Utilização Actual – devoluto; Propriedade - não definido; Afectação - não definido; Época Construção - não definido; Arquitecto | Construtor | Autor - não definido; Cronologia - não definido; Tipologia - arquitectura religiosa; Características Particulares - não definido; Dados Técnicos - não definido; Materiais - não definido; Bibliografia - não definido; Documentação Gráfica - não definido; Documentação Fotográfica - não definido; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada - não definido; Observações – em estudo; Autor e Data - Paula Figueiredo 2002; Actualização - não definido.
Capela de Santa Eufémia
IPA – Monumento; Nº IPA - PT011812060051; Designação - capela de Santa Eufémia;
Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Penedono; Acesso - não definido; Protecção -não definido; Enquadramento - não definido; Descrição - não definido; Descrição Complementar - não definido; Utilização Inicial - religiosa: capela; Utilização Actual -religiosa: capela; Propriedade - não definido; Afectação - não definido; Época Construção - não definido; Arquitecto | Construtor | Autor - PINTOR: Carlos Augusto Massa (séc. 19); Cronologia -1758 - nas Memórias Paroquiais, é referida que se situa a 1/4 de légua de Penedono, junto ao Monte do Cerro; é muito concorrida com romarias; tem três altares e uma tribuna dourada, muitos ex-votos; a capela-mor foi mandada fazer por João Pereira Coutinho, comendador da vila de Sernancelhe, sendo a tribuna paga por Luís Pereira Coutinho, da vila; tinha feira a 3 de Agosto; informa que terá sido fundada por Rui Freire de Andrade, capitão-mor general do Mar da Índia; séc. 19 - pintura de ex-votos por Carlos Augusto Massa; Tipologia - arquitectura religiosa; Características Particulares - não definido; Dados Técnicos - não definido; Materiais -não definido; Bibliografia - ALVES, Alexandre, Artistas e Artífices nas Dioceses de Lamego e Viseu, vol. II, Viseu, 2001; Documentação Gráfica - não definido; Documentação Fotográfica - não definido; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada - não definido; Observações – em estudo; Autor e Data - Paula Figueiredo 2002; Actualização - não definido.
Capela de Santa Quitéria
IPA – Monumento; Nº IPA - PT011812060052; Designação - capela de Santa Quitéria; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Penedono; Acesso - em Ferronha; Protecção - não definido; Enquadramento - não definido; Descrição - não definido; Descrição Complementar - não definido; Utilização Inicial - religiosa: capela - Utilização Actual - religiosa: capela; Propriedade - não definido; Afectação - não definido; Época Construção - não definido; Arquitecto | Construtor | Autor - não definido; Cronologia - não definido; Tipologia - arquitectura religiosa; Características Particulares - não definido; Dados Técnicos - não definido; Materiais - não definido; Bibliografia - não definido; Documentação Gráfica - não definido; Documentação Fotográfica - não definido; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada - não definido; Observações - em estudo - Autor e Data - Paula Figueiredo 2002; Actualização - não definido.
Capela de Nossa Senhora da Conceição
IPA – Monumento; Nº IPA - PT011812060053; Designação - capela de Nossa Senhora da Conceição; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Penedono; Acesso - em Ado-bispo; Protecção - não definido; Enquadramento - não definido; Descrição - não definido; Descrição Complementar - não definido; Utilização Inicial - religiosa: capela; Utilização Actual - religiosa: capela; Propriedade - não definido; Afectação - não definido; Época Construção - não definido; Arquitecto | Construtor | Autor - não definido; Cronologia - não definido; Tipologia - arquitectura religiosa; Características Particulares - não definido; Dados Técnicos - não definido; Materiais - não definido; Bibliografia - não definido; Documentação Gráfica - não definido; Documentação Fotográfica - não definido; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada - não definido; Observações – em estudo; Autor e Data - Paula Figueiredo 2002; Actualização - não definido.
Capela do Senhor da Estrada
IPA – Monumento; Nº IPA - PT011812060054; Designação - capela da Senhora da Estrada; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Penedono; Acesso - em Adobispo; Protecção - não definido; Enquadramento - não definido; Descrição - não definido; Descrição Complementar - não definido; Utilização Inicial - religiosa: capela; Utilização Actual - religiosa: capela; Propriedade - não definido; Afectação - não definido; Época Construção - não definido; Arquitecto | Construtor | Autor - não definido; Cronologia - não definido; Tipologia - arquitectura religiosa; Características Particulares - não definido; Dados Técnicos - não definido; Materiais - não definido; Bibliografia - não definido; Documentação Gráfica - não definido; Documentação Fotográfica - não definido; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada - não definido; Observações – em estudo; Autor e Data - Paula Figueiredo 2002; Actualização - não definido;
Casa no Largo do Pelourinho
IPA – Monumento; Nº IPA - PT011812060068; Designação - Casa no Largo do Pelou-rinho; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Penedono; Acesso - Largo do Pelouri-nho. WGS84 (graus decimais) lat.: 40,989272, long.: -7,393824; Protecção - não definido; Enquadramento - não definido; Descrição - não definido; Descrição Complementar - não definido; Utilização Inicial - residencial: casa; Utilização Actual - residencial: casa / comercial: loja; Propriedade - privada: pessoa singular; Afectação -não definido; Época Construção -não definido; Arquitecto | Construtor | Autor - não definido; Cronologia -não definido; Tipologia - arquitectura residencial; Características Particulares -não definido; Dados Técnicos - não definido; Materiais - não definido; Bibliografia - Dicionário enciclopédico das freguesias, vol. III, Matosinhos, 1997, p. 621; Documentação Gráfica - não definido; Documentação Fotográfica - IHRU: DGEMN/DSID; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada - não definido; Observações – em estudo; Autor e Data - Paula Figueiredo 2002; Actualização - não definido.
Antigo Edifício de Subdelegação de Saúde de Penedono / Clínica Dentária de Penedono
IPA – Monumento; Nº IPA - PT011812060073; Designação - antigo edifício de subde-legação de saúde de Penedono / clínica dentária de Penedono; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Penedono; Acesso - Avenida Adriano Almeida. WGS84 (graus deci-mais) lat.: 40,986428, long.: -7,393939; Protecção - não definido; Enquadramento - não definido; Descrição - não definido; Descrição Complementar - não definido; Utilização Inicial - saúde: centro de saúde; Utilização Actual - saúde: clínica dentária; Propriedade - não definido; Afectação - não definido; Época Construção - não definido; Arquitecto | Construtor | Autor - não definido; Cronologia - não definido; Tipologia - arquitectura de saúde; Características Particulares - não definido; Dados Técnicos - não definido; Materiais - não definido; Bibliografia - não definido; Documentação Gráfica - IHRU: DGEMN/DREMC/DE; Documentação Fotográfica - IHRU: DGEMN/DSID; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada - não definido; Observações – em estudo; Autor e Data - Paula Figueiredo 2003; Actualização - não definido.
Forca em Penedono
IPA – Monumento; Nº IPA - PT011812060078; Designação - forca em Penedono; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Penedono; Acesso - não definido; Protecção - não definido; Enquadramento - não definido; Descrição - não definido; Descrição Complementar - não definido; Utilização Inicial - judicial: forca; Utilização Actual - marco histórico-cultural: forca; Propriedade - não definido; Afectação - não definido; Época Construção - não definido; Arquitecto | Construtor | Autor - não definido; Cronologia - não definido; Tipologia - arquitectura judicial; Características Particulares - não definido; Dados Técnicos - não definido; Materiais - não definido; Bibliografia - CD Portugal Século XXI - Distrito de Viseu, CD I, Matosinhos, 2001; Documentação Gráfica - não definido; Documentação Fotográfica - não definido; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada - não definido; Observações – em estudo; Autor e Data - Paula Figueiredo 2006; Actualização - não definido.
Escola Primária em Penedono
IPA – Monumento; Nº IPA - PT011812060095; Designação - Escola Primária em Penedono; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Penedono; Acesso - Rua do Canti-nho, Rua Dr. João Cabral de Almeida. WGS84: 40º59'20.35''N., 7º23'41.66'' O; Protec-ção – inexistente;
Enquadramento - urbano, isolado, integrado na povoação, em zona de forte declive, rodeado por amplo terreiro protegido por muro em alvenaria de granito aparente, enci-mado, na fachada suprior, por rede metálica. O acesso é feito por portão na zona central da fachada principal, que leva aos portais principais por caminho betuminoso divergente. Possui, uma zona ajardinada na fachada principal, com canteiros em alvenaria de granito rebocada, onde surgem arbustos de pequeno porte, sendo a fachada rodeada por canteiros de flores. Junto ao edifício, situa-se, integrado num muro divisório de propriedade, rebocado e pintado de branco e faixa cinzenta, uma fonte de espaldar, em cantaria de granito de aparelho isódomo, rematada em dupla cornija e friso, encimados por pináculos piramidais angulares e amplo pináculo piramidal ao centro; no espaldar, surge uma primitiva bica saliente, encimada por cartela recortada inepígrafa, sob a qual surge a bica recente, em forma de bola, onde se inscreve uma torneira; na base, uma mísula para apoio do vaislhame. A escola é envolvida por residências unidamiliares;
Descrição - planta rectangular simples, composta pelos corpos das salas de aula e dos vestíbulos, a que se adossam, na fachada posterior, os alpendres e instalações sanitárias, com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas no primeiro e de uma no segundo corpo. Fachadas de piso único, rebocadas e pintadas de branco, excepto na zona que envolve os portais, em cantaria de granito aparente, em aparelho isódomo com as juntas pintadas de branco, e rematadas em cornija de betão. Fachada principal virada a E., rasgada por dois portais nos extremos, com jambas convexas e bandeira vazada por cinco vãos quadrangulares, protegida por porta de madeira de duas folhas almofadadas; os portais encontram-se encimados por escudo português, envolvido por elementos volutados; possui, ainda, seis janelas, três por cada uma das salas de aula, com caixilhos metálicos, pintados de castanho e assentes em friso comum de cantaria granítica. As fachadas laterais são semelhantes, em empena cega, marcadas na zona posterior, pelo vão rectilíneo de acesso aos alpendres. Fachada posterior é marcada pelo corpo adossado das instalações sanitárias e alpendres, cada um assente em quatro pilares de cantaria, para onde abrem, de cada lado, a porta do vestíbulo, de acesso à zona do recreio, e três portas, correspondentes às instalações sanitárias, ventiladas por seis postigos de arejamento. No INTERIOR, os portais acedem aos vestíbulos, rebocados e pintados de branco, onde se rasgam, na parede testeira, as portas de acesso aos alpendres. As salas de aula estão rebocadas e pintadas de branco; nos ângulos, têm uma zona com ladrilhos, onde se implementava o aquecimento.
Descrição Complementar - não definido; Utilização Inicial - educativa: escola primária; Utilização Actual - educativa: escola do ensino básico do 1.º ciclo; Propriedade - pública: municipal; Afectação - sem afectação; Época Construção - séc. 20; Arquitecto | Construtor | Autor - PROJECTISTA: Fernando Peres;
Cronologia -1956, Janeiro - resultante de um estudo do arquitecto Fernando Peres, são criadas dois tipos de escolas, visando a uniformização dos imóveis, o tipo urbano e o rural; 1956 - estudo da electrificação dos imóveis; 1959, 21 Junho - inauguração; 1961 - privilegia-se a construção do tipo rural, só surgindo nas maiores comunidades, o tipo urbano;
Tipologia - arquitectura educativa, modernista. Escola do Novo Plano dos Centenários do tipo urbano, de duas salas e para dois sexos. Edifício de planta rectangular, tendo as salas de aula rectangulares, rasgadas por três amplos vãos, e acedidas lateralmente por portais com jambas convexas e bandeira rasgada por vãos rectilíneos, com instalações sanitárias na zona central da fachada posterior e alpendres. No interior, as salas de aula conservam o arranjo frontal, com iluminação dominante unilateral da esquerda e impossibilidade de visualizar o exterior em posição sentada, com quadro no topo e o local da salamandra ou lareira para aquecimento elevado e revestido a tijolo cerâmico.
Características Particulares - escola de construção tardia, correspondendo a um período de simplificação do Plano dos Centenários, mas possuindo uma tipologia do tipo urbano, com duas salas de aula divididas por dois pisos, revelando a importância da povoação na época. O edifício mantém a estrutura primitiva; Dados Técnicos - estrutura autoportante; Materiais - cantaria de granito nas jambas e bandeira; reboco; betão na cornija; tijolo cerâmico na zona de aquecimento; metal nos caixilhos e divisórias do antigo alpendre; telha nas coberturas exteriores; vidro simples nas janelas; Bibliografia - Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério nos Anos de 1959, 1º Volume, Lisboa, 1960; Documentação Gráfica – não definido; Documentação Fotográfica - IHRU: DGEMN/ DSID; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada - PROPRIETÁRIO: séc. 20, 2.ª metade - pavimentação da zona central em cimento; Observações; Autor e Data - Patrícia Costa 2004 / Paula Figueiredo 2008; Actualização - não definido.
Torre do Relógio de Penedono
IPA – Monumento; Nº IPA - PT011812060100; Designação - Torre do Relógio de Penedono; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Penedono; Acesso - não definido; Protecção - não definido; Enquadramento - não definido; Descrição - não definido; Descrição Complementar - não definido; Utilização Inicial - comunicação: torre do relógio; Utilização Actual - comunicação: torre do relógio; Propriedade - não definido; Afectação - não definido; Época Construção - não definido; Arquitecto | Construtor | Autor - não definido; Cronologia - não definido; Tipologia - arquitectura de comunicação; Características Particulares - não definido; Dados Técnicos - não definido; Materiais - não definido; Bibliografia - não definido; Documentação Gráfica - não definido; Documentação Fotográfica - IHRU: DGEMN/DSID; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada - não definido; Observações - em estudo; Autor e Data - Paula Figueiredo 2005; Actualização - não definido.
Paços do concelho e cadeia comarcã de Penedono / Biblioteca Municipal e Posto de Turismo de Penedono
IPA – Monumento; Nº IPA - PT011812060101; Designação - Paços do concelho e cadeia comarcã de Penedono / Biblioteca Municipal e Posto de Turismo de Penedono; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Penedono; Acesso - WGS84 (graus decimais) lat.: 40,989550, long.: -7,394017 ; Protecção - não definido; Enquadramento - não definido; Descrição - possui escudo português de D. João V; Descrição Complementar - não definido; Utilização Inicial - política e administrativa: paços do concelho / Judicial: cadeia; Utilização Actual - cultural: biblioteca municipal / Turística: posto de turismo e venda de artesanato; Propriedade - pública: municipal; Afectação - sem afectação; Época Construção - não definido; Arquitecto | Construtor | Autor - não definido;
Cronologia - 1291 - a povoação tinha tabelião, que pagava ao rei 3 libras; 1581, 12 Abril - confiscação dos bens do concelho por D. Filipe I, passando a integrar a Casa Real; séc. 18 - reconstrução do imóvel; 1708 - Penedono pertencia à comarca de Pinhel e tinha 350 vizinhos; 1758 - é referida a Casa da Câmara, com dois juízes ordinários, 3 vereadores, um procurador e um escrivão; na casa, fazem-se as audiências pelos juízes e, junto a esta, a cadeia, com o privilégio de ser cadeia da correição da comarca de Pinhel, tendo torre de cantaria e casa alta para o carcereiro; séc. 18, 2.ª metade - na História Eclesiástica de D. Joaquim de Azevedo, pertencia à Comarca de Trancoso e tinha uma cadeia comarcã; tinha dois juízes ordinários, vereadores, procuradores e oficiais da Câmara; 1873, 23 Dezembro - suprimido o julgado de Penedono; 1895, 7 Setembro - extinção do concelho;1898, 13 Janeiro - restauro do concelho; séc. 20, década de 80 - no edifício, estava instalado a EDP; Tipologia - arquitectura civil política, administrativa e judicial; Características Particulares - não definido;
Dados Técnicos - não definido; Materiais - não definido; Bibliografia - ALVES, Ale-xandre, Penedono - apontamentos de História e de Arte. Os Coutinhos, Penedono, 1989; COIXÃO, António do Nascimento Sá e TRABULO, António Alberto Rodrigues, Evo-lução político-administrativa na área do actual concelho de Vila Nova de Foz Côa, Vila Nova de Foz Côa, 1995; Documentação Gráfica - não definido; Documentação Fotográfica - IHRU: DGEMN/DSID; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada - não definido; Observações – em estudo; Autor e Data - Paula Figueiredo 2005; Actualização - não definido.
Núcleo urbano da vila de Penedono
IPA – conjunto; Nº IPA - PT011812060102; Designação - núcleo urbano da vila de Penedono; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Penedono; Acesso - N 229 (Tran-coso/ São João da Pesqueira); em Penedono: Rua de Santa Eufémia, Av. Adriano de Almeida, Rua Dr. José Cabral de Almeida, Rua de São Pedro e Rua da Madalena. WGS84: 40º59'N, 7º23'O; Protecção - inclui o Castelo de Penedono (v. PT1812060001) e Pelourinho de Penedono (v. PT1812060002); Enquadramento - vila situada a N. do distrito de Viseu a uma distância de 75 km da capital do distrito. Capital de concelho, possui nove freguesias: Antas, Beselga, Castainço, Granja, Ourozinho, Penedono, Penela da Beira, Póvoa da Penela e Souto. O concelho tem uma área total de 125.08 km2 e uma população de 3450 residentes, tendo Penedono 1082 moradores. Implantado no topo de um monte rochoso na Serra de Sirigo, com domínio sobre o vale do rio Medreiro, numa posição estratégica para a defesa e consolidação do território;
Descrição - conjunto urbano estruturado em traçado semi-radioconcêntrico, com o castelo como pólo aglomerador mas não como pólo geométrico. O castelo (v. PT1812060001) implantado no ponto mais alto da vila, sobre afloramento rochoso, destaca-se da malha urbana que se estende nas vertentes S. e O. do morro, com quarteirões de tamanhos e formas irregulares. Os eixos estruturantes são a circular ao morro do castelo definido pela Rua do Castelo/ Rua das Alminhas/ Rua de São Salvador e o alinhamento da rua de São Miguel. Este poderá corresponder à única reminiscência da cerca do núcleo medieval, tal como acontece em Almeida com a Rua Direita. Duarte de Armas, no início do séc. 16 (reinado D. Manuel), representa Almeida sem cerca. Outro eixo fundamental mais recente é a Rua Adriano de Almeida, correspondente a uma fase de expansão do séc. 19. Esta avenida nasce na actual Praça 25 de Abril, onde se encontra implantado o Pelourinho manuelino (v. PT 1812060002). Esta terá sido desde cedo o centro cívico da vila, onde se edificou para além do Pelourinho, a Casa da Câmara e Cadeia (v. PT1812060101) actualmente a funcionar como Biblioteca e Posto de Turismo. Destacam-se ainda do edificado circundante da praça a Casa com varanda alpendrada (v. PT1812060068), a Casa Paroquial (v. PT1812060106) e a antiga Escola Primária (v. PT1812060104). É também por esta praça que se acede ao castelo, através de escadaria. Traço comum a todos os eixos é a ausência de alinhamento das fachadas. As frentes de rua são muito irregulares, sendo comuns os muros de quintal, as reentrâncias provocadas pela existência de escadas exteriores e as casas com implantação recuadas em relação ao alinhamento. Dos espaços públicos destacam-se o Largo de Santa Bárbara e o Largo de São Salvador, ambos associados a capelas com os mesmos nomes. A igreja de São Pedro é a igreja matriz e encontra-se numa localização periférica em relação á área identificada como centro histórico. Houve em Penedono três igrejas paroquiais. A Casa dos Freixos ou Solar dos Coutinhos acolhe actualmente a Câmara Municipal. O edifício aristocrático dos séculos 17 e 18 era o solar de residência 1º da família Coutinho, Condes de Marialva e foi construído fora da malha urbana mais antiga, para S., no eixo hoje definido pela Av. Adriano de Almeida, provavelmente traçado sobre um caminho pré - existente de acesso á vila. Da cerca urbana não restam vestígios. O edificado é composto por edifícios de 1 e 2 pisos predominantemente residenciais. A alvenaria de granito aparente domina a imagem da vila, que a par da eminência do castelo remetem inevitavelmente para a sua identificação com o conjunto das vilas de consolidação do território dos primeiros séculos da nacionalidade;
Descrição Complementar - a vila e em particular o castelo de Penedono, está ligada segundo a tradição, á figura de Álvaro Gonçalves Coutinho, o "Magriço" passado à imortalidade por Camões no canto VI dos "Lusíadas", que aqui terá vivido parte da sua vida. Este cavaleiro que fez parte do "grupo do 12 de Inglaterra" no séc. 15, ter-se-á tornado o modelo perfeito do cavaleiro medieval;
Utilização Inicial - militar /Política e administrativa / Residencial / religiosa; Utilização Actual - residencial / Política e adminitrativa / Religiosa / Comercial; Propriedade - não aplicável; Afectação - não aplicável; Época Construção - séc.12 / 16/ 19; Arquitecto | Construtor | Autor; Cronologia - período Neolítico - vestígios na região que informam da presença de primitivos habitantes deste período; 1000 a.C. - provável presença de um antigo castro da idade do bronze e vestígios de construção militar árabe de protecção a um povoado muçulmano implantado na zona envolvente; 960 - primeiro documento conhecido onde é referido o nome de Penedono na sua forma original "Pena de Dono" (testamento de D. Flâmula feito nesse ano); 987 - a fronteira cristã retrocede, passando os terrenos de Penedono a ser propriedade dos Maometanos; 1055 - os terrenos são libertados por Fernando Magno durante uma campanha de 10 anos que culmina com a tomada de Coimbra em 1064; 1059 - é referida a libertação das terras de Penedono no inventário dos bens do cenóbio Vimaranense; séc. XII, finais - as terras de Penedono pertencem à coroa; 1195 - é outorgada à Vila, por D. Sancho I, carta de foral pela qual são concedidos aos moradores privilégios iguais aos moradores de Trancoso; 1217 - o foral é confirmado por D. Afonso II; 1512 - último foral de Penedono, subscrito por Fernão de Pina; séc. XIV - data possível da construção do Castelo de Penedono por D. Vasco Fernandes Coutinho, senhor do Couto de Leomil e vassalo de el-rei; 1527 - consta no Cadastro da População do Reino, mandado elaborar por ordem de D. João III, que haviam 486 moradores ou fogos na vila, o que equivalia a cerca de 1500 habitantes; 1757 - a vila contava com 125 fogos; 1708 - a Vila contava com cerca de 350 vizinhos repartidos por duas paróquias, de S. Salvador e de S. Pedro; 2ª metade do séc. XVIII - Penedono deixa a comarca de Pinhel e passa para a de Trancoso; 1873 - por decreto de 23 de Dezembro, é suprimido o julgado de Penedono, ficando apenas a existir o concelho; 1895 - por decreto de 7 de Setembro, é extinto o concelho; 1898 - o concelho de Penedono é de novo restaurado por decreto do dia 13 de Janeiro com todas as freguesias que o constituíam antes da sua extinção; séc. XVIII - em Portugal Antigo e Moderno surge a seguinte descrição da vila: "A villa nada tem de notavel, senão a sua Historia e tradições, e as ruinas de alguns edificios, que nos revelam a antiga importancia d'esta povoação." E ainda "Tem um castello, que foi muito forte em outro tempo, e está hoje em ruinas. Dentro do Castello existe uma torre, ainda bem conservada, onde está o relógio da villa.";
Tipologia - traçado urbano de raiz medieval, de tendência concêntrica, polarizada pelo castelo. Dos espaços públicos, a actual praça 25 de Abril destaca-se enquanto centro cívico do núcleo, centralizando os edifícios públicos e o acesso ao castelo. Os edifícios religiosos distribuem-se ao longo dos eixos radiais pincipais, implantados em largos de localizações periféricas em relação ao centro definido pela praça da câmara e pelourinho na actual Praça 25 de Abril. O tecido parcelar é extremamente homogéneo, impossibilitando a leitura de uma regra, resultado de uma implantação não planeada, que se estendeu ao longo de muitos séculos, não revelando características de uma pressão urbana significativa, bem como de prováveis intervenções de emparcelamento. Predominam os lotes com forma tendencialmente quadrangular, frequentemente com a frente mais larga voltada á rua. É também frequente a presença de logradouros. A excepção encontra-se por exemplo em alguns lotes estreitos e longos na Rua de São Miguel e na Travessa do Outão. O edificado é maioritariamente composto por casa térreas e por casas de dois pisos, frequentemente com aproveitamento de semi-caves e de sótãos. Do quadro tipológico do núcleo destacam-se os exemplos remanescentes da tipologia tradicional beirã da casa sobradada com loja no piso térreo e habitação no piso com escadas exteriores, de um número significativo de casa com pátio lateral com muro alto e de um conjunto de casas abastadas. Estas representam um conjunto muito heterogéneo do ponto de vista formal, morfológico e cronológico, destacando-se pela dimensão e pelo trabalho mais cuidado de cantaria. A construção em alvenaria de granito tradicionalmente rebocada e caiada apresenta-se actualmente quase sempre aparente. Os telhados de 2 ou 4 águas são revestidos com telha de canudo salvo os casos de substituição desta por telha lusa;
Características Particulares - sede municipal. Núcleo urbano dominado pelo castelo que representa um testemunho do início da nacionalidade e da afirmação do seu território; Dados Técnicos - estrutura autoportante, paredes em cantaria, alvenaria de pedra, reboco de cal e areia, janelas de duas folhas, pavimentos urbanos com paralelipípedos de granito; Materiais - pedra: granito, cerâmica: telha de canudo, metal: ferro fundido, madeira: carvalho; Bibliografia - LOURENÇO, Mário A. P., Penedono - Forais, Câmara Municipal de Penedono, 1989; BASTOS, Rui Ferreira, Penedono e o seu Concelho, curriculum e modernidade, 1996; ALVES, Alexandre, Penedono: Apontamentos de História e de Arte, Os Coutinhos, Câmara Municipal de Penedono, Viseu, 2000; SOUSA, Júlio Rocha e, Antiga Vila de Penedono, Viseu, 2001; SOUSA, Júlio Rocha e, Castelo de Penedono, Viseu, 2001; Documentação Gráfica - IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMC; DGOTDU: Arquivo Histórico (Anteplano de Urbanização de Penedono - Estudos Preliminares, a.d., 1954; Anteplano de Urbanização do Penedono, Eng. Barata da Rocha, 1957); Documentação Fotográfica - IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMC; Documentação Administrativa - IHRU: DGEMN/DSARH (Anteplano de urbanização de Penedono, DSARH-005-3613/17), DGEMN/DREMC; Intervenção Realizada - não definido; Observações; Autor e Data - Maria Pais, Joana Leão 2005; Actualização - Anouk Costa, Cláudia Morgado, Rita Vale 2010.
Casa junto à Capela do Salvador
IPA – Monumento; Nº IPA - PT011812060103; Designação - casa junto à Capela do Salvador; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Penedono; Acesso - Rua das Almi-nhas; Protecção – inexistente; Enquadramento - não definido; Descrição - não definido; Descrição Complementar - não definido; Utilização Inicial - residencial: casa; Utiliza-ção Actual - residencial: casa; Propriedade - não definido; Afectação - não definido; Época Construção - não definido; Arquitecto | Construtor | Autor - não definido; Cronologia - não definido; Tipologia - arquitectura residencial; Características Particulares - não definido; Dados Técnicos - não definido; Materiais - não definido; Bibliografia - não definido; Documentação Gráfica - não definido; Documentação Fotográfica - não definido; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada - não definido; Observações – em estudo; Autor e Data - Paula Figueiredo 2006;Actualização - não definido.
Antiga Escola Primária de Penedono
IPA – Monumento; Nº IPA - PT011812060104; Designação - Antiga Escola Primária de Penedono; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Penedono; Acesso - Praça Vinte e Cinco de Abril; Protecção – inexistente; Enquadramento - não definido; Descrição - não definido; Descrição Complementar - não definido; Utilização Inicial - educativa: escola primária; Utilização Actual - não definido; Propriedade - não definido; Afectação - não definido; Época Construção - não definido; Arquitecto | Construtor | Autor - não definido; Cronologia - não definido; Tipologia - arquitectura educativa. Escola primária; Características Particulares - não definido; Dados Técnicos - não definido; Materiais - não definido; Bibliografia - não definido; Documentação Gráfica - não definido; Documentação Fotográfica - não definido; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada - não definido; Observações – em estudo; Autor e Data - Paula Figueiredo 2006; Actualização - não definido.
Casa com nicho de Santo António
IPA – Monumento; Nº IPA - PT011812060105; Designação - casa com nicho de Santo António; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Penedono; Acesso - Rua do Cabou-ço; Protecção - não definido; Enquadramento - não definido; Descrição - não definido; Descrição Complementar - não definido; Utilização Inicial - residencial: casa; Utiliza-ção Actual - residencial: casa; Propriedade - privada: Pessoa singular; Afectação - sem afectação; Época Construção - não definido; Arquitecto | Construtor | Autor - não defi-nido; Cronologia - não definido; Tipologia - arquitectura residencial; Características Particulares - não definido; Dados Técnicos - não definido; Materiais - não definido; Bibliografia - não definido; Documentação Gráfica - não definido; Documentação Fotográfica - não definido; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada - não definido; Observações – em estudo;Autor e Data - Paula Figueiredo 2006; Actualização - não definido.
Casa Paroquial
IPA – Monumento; Nº IPA - PT011812060106; Designação - Casa Paroquial; Localiza-ção - Portugal, Viseu, Penedono, Penedono; Acesso - Rua Primeiro de Maio; Protecção - não definido; Enquadramento - não definido; Descrição - não definido; Descrição Complementar - não definido; Utilização Inicial – residencial; Utilização Actual - resi-dencial: residência paroquial; Propriedade - privada: Igreja Católica; Afectação - sem afectação; Época Construção - não definido; Arquitecto | Construtor | Autor - não defi-nido; Cronologia - não definido; Tipologia - arquitectura residencial; Características Particulares -não definido; Dados Técnicos - não definido; Materiais - não definido; Bibliografia - não definido; Documentação Gráfica - não definido; Documentação Fotográfica - não definido; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada - não definido; Observações – em estudo; Autor e Data - Paula Figueiredo 2006; Actualização - não definido.
Alminhas em Penedono
IPA – Monumento; Nº IPA - PT011812060107; Designação - Alminhas em Penedono; Localização - Portugal, Viseu, Penedono, Penedono; Acesso - Rua de São Miguel; Pro-tecção - não definido; Enquadramento - não definido; Descrição - não definido; Descrição Complementar - não definido; Utilização Inicial - religiosa: alminhas; Utilização Actual - religiosa: alminhas; Propriedade - privada: Igreja Católica; Afectação - sem afectação; Época Construção - não definido; Arquitecto | Construtor | Autor - não definido; Cronologia - não definido; Tipologia - arquitectura religiosa; Características Particulares - não definido; Dados Técnicos - não definido; Materiais - não definido; Bibliografia - não definido; Documentação Gráfica - não definido; Documentação Fotográfica - não definido; Documentação Administrativa - não definido; Intervenção Realizada - não definido; Observações – em estudo; Autor e Data - Paula Figueiredo 2006; Actualização - não definido.
Penela
Depois da extinção do concelho de Penela, a freguesia ainda pertenceu ao concelho de Trevões, até à extinção deste, em 24 de Janeiro de 1855.
Pelo Dec. De 13 de Janeiro de 1898, Penela regressaria a Penedono, concelho restaura-do, sob a designação de Penela da Beira, orago de Nossa Senhora do Pranto.
É da comarca de São João da Pesqueira, distrito de Viseu, diocese de Lamego, relação do Porto.
No que respeita ao seu património histórico e cultural, para além dos factos intrínsecos à sua génese de povoação em pareceria com São João da Pesqueira, Paredes, Souto e Numão, entre outras localidades da Reconquista, mencionemos:
- Dólmen da Capela de Nossa Senhora do Monte, datado do século XXIX ou XXVII a.C. e composto de uma câmara poligonal, aproveitada para servir de capela-mor e reu-tilizada sucessivamente pela população autóctone como local sagrado e de culto, em diferentes fases de ocupação humana. É monumento nacional pelo Dec. Nº 44075, 05-12-1961.
- Igreja Nossa Senhora do Pranto.
- Capela de Nossa Senhora da Piedade.
- Capela de Santo António.
Em Penela da Beira realizam-se as festas em honra da Nossa Senhora da Piedade e da Nossa Senhora da Aflição, no penúltimo domingo de Agosto.
Penela, Penedono, Pinhel - Memórias paroquiais, vol. 28, nº 115, p. 771 a 776
Transcrição
(fl. 771) Penella da Beira
1º - Hé esta villa de Penella da Provinçia da Beira alta, bispado de Lamego, comarca de Pinhel, termo e freguezia sobre si.
2º - He esta villa terra donataria do Excellentissimo Marquês de Marialva e conde de Cantanhede.
3º Tem esta freguezia duzentos e vinte e outo vezinhos tem pessoas de confissão e comunhão seisçentas e vinte e tres e de menor idade setenta e tres e abzentes vinte e tres que por todas fazem o numero de seteçentas e desanove.
4º Está situada em huma serra ou quasi juncto a ella virada a parte do nasçente donde se dy continuão as terras seguintes a villa da Povoa de Penella distam meia legoa o lugar dos Pereyros termo de Sam João da Pesqueira huma legoa de distançia, o lugar de Granja meia legoa, a villa de Penedono huma legoa e muitas mais terras da provinçia de Tras dos Montes e Castella.
(fl. 772) 5º - Tem esta villa termo que compreende a metade do lugar da Granja, Quinta da Picoula e Quinta, de Bubezes e Retorta que per todos tem sesenta vezinhos.
6º - Está esta parrochia dentro da freguezia e não tem lugares nem aldeas.
7º - O seo orago hé a Senhora do Pranto tem coatro altares, hum das Almas, outro da Sancta Cruz, outro da Senhora do Rozario, e outro do Menino Deos, e tem huma irmandade erecta debaixo do patrocinio da Sancta Cruz.
8º - O parrocho hé reytor da aprezentação da Universidade de Coimbra a quem se dá de renda cenctum pro rectoré, pellos fructos dos dizimos que pertencem a Universidade.
9º - Não tem beneficiados.
10 - Não tem conventos.
11 - Não tem hospital.
12 Não tem Caza da Mizericordia.
(fl. 773) 13 - Tem huma ermida de Sancto Tirso fora da freguezia que pertençe à mesma.
14 - Não acóde a ditta ermida romagem nem hé muito frequentada.
15 - Os fructos que os moradores desta freguezia recolhem em maior abundancia são çenteio, trigo e milho e castanhas.
16 – Tem esta villa juis ordinario e esta sujeita ao governo das justissas da mesma terra, e não entra nella corregedor mas sim o ouvidor de Limede.
17 He a cabeça do concelho.
18 – Não há memoria que della sahiçem homens insignes.
19 – Não tem feira.
20 – Não tem correio e dista da terra aonde chega duas legoas.
21 – Dista esta terra da cidade de Lamego capital do bispado sete legoas e de Lisboa capital do reyno sincoenta e sinco legoas.
22 – Não tem privillegio nem antiguidades.
(fl. 774) 23 – Não há nesta terra, nem perto della fonte ou alagoa çellebre.
24 – Não hé porto de mar.
25 – Não hé murada.
26 – Não padeceo ruina alguma no terremoto de mil seteçentos e sincoenta e sinco.
27 – Não tem couza digna de memoria.
Serra
1 Tem esta villa huma serra chamada a serra de Penella.
2 Tam huma legoa de comprimento e hum coarto de legoa de largura e acaba da parte do sul com hum rio chamado a Tavarella o mesmo hé da parte do poente.
3 Não tem braços principais a ditta serra.
4 Não nasçem rios na mesma.
5 Não há villas ou lugares na Serra nem áo pé della.
6 Não tem fontes de propriedades raras.
(fl. 775) 7 Não tem minas de metais.
8 Não hé povoada de plantas e só se cultiva em algumas partes e o fructo que acha hé çenteio.
9 Tem a serra hua cappella chamada da Senhora do Monte que há pertença desta fre-guezia aonde em dia de Nossa Senhora dos Prazeres vam muitas freguesias com e vezes(?) em romaria.
10 A qualidade do seu temperamento hé frigidíssima.
11 Criaçe na mesma muita caça de coelhos, lebres e perdizes poucas.
12 Tem huma rotura ou concavidade em huma pedra que mostra ser feita a o pico que chamam os vieyros que sempre de verão e inverno tem agoa sem que nunca ouvesse memoria de que secaçe e se dis muito grande altura.
E não há nesta terra mais couza alguma digna de memoria.
O reverendo Antonio Gouveia de Carvalho [assinatura autógrafa]
Processos Tribunal Santo Ofício – Inquisição
Processo de Francisco Lopes
Processo de Duarte Rodrigues
PROCESSO DE MARIA HENRIQUES
PROCESSO DE MIGUEL LOPES
PROCESSO DE DUARTE REBELO DE MENDONÇA
PROCESSO DE ÁLVARO DIAS
PROCESSO DE DOMINGOS DIAS
PROCESSO DE MIGUEL DE ANDRADE
PROCESSO DE JERÓNIMO NAVARRO
PROCESSO DE CLARA DE OLIVEIRA PROCESSO DE ANTÓNIO DIAS
PROCESSO DE CATARINA PEREIRA
Registos Vários
REGISTO DE PAS SAPORTES
Requerente: João dos Santos Carvalho. Filiação: Idade: 30. Profissão: Estado Civil: Lugar: Penela Freguesia. Concelho: Penedono. Destino: Império do Brasil. 1858-09-15.
Requerente: Manuel Joaquim Gomes. Filiação. Idade: 26. Profissão. Estado Civil. Lugar: Penela Freguesia. Concelho: Penedono. Destino: Império do Brasil. 1858-09-15.
Requerente: João António Ferreira. Filiação: Idade: 22 Profissão: Estado Civil: Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono: Destino: Império do Brasil. 1858-09-23.
Requerente: João Inácio Aguiar. Filiação: Idade: 43. Profissão: Estado Civil: Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Império do Brasil. 1862-11-17.
Requerente: José de Jesus Nascimento de Aguiar Coelho. Filiação: João do Nascimento de Aguiar Coelho Idade: 11. Profissão: Estado Civil: Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1869-12-06.
Requerente: António Augusto Ferreira. Filiação: José Joaquim Ferreira Idade: 17. Pro-fissão: Estado Civil: Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1870-07-25.
Requerente: Manuel de Jesus da Costa Arroz. Filiação: Francisco Xavier da Costa Arroz Idade: 15 Profissão: Estado Civil: Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará.1872-01-12.
Requerente: Albano de Jesus Ferreira. Filiação: José Joaquim Ferreira Idade: 20. Profissão: Estado Civil: Solteiro Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1872-01-12.
Requerente: João do Nascimento da Fonseca Canudo. Filiação: António da Fonseca Canudo. Idade: 27. Profissão: Estado Civil: Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Pene-dono. Destino: Pará.1872-01-12.
Requerente: João António de Aguiar Neto. Filiação: António Joaquim Neto. Idade: 16 Profissão: Estado Civil: Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1872-01-12.
Requerente: Manuel de Jesus Dourado. Filiação: Idade: 38. Profissão: Alfaiate. Estado Civil: Casado Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará.1872-01-12.
Requerente: João Manuel Ferreira Pinto. Filiação: Idade: 37. Profissão: Alfaiate. Estado Civil: Casado Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará.1872-04-19.
Requerente: Manuel de Alexandria de Aguiar Coelho. Filiação: João do Nascimento de Aguiar Coelho. Idade: 13 Profissão: Estado Civil: Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará.1872-04-19.
Requerente: José António Dourado. Filiação: Miguel Jerónimo Dourado. Idade: 26. Profissão: Estado Civil: Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará.1872-06-11.
Requerente: José Miguel Torga. Filiação: António Manuel Torga Idade: 22. Profissão: Estado Civil: Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará.1872-06-11.
Requerente: António de Jesus Menino. Filiação: Francisco António Menino Idade: 21. Profissão: Estado Civil: Solteiro. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Desti-no: Pará.1873-03-10.
Requerente: José Manuel de Abrunhosa. Filiação: Francisco Manuel de Abrunhosa. Idade: 23. Profissão: Estado Civil: Solteiro. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Pene-dono. Destino: Pará.1873-03-10.
Requerente: António Joaquim ferreira. Filiação: João Manuel Ferreira Pinto. Idade: 10. Profissão: Estado Civil: Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará.1873-03-10.
Requerente: José Inácio de Sequeira. Filiação: António Joaquim de Sequeira. Idade: 21. Profissão: Estado Civil: Solteiro. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará.1873-03-10.
Requerente: Manuel de Jesus Menino. Filiação: Idade: 30. Profissão: Estado Civil: Solteiro. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará.1873-03-10.
Requerente: João de Alegria da Costa Arroz. Filiação: Francisco Chaves da Costa Arroz. Idade: 21 Profissão: Estado Civil: Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará.1873-03-10.
Requerente: João António de Aguiar Neto. Filiação: Idade: 21. Profissão: Estado Civil: Solteiro. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará.1876-07-17.
Requerente: Albano de Jesus Ferreira. Filiação: Idade: 25. Profissão: Estado Civil: Solteiro. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará.1876-07-17.
Requerente: Manuel Maria de Gouveia. Filiação: Idade: 25. Profissão: Proprietário. Estado Civil:
Solteiro. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Rio de Janeiro.1877-03-23.
Requerente: Manuel de Jesus Dourado. Filiação: Idade: 43. Profissão: Alfaiate. Estado Civil:
Casado. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1877-05-19.
Requerente: José Cipriano de Abrunhosa. Filiação: José de Abrunhosa. Idade: 12. Pro-fissão: Estado Civil: Solteiro. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Império do Brasil. 1879-05-13.
Requerente: José Inácio. Filiação: Idade: 28. Profissão: Alfaiate. Estado Civil: Casado. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Império do Brasil. 1880-07-14.
Requerente: Manuel da Piedade Torga. Filiação: Idade: 23. Profissão: Ferreiro. Estado Civil: Solteiro. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Império do Brasil. 1880-07-14.
Requerente: Alexandre Augusto da Costa Arroz. Filiação: Idade: 22. Profissão: Estado Civil: Solteiro. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Império do Brasil. 1880-10-11.
Requerente: José dos Santos Dias. Filiação: José Joaquim Dias; e Maria da Piedade Gouveia. Idade: 14. Profissão: Estado Civil: Solteiro. Lugar: Penela Freguesia: Conce-lho: Penedono. Destino: Pará. 1880-10-11.
Requerente: Manuel de Jesus da Fonseca Canuto. Filiação: Ana de Jesus de Oliveira. Idade: 15. Profissão: Estado Civil: Solteiro. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Pene-dono. Destino: Pará. 1880-10-11.
Requerente: Alfredo Augusto Ferreira. Filiação: Francisco Manuel Ferreira; e Maria dos Santos Idade: 16. Profissão: Estado Civil: Solteiro. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1880-10-11.
Requerente: Manuel do Nascimento Ferreira Pinto. Filiação: João Manuel Ferreira Pinto. Idade: 14 Profissão: Estado Civil: Solteiro. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1880-10-11.
Requerente: João da Alegria Costa. Filiação: Idade: 28. Profissão: Proprietário Estado Civil: Solteiro. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1880-12-30.
Requerente: José Francisco Ferreira. Filiação: Francisco Manuel Ferreira Idade: 16. Profissão: Estado Civil: Solteiro. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Desti-no: Pará. 1881-11-09.
Requerente: Manuel Jesus Dourado. Filiação: Idade: 48. Profissão: Alfaiate Estado Civil: Casado. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Brasil. 1882-01-26.
Requerente: Manuel de Jesus da Costa Arroz. Filiação: Idade: 26. Profissão: Estado Civil: Solteiro. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Brasil. 1882-01-26.
Requerente: José da Alegria Marques. Filiação: Idade: 35. Profissão: Jornaleiro. Estado Civil: Casado. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1882-09-25.
Requerente: Joaquim António Braz. Filiação: António de Jesus Braz Idade: 16. Profis-são: Estado Civil: Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1882-09-25.
Requerente: João do Nascimento da Fonseca. Filiação: Idade: 38. Profissão: Estado Civil: Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1882-09-25.
Requerente: João da Alegria Marruás. Filiação: Idade: 28. Profissão: Proprietário. Estado Civil: Casado. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1882-09-25.
Requerente: António dos Santos. Filiação: Idade: 21. Profissão: Alfaiate. Estado Civil: Solteiro. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1882-09-25.
Requerente: António Ferreira. Filiação: Francisco Manuel Ferreira. Idade: 16. Profissão: Estado Civil: Solteiro. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1883-02-01.
Requerente: Vitorino de Jesus. Filiação: Idade: 32. Profissão: Jornaleiro. Estado Civil: Casado. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Império do Brasil. 1883-07-16.
Requerente: João António. Filiação: Francisco Manuel Ferreira; e Maria de S. José Idade: 20. Profissão: Estado Civil: Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1883-12-04.
Requerente: Albano de Jesus. Filiação: Ana de Jesus Marques. Idade: 30. Profissão: Proprietário. Estado Civil: Casado. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1883-12-04.
Requerente: João António de Aguiar Neto. Filiação: Idade: 28. Profissão: Proprietário. Estado Civil: Solteiro. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1884-01-30.
Requerente: António Joaquim de Aguiar. Filiação: Idade: 29. Profissão: Jornaleiro. Estado Civil: Casado. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1884-02-12.
Requerente: Manuel dos Santos Pereira. Filiação: Idade: 36. Profissão: Trabalhador. Estado Civil: Casado. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1884-02-16.
Requerente: António Virgínio. Filiação: José Aguiar Arroz Idade: 17. Profissão: Estado Civil: Solteiro. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1884-08-19.
Requerente: José Inácio de Aguiar. Filiação: Idade: 33. Profissão: Alfaiate. Estado Civil: Casado. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1884-08-19.
Requerente: Gaspar de Jesus. Filiação: Joaquim de Jesus Melenas Idade: 14. Profissão: Estado Civil: Solteiro. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1884-08-19.
Requerente: Tristão Augusto. Filiação: António José de Abrunhosa. Idade: 12. Profissão: Estado Civil: Solteiro. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1884-08-25.
Requerente: Manuel de Jesus da Costa Colim (?). Filiação: Idade: 28. Profissão: Pro-prietário. Estado Civil: Casado. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1884-09-01.
Requerente: António Alexandre dos Reis. Filiação: Idade: 38. Profissão: Proprietário. Estado Civil: Solteiro. Lugar: Vale de Penela Freguesia: Riodades Concelho: Pesqueira. Destino: Pará. 1884-11-28.
Requerente: Vitorino de Jesus da Costa. Filiação: Idade: 33. Profissão: Proprietário. Estado Civil: Casado. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1884-11-29.
Requerente: José Maria de Aguiar. Filiação: João Bernardo de Aguiar; e Maria de Jesus Arroz. Idade: 15. Profissão: Estado Civil: Solteiro. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1885-02-23.
Requerente: Manuel Alegria de Abrunhosa. Filiação: Idade: 32. Profissão: Jornaleiro. Estado Civil: Casado. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1885-03-26.
Requerente: José António dos Reis. Filiação: Idade: 27. Profissão: Proprietário. Estado Civil: Casado. Lugar: Vale de Penela Freguesia: Riodades Concelho: Pesqueira. Destino: Império do Brasil. 1885-12-22.
Requerente: Joaquim António Melenas. Filiação: Idade: 47. Profissão: Estado Civil: Casado. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1886-01-12.
Requerente: António Joaquim da Costa Colhim. Filiação: Idade: 41. Profissão: Estado Civil: Casado. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1886-01-12.
Requerente: José da Piedade do Quintal. Filiação: Idade: 35. Profissão: Estado Civil: Casado. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1886-01-12.
Requerente: Luís António. Filiação: Idade: 36. Profissão: Jornaleiro. Estado Civil: Casado. Lugar: Penela (natural de) Freguesia: Arcos (residente em) Concelho: Penedo-no (natural de); Tabuaço. Destino: Manaus. 1886-08-31.
Requerente: Tomás Maria de Azevedo. Filiação: Idade: 35. Profissão: Proprietário. Estado Civil: Casado. Lugar: Vale de Penela Freguesia: Riodades Concelho: Pesqueira. Destino: Império do Brasil. 1886-12-02.
Requerente: José Bernardo Lopes. Filiação: Idade: 38. Profissão: Jornaleiro. Estado Civil: Solteiro. Lugar: Quinta do Vale de Penela Freguesia: Riodades Concelho: Pes-queira. Destino: Império do Brasil. 1887-01-25.
Requerente: Manuel José. Filiação: Idade: 34. Profissão: Estado Civil: Casado. Lugar: Granja (natural de); Penela (residente em) Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1887-04-09.
Requerente: António Joaquim da Costa Colim. Filiação: Idade: 42. Profissão: Estado Civil: Casado. Lugar: Penela Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Pará. 1887-04-09.
Primeiros Mancebos Registados no Exército
Manuel de Jesus, filho de Emília Dourado, natural e residente em Penela, alfaiate, 22 anos, incorporado com o número 45, seleccionado por sorteio, em 1859.
Francisco Manuel, filho de Manuel Fernão e de Ana Joaquina, residente em Penela, incorporado em 23 de Fevereiro, de 1864, com o número 9, seleccionado em 1862.
Manuel João, filho de Manuel José Longa, residente em Penela, incorporado em 14 de Outubro de 1863, com o número 2, seleccionado em 1863.
Segundo o mapa de recrutas elaborado para o contigente local, em 1871, a população total de Penela era de 1097; recensearam-se 19 e apuram-se 3 mancebos.
Património Edificado
Courela da Figueira
CNS: 19429 - Tipo: Vestígios de Superfície - Distrito/Concelho/Freguesia: Viseu/Penedono/Penela da Beira - Período: Indeterminado (Pré-história) - Descrição: Achados a vulso de material lítico (Lascas e restos de talhe em sílex e quartzito.), sem contexto arqueológico - Meio: Terrestre - Classificação: - Conservação:
Dólmen 2 da Lapinha
CNS: 23007 - Tipo: Monumento Megalítico - Distrito/Concelho/Freguesia: Viseu/Penedono/Penela da Beira - Período: Neo-Calcolítico - Descrição: Trata-se de um pequeno dólmen de corredor com câmara megalítica onde se podem observar três esteios inteiros in situ, se bem que inclinados para o interior, e um deslocado. No corredor é visível um grande esteio enterrado segundo a sua base maior e fragmentos de mais ortostatos. Os vestígios da mamoa são muito parcos.
Meio: Terrestre - Classificação: - Conservação: - Processos:
Dólmen-Capela de Nossa Senhora do Monte (Senhora do Monte 3)
CNS: 891 - Tipo: Dolmen - Distrito/Concelho/Freguesia: Viseu/Penedono/Penela da Beira - Período: Neo-Calcolítico - Descrição: Dólmen de grandes dimensões que foi reaproveitado e cristianizado na Idade Média e períodos subsequentes através da cons-trução de uma capela. Dólmen de câmara poligonal e corredor diferenciado. A câmara, que serve de altar à capela, possui três esteios inteiros e a base do esteio de cabeceira (fracturado e aproveitado para lagear parte do espaço religioso). O corredor, tem quatro esteios do lado norte e três do lado sul e está orientado no sentido E-SE. Apresenta ainda a grande laje de cobertura da câmara e outra que cobre o princípio do corredor. Notam-se ainda vestígios da mamoa. Esta anta inclui-se numa necrópole que conta com seis monumentos. Meio: Terrestre - Classificação: Monumento Nacional - Conservação: - Processos: S – 00891.
Pombais
CNS: 22980 - Tipo: Recinto - Distrito/Concelho/Freguesia: Viseu/Penedono/Penela da Beira - Período: Idade do Bronze e Idade do Ferro - Descrição: Cabelo granítico, alon-gado na direcção Norte-Sul, com coberto arbustivo constituído essencialmente por giestas. Diversos cordões de blocos de granito (derrubes de estruturas murárias), de pequena e média dimensão, definindo, de modo não contínuo, vários troços que configuram o rebordo de uma plataforma habitável no topo do cabeço, no seu lado sul. O derrube observa-se entre (e sobre) afloramentos de granito e, num ponto da fachada leste, observou-se um empilhamento de pedras (mais recente?) formando um malhão subquadrangular, com 90 cm de altura. O derrube observa-se predominantemente do lado Este, com horizonte longínquo. No extremo sul da elevação existe uma plataforma de configuração semi-circular, suportada por muralha. Apesar de reduzida a visibilidade dos solos observam-se diversos fragmentos cerâmicos, muito rolados de caracteristicas pré-históricas. Meio: Terrestre - Classificação: - Conservação: - Processos: 2008/1(256).
Pombais/Serra de Sampaio
CNS: 31484 - Tipo: Abrigo - Distrito/Concelho/Freguesia: Viseu/Penedono/Penela da Beira - Período: Indeterminado (Pré-história) - Descrição: Abrigo sob rocha, formado por grandes afloramentos graníticos, de grão médio e fino. Este abrigo natural, de planta rectangular, possui na entrada, virada para Sudeste, alguns blocos de pedra soltos. Meio:Terrestre - Classificação: - Conservação: - Processos: 2009/1(008).
Ponte da Veiga
CNS: 31482 - Tipo: Estrutura - Distrito/Concelho/Freguesia: Viseu/Penedono/Penela da Beira - Período: Medieval Cristão (?) - Descrição: Para sul da AP 17, detectamos vestígios de estruturas derrubadas. Estas estruturas eram construídas com blocos de granito, de pequena e média dimensão. Na maior parte dos casos serviu de base de apoio às construções locais. Possível povoado medieval> (?). Meio: Terrestre -Classificação: - Conservação: Mau - Processos: 2009/1(008).
Quinta das Fontelas
CNS:31483 - Tipo:Vestígios de Superfície- Distri-to/Concelho/Freguesia:Viseu/Penedono/Penela da Beira - Período: - Descrição: Num campo com plantação de vinha, detectou-se à superfície alguns núcleos de quartzo e fragmentos de cerâmica a torno. Meio: Terrestre - Classificação: - Conservação: - Pro-cessos: 2009/1(008.
Senhora do Monte 1/Dólmen do Turgal
CNS: 7381 - Tipo: Anta - Distrito/Concelho/Freguesia: Viseu/Penedono/Penela da Bei-ra - Período: Neo-Calcolítico - Descrição: Monumento megalítico arruinado, com câmara poligonal e possível corredor ainda intacto e coberto por um muro delimitório de propriedade. Conserva a enorme laje de cobertura e a totalidade dos esteios da câmara. Nas terras contíguas periodicamente revolvidas pelos trabalhos agrícolas têm-se exumado diversoso materiais líticos e cerâmicos. Meio: Terrestre - Classificação: - Conservação: - Processos: 90/1(056).
Senhora do Monte 2/Dólmen do Carvalhal
CNS: 7382 - Tipo: Dolmen - Distrito/Concelho/Freguesia: Viseu/Penedono/Penela da Beira - Período: Neo-Calcolítico - Descrição: Este monumento funerário faz parte da 'Necrópole megalitica da Senhora do Monte'. Possuí câmara de 7 esteios, de planta poligonal, com 3 esteios enterrados- vestígios de mamoa. Tem corredor vestibular. A estrutura de contrafortagem esta bem delimitada por lajes. Meio: Terrestre - Classificação: - Conservação: - Processos: 90/1(056) e S – 07382.
Senhora do Monte 4/Dólmen 1 da Lapinha
CNS: 7383 - Tipo: Anta - Distrito/Concelho/Freguesia: Viseu/Penedono/Penela da Bei-ra - Período: Neo-Calcolítico - Descrição: Monumento megalitico apresentando três esteios visíveis, um dos quais em posição vertical e inteiro, o outro tombado mas tam-bém inteiro e um outro partido pela base. Conserva ainda a laje de cobertura e vestigios da mamoa. Meio: Terrestre - Classificação: - Conservação: - Processos: 90/1(056.
Senhora do Monte 6
CNS: 7385 - Tipo: Anta - Distrito/Concelho/Freguesia: Viseu/Penedono/Penela da Bei-ra - Período: Neo-Calcolítico - Descrição: A cerca de 300m a sul da Senhora do Monte, deparamos com um aglomerado de pedra miúda e alguns blocos graníticos que poderão pertencer a um monumento de grandes dimensões. Só uma escavação poderá tirar dúvidas. Meio: Terrestre - Classificação: - Conservação: - Processos: 90/1(056).
Tapada do Vento
CNS: 30752 - Tipo: Abrigo - Distrito/Concelho/Freguesia: Viseu/Penedono/Penela da Beira - Período: Indeterminado - Descrição: Pequeno abrigo de planta rectangular, adoçado a afloramento de granito, com entrada voltada a Oeste, parcialmente envolvido por silvado. Junto da entrada do abrigo existe um afloramento (?) de granito de grão fino, de configuração rectangular, e superfície lisa, sobre o qual foram insculpidas seis covinhas. Aquelas pequenas cavidades, com vestígios de abrasãp, têm diâmetros que variam entre 2,5 cm e 7,5 cm, tendo quatro delas 5 cm de diâmetro. Meio: Terrestre -Classificação: - Conservação: - Processos: 2008/1(256).
Tapada do Vento 2
CNS: 30753 - Tipo: Achado(s) Isolado(s) - Distrito/Concelho/Freguesia: Viseu/Penedono/Penela da Beira - Período: Paleolítico - Descrição: Identificaram-se vários nódulos de síex, de pequenas dimensões sob a forma de seixos. A avaliar pelas dimensões, quantidade e dispersão parece tratar-se de uma ocorrência natural corres-pondente a depósito detrítico (Terciário). Meio: Terrestre - Classificação: - Conservação: - Processos: 2008/1(256).
Póvoa
Póvoa, no século XVIII, parece ter estado, algum tempo, adstrita à povoação de Penela, mas com audiências alternadas numa e noutra localidade. Integraria como freguesia o concelho de Penedono, sob a designação de Póvoa de Penela, orago de Santa Margarida.
Do património histórico construído desta freguesia salientemos:
- Igreja Matriz de Santa Margarida.
- Igreja de Santo Amaro – Bebeses.
- Capela de Santo Aleixo.
Realizam-se festas em honra de Santa Margarida no dia 20 de Julho e em honra de Santo Aleixo, no primeiro domingo de Agosto.
Póvoa de Penela, Pinhel - Memórias paroquiais, vol. 30, nº 245, p. 1861 a 1868
Transcrição
(fl. 1861) n.º 245 <Povoa de Penella e Penella – duas villas da comarca de Pinhel>
1º Villa de Povoa de Penella, Provinçia da Beyra Alta, pertence ao bispado de Lamego e à comarqua de Pinhel, hé villa sobre si, chamaçe Povoa de Penella por estar juncto da villa de Penella, distante hua da outra hum coarto de legoa, estas duas villas sam ambas hum só termo, há em cada hua dellas hum juis ordinário e cada hum dos juizes tem jurisdiçam em ambas as villas e asim juizes, como vereadores sam de hua villa metade e da outra villa metade a saber hum procurador do conçelho, hum juis e hum vereador de huma das villas e da outra hum juis e hum vereador, e para outro anno, hum juis, vereador e procurador do conçelho da villa em que nunca tinha havido procurador doutro anno e ahonde tinha havido procurador o anno preterito há somente juis e vereador. E asim sam repartidas as justiças por costume immemmorial hé termo e conçelho todo hum, hé freguezia sobre si.
2º Hé esta villa donataria e ao prezente hé donataria della o Excellentissimo Marqués de Marialva e conde de Cantanhede.
(fl. 1862) 3º Tem esta villa çento vinte e coatro vezinhos e pessoas maiores trezentas e trinta e sete.
4º Está esta villa situada em sima de hum monte para a parte do nasçente e norte custo-zo de subir e para a parte do sul e poente hé terra plana e boma de andar descobremçe desta villa e monte em que está situada as terras seguintes a villa de Penella, distante hum coarto de legoa, e a villa de Valongo do Azeite, distante meia legoa, o lugar dos Pereyros, distante huma legoa, Provozende distante coatro legoas, o Castello de Ançiens distante coatro legoas e muitas mais da provinçia de Tras dos Montes arcebispado de Braga.
5º Tem esta villa termo seu mas mestiço com a villa de Penella tem mais esta villa hum lugar chamado Bubezes que tem vinte e dous vezinhos, tem mais hua quinta que chamam da Retorta que tem coatro vezinhos, tem outra quinta chamada da Portella, que tem dous vezinhos, tem mais hua Ribeira aonde habitam onze vezinhos e todos estes assim do lugar e quintas e ribeira junctos com os da villa fazem o numero asima declarado de cento e vinte e coatro vezinhos e trezentas e trinta e sete pessoas maiores.
(fl. 1863) Está a parrochia desta villa dentro della e tem o lugar chamado Bubezes asima declarado e tem mais tambem duas quintas hua chamada Retorta outra a da Portella e hua ribeira chamada Ponte da Veiga.
7º O orago desta villa e freguesia hé de Santa Margarida, virgem e martir, tem a igreija tres altares hum o mayor aonde está o Santissimo Sacramento, outro de Nossa Senhora do Rozario e outro do mártir Sam Sebastião nam tem esta igreija nave tem hua irman-dade das almas.
8º Hé o parrocho desta freguezia vigario perpetuo hé aprezentado do povo e moradores da freguezia à eleiçam que se faz para o vigario assistem os officiais do concelho tomando as vozes aos moradores da dita freguezia e esta eleiçam se aprezenta o ordinario bispo de Lamego perante o qual se vai colar o clerigo nomeado e que teve mais vottos para ser vigario, renderá em cada hum anno outenta mil reis pouco mais ou menos os quais lhe pagam parte delles a Universidade de Coimbra a quem (fl. 1864) pertençem todos os dizimos e premiçias e outra parte lhe paguam os moradores da mesma freguezia.
9º Nam tem beneficiados.
10 Nam tem conventos.
11 Nam tem hospital.
12 Nam tem caza de mizericordia.
13 Tem duas hermidas hua dentro da freguezia da Senhora da Piedade esta pertençe a pessoa particular por ser de morgado, outra em lugar de Bubezes de Santo Amaro esta pertençe aos freguezes do ditto lugar e nella ouvem missa nos domingos e dias Santos para o que pagam hum cappellam que lhas diz(?)
14 Vem a esta cappella em romage muitas pessoas por devoçam no dia do santo que hé a quinze de Janeiro.
15 Os fructos que recolhem os moradores desta villa em maior abundancia sam centeio, e tambem algum trigo muito milho grosso (fl. 1865) a que chamam milham, muita castanha, azeite bastante para os moradores, feijoens brancos, muita castanha da India, que vulgarmente nesta villa chamam castanholas, linho a que chamam galego este regadio.
16 Tem esta villa juis ordinario e mais officiçias da camera.
17 Hé esta villa coutto por ser do Excellentissimo Marqués de Marialva, nella nam entra a justiça do corregedor.
18 Nam há memoria de que della floreçeçem ou sahiçem alguns homens insignes por virtude, letras ou armas.
19 Nam tem esta villa feyra algua.
20 Nam tem esta villa correio servese do correio de Freyxo de Numam que dista desta villa três legoas.
21 Dista esta villa da cidade de Lamego cidade capital do bispado sete legoas e da cidade de Lisboa cidade capital do reyno sesenta legoas.
22 Nam tem esta villa privillegios mais do que ser coutto e nam poder entrar (fl. 1866) nella a justiça do corregedor da comarqua de Pinhel.
23 Há somente nesta villa hua fonte de cantaria de agoa commua e bom gosto.
24 Está esta villa muy distante do mar.
23 Nam hé esta villa murada nem há nella castello algum nem torre antiga.
26 Nam padeçeo ruina algua no terremoto de mil e seteçentos sincoenta e sinco.
27 Nam há nesta villa outra couza mais digna de memoria que se faça mençam.
Nam há nesta villa serra por cuja cauza senam fala aos interrogatórios que por ella procuram.
Rios
1º Passa e corre juncto desta villa hum rio que se chama Ponte da Veiga nasçe este rio no lemite da villa de Penedono em hum monte e sittio aonde chamam a Batiçella.
2º Nam nasçe caudelozo mas corre todo o anno.
3º Nam entra nelle outro rio.
(fl. 1867) 4º Hé rio piqueno e nam hé capás de embarcaçam.
5º Hé de curso quieto emthé meia distançia e muito arebatado da meia distançia para bayxo.
6º Corre este rio do sul para o norte.
7º Na distançia de curso arebatado cria alguns peixes piquenos de bom gosto que se chamão bordalos.
8º Nam há nelle pesquarias mais de quaes peixes em que asima se fala.
10 As margens deste rio em todo o seu curso quieto se cultivam e sam bomas e dam muitos fructos e tem muitas arvores de fructo e silvestres.
11 Nam tem agoa este rio de virtude particular.
12 Conserva este rio o nome de Ribeira da Ganja em todo o seu curso quieto e no curso arebatado o muda em a ribeira da Ponte da Veiga e nam há memoria que em outro tempo tivesse outro nome.
13 Morre este rio chamado da Ponte da Veiga em outro rio que se chama rio Torto e entre elle distante desta villa meia legoa.
14 Tem este rio muitos asudes de moinhos.
15 Tem este rio no seu curso quieto duas pontes de pedra mas nam de cantaria e no curso arebatado tres pontes de pao hua (fl. 1868) na ponte da Veiga, outra no val das Malhadas, outra e ultima à ponte de Ferreyrim.
16 Tem este rio muitos moinhos que moem pam em todo o anno, tem dous pizoens.
17 Em nenhum tempo se tirou nem hoje se tira ouro das suas areas.
18 Asim os moradores desta villa como os moradores do lugar da Granja uzam livre-mente das agoas deste rio para cultura dos campos sem pençam algua.
19 Tem este rio somente hua legoa de comprido passa juncto da povoaçam do lugar da Granja de Penedono e meio quartel de legoa distante desta villa.
20 Nam tem couza algua mais notável que dizer se possa deste rio .
O reverendo vigario da villa da Povoa de Penella
Francisco Rodrigues Mouzinho [assinatura autógrafa]
REGISTO DE PASSAPORTES
Requerente: José Evangelista Filiação: Joaquim Manuel da (?) e Sousa Idade: 23 Profissão: Estado Civil: Lugar: Póvoa Freguesia: Concelho: Penedono Destino: Pará 1873-03-10
Requerente: Joaquim Maria de Souza Filiação: Idade: 25 Profissão: Trabalhador Estado Civil: Casado Lugar: Póvoa Freguesia: Concelho: Penedono Destino: Rio de Janeiro
Requerente: Francisco José Pereira Filiação: Idade: 44 Profissão: Alfaiate Estado Civil: Casado Lugar: Póvoa (natural de); Vide (residente em) Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Rio de Janeiro.
Requerente: Abel Serafim Filiação: João Manuel de Sousa Idade: 19 Profissão: Estado Civil: Solteiro Lugar: Póvoa Freguesia: Póvoa Concelho: Penedono Destino: Rio de Janeiro
Requerente: Joaquim do Espírito Santo Filiação: José António Biscaínho Idade: 13 Profissão: Estado Civil: Lugar: Póvoa Freguesia: Póvoa Concelho: Penedono Destino: Rio de Janeiro
Requerente: João Fernandes Filiação: Idade: 35 Profissão: Jornaleiro Estado Civil: Solteiro Lugar: Póvoa Freguesia: Póvoa Concelho: Penedono Destino: Rio de Janeiro
Requerente: Manuel Maria Filiação: Idade: 28 Profissão: Jornaleiro Estado Civil: Casado Lugar: Póvoa Freguesia: Concelho: Penedono Destino: Rio de Janeiro
Requerente: Albano de Jesus Filiação: Idade: 31 Profissão: Jornaleiro Estado Civil: Solteiro Lugar: Póvoa Freguesia: Concelho: Penedono Destino: Rio de Janeiro
Requerente: Palmira de Jesus Filiação: João Manuel de Andrade; e Margarida do Rosário Idade: 12 Profissão: Estado Civil: Lugar: Póvoa Freguesia: Concelho: Penedono Destino: Rio de Janeiro
Requerente: José dos Santos Lopes Filiação: Idade: 43 Profissão: Proprietário Estado Civil: Casado Lugar: Póvoa Freguesia: Concelho: Penedono Destino: Rio de Janeiro
Requerente: Luís Maria de Bastos Filiação: Idade: 31 Profissão: Jornaleiro Estado Civil: Casado Lugar: Póvoa Freguesia: Concelho: Penedono Destino: Rio de Janeiro
Requerente: José Maria de Bastos Filiação: Idade: 30 Profissão: Jornaleiro Estado Civil: casado Lugar: Póvoa Freguesia: Concelho: Penedono Destino: Rio de Janeiro
Requerente: Brizida de Jesus Brás Filiação: Idade: 27 Profissão: Estado Civil: Casada Lugar: Póvoa Freguesia: Concelho: Penedono Destino: Rio de Janeiro
Requerente: Feliciano António Fernandes Filiação: Idade: 38 Profissão: Proprietário Estado Civil: Casado Lugar: Póvoa Freguesia: Concelho: Penedono Destino: Pará
Requerente: António Joaquim Freixo Filiação: Idade: 42 Profissão: Estado Civil: Casa-do Lugar: Póvoa Freguesia: Concelho: Penedono Destino: Pará
Requerente: Manuel do Nascimento Marçal Filiação: Idade: 57 Profissão: Proprietário Estado Civil: Casado Lugar: Póvoa de Penedono (natural de); Paredes da Beira Destino: Império do Brasil
Requerente: Bernardina de Jesus Filiação: Idade: 26 Profissão: Estado Civil: Casada (c/ João António da Costa) Lugar: Bebezes Freguesia: Póvoa Concelho: Penedono Destino: Rio de Janeiro
Primeiros Mancebos Registados no Exército
Manuel de Jesus, filho de Francisco António e de Ana Rita, residente na Póvoa, incor-porado, em 14 de Março, de 1864, com o número 42, seleccionado em 1862.
Para uma população total de 804 pessoas, em 1871, residente na Póvoa, foram solicita-dos 2 mancebos, recensearam-se então 10 candidatos.
Souto
Souto deixou de ser sede de concelho precisamente no ano de 1834, perdendo certamente a categoria de município e integrando-se com todo o seu território no concelho de Penedono sob a designação de Souto de Penedono.
É freguesia de Souto, concelho de Penedono, paróquia da diocese de Lamego, orago de S. Pedro. Compreende esta freguesia os lugares de Arcas, Mozinhos, Rio Bom, Rio Torto, Risca, Trancosã, Quinta do Vale, Quinta do Beselgo e antigo lugar Borda do Souto, habitado até à entrada da década de 1970.
Quanto ao património edificado refira-se:
- Pelourinho, datado do século XVII, é um pelourinho de pinha que assenta sobre uma plataforma de quatro degraus de onde se ergue o fuste oitavado, encimado por um capitel de secção quadrada, com molduras, que suporta o remate piramidal. É considerado imóvel de interesse público desde 1933 (Dc. nº 23.121 de 11-10-1933).
- Torre do Relógio – Souto.
- Cruzeiro – Souto.
- Igreja Matriz de S. Pedro.
- Capela da Senhora da Lapa – Souto.
- Capela do Divino Espírito Santo – Arcas.
- Capela de Nossa Senhora da Piedade – Trancosã.
- Capela de Santa Bárbara – Mozinhos.
A freguesia realiza festividades em honra da Senhora da Lapa no dia 15 de Agosto.
Souto recebeu foral de D. Afonso Henriques, sem data. Em 1196, sob a forma de con-firmação, recebe forall do Couto de Liomill, dado por El Rei D. Sancho, o primeiro. Em 3 de Fevereiro de 1218 é contemplado com a carta de D. Afonso II, sob a forma de confirmação do texto outorgado inicialmente a Paredes. D. Afonso III (estando em Guimarães deu-lhe foral em vinte e sete de Maio de mil, duzentos e cinquenta e oito; e ainda dois outros forais: um em Leiria, oito de Março de mil oitocentos e sessenta e oito, outro em Lisboa, a dezasseis de Setembro de mil, duzentos e setenta).
Apesar da escassez de documentação, poder-se-á afirmar que o povoamento deste lugar ocorreu antes do século XII, isto é, se atendermos aos vestígios da ocupação romana, firmados em localidades próximas como, por exemplo, Alcarva e Ranhados. Algumas referências marcadamente romanas de marcos de propriedade e traços de vias de circulação colocam Souto na confluência das localidades de acesso e de comunicação daquela margem Sul do rio Douro, nas proximidades de Numão onde perdura um vasto espólio, testemunho da ocupação romana na região. Na base de vales pouco escavados, nas cercaduras de ribeiras e do rio Torto, Souto, Meda, Alcarva, Muxagata, Cedovim e Longroiva, entre outras localidades vizinhas, apresentam uma panóplia de tradições agrícolas, pastoris e de habitação que se perdem no tempo. A muralha de Numão e o castelo de Longroiva advirão certamente desses princípios da era cristã, a par das termas que no presente ainda funcionam, contiguamente à localidade de Longroiva. Aliás, em relação a esta significativa povoação de Longroiva, relembremos outro importante facto histórico, ou seja, a doação do seu castelo à ordem dos Templários, logo em 1143, por parte de D. Afonso Henriques, juntamente com o de Mogadouro e o de Pena Róias. Com efeito, o primeiro rei de Portugal, ainda antes de o ser, confiou aqueles três castelos ao seu cunhado D. Fernão Mendes de Bragança dos Templários, formando, desse modo, o segundo grande domínio daquela ordem, junto da fronteira Leste do território, em Trás-os-Montes e na Beira.
O primeiro grande domínio da ordem religiosa e militar foi o de Soure onde tinham introduzido a torre de menagem como sistema de segurança e de vigia. É precisamente o posicionamento destes castelos: Penela, Longroiva, Numão, Meda e Penedono. Trata-se de assegurar o território reconquistado aos muçulmanos e, ao mesmo tempo, consolidar fronteiras em face das pretensões independentistas de Afonso Henriques, na luta contra o seu primo Afonso VII. Imperador castelhano-leonês. Em Longroiva é ainda perceptível a existência do alambor, isto é, do muro ou estrutura fortificada exterior do castelo, então inovação defensiva dos templários.
Da serra situada entre Souto e Alcarva, toponimicamente associada a torre de D. Cha-ma e Fonte de D. Clara, avista-se perfeitamente a muralha de Numão onde as hostes romanas se reuniam para passar o rio Douro, seguindo a direcção de Chaves (aqua Favia), pela via que ligava Braga, Guarda, Viseu, Coimbra, Santarém, Lisboa e a Bética (Sevilha).
A cerca de seis quilómetros da sede de concelho, a população antiga ocupava sensivel-mente o centro da freguesia, conservando o pelourinho como símbolo do poder judicial do antigo município e a igreja de S. Pedro como lugar de culto.
Das suas origens julga-se saber pelo testamento de D. Châmoa ou Flâmula, filha do conde beirão D. Rodrigo, de quem terá herdado o que possuía nesta região, chamada então de Estremadura; nele refere os castelos de Pena de Dono (Penedono), Alcobria, Seniorzelli (Sernancelhe), povoações nas proximidades de Ranhados, Penela, Paredes, Penedono e Alcarva, mas ainda as suas pobras (povoas) e castelejos. Numa época em que não existiam divisões paroquiais, falar de Alcobria seria o mesmo que referir Souto ou Ranhados. Não era só porque castreja e depois casteleja significam a mesma coisa, mas porque Souto é a mais vizinha povoação de Alcarva. E são nestes castelos que, no seu testamento, a condessa Flâmula manda vender seus haveres a favor de peregrinos, cativos e mosteiros desta região: Omnia vindere a favor de monasteria distribuere in ipsa terra (Estremadura). Ora, ao Norte e abaixo do Souto, na mesma freguesia, no fundo do vale do Rio Torto ficou um lugar com esse topónimo.
Na confluência do Rio Bom, que outrora poderia ter outro nome, com o Rio Torto ficou situado um povoado designado Mozinhos. O étimo deste topónimo, antiquíssimo, está no latim: monachinos (de monachu: monge), talvez directamente, pois não se pode provar que tenha existido um termo como Mouzinho ou mozinho do nosso léxico arcaico ou proto-histórico, pelo que o significado do topónimo é monástico, ou seja, alusivo a um pequeno mosteiro que terá existido neste local profundo e remoto e quase rodeado de águas. Terá sido o lugar, pelo seu ambiente natural, grato a eremitas de Santo Agostinho ou monges negros. Este terá sido o mosteirinho (atente-se no diminutivo) que com a ermida é referido no testamento de D. Châmoa. Aqui nos Mozinhos ainda existe uma ermida dedicada a Santa Bárbara. Registe-se, ainda uma afirmação de Alexandre Herculano, ilustre historiador, liberal e ntável vulto da cultura portuguesa da segunda metade do século XIX, segundo o qual mozinho significava, ainda nos anos de 1850/80, acólito ou petiz ajudante nas homilias, ou seja, jovem sacristão. De facto, apesar da ausência documental, há vários indícios, porventura, demasiadas coincidências, no sentido de nos levar a acreditar que o actual lugar dos Mozinhos terá sido sítio de antigo mosteiro, ou, provavelmente, de pequeno mosteiro (mosteirinho). Até que ponto, eventualmente, na sequência de ruínas, não corresponderá esta capela ao sítio do mosteirinho. Todavia, esta capela de Santa Bárbara, efectivamente, será uma construção recente, eventualmente, do século XVII. Na madeira do forro, cromado, aludindo a lendas bíblicas, paraidiziacas, esteve inscrita a data e o encomendador da obra de reconstrução, obras ou melhoramentos. Por incúria dos moradores, das entidades eclesiásticas, autárquicas e governamentais, deixou-se que o seu telhado quase se desmoronasse, ao ponto das águas pluviais penetrarem nas tais tábuas policromadas, detriorando-as. A reconstrução, embora, generosamente, promovida por Alcides Dinis de Sousa, não terá tido os cuidados necessários de modos a preservar os ditos elementos identificativos. De qualquer modo, é comumente aceite, segundo relatos geracionais, que se trata de um culto man-dado erigir pela família Aguiar, de quem descende o autor, cuja ascendência conhece-mos, através dos registos paroquiais, pelo menos, até finais do século XVII. Alguns relatos sugerem que o promotor da edificação foi Joaquim António de Aguiar, casado com Maria da Assunção Correia, esta natural de Bebeses que faleceu em 1 de Março de 1880, com a idade de 70 anos, tecedeira, filha de Francisco Manuel da Costa (já alfabetizado) e de Josefa Maria. No entanto, descobrimos no arquivo diocesano de Lamego que a capela de Santa Bárbara já existia por volta de 1700. Joaquim António Aguiar, faleceu nos Mozinhos a 26-8-1881, aos 66 anos, era filho de Francisco António Rodrigues (natural de Freixo de Numão) e de Ana Joaquina Aguiar, dos Mozinhos, esta filha de Pedro Aguiar, de Ariola, (falecido a 21-1-1815) e de Ana Maria, filha de Manuel Jorge e de Ana Ribeiro, dos Mozinhos; Joaquim António Aguiar e Maria da Assunção Correia eram pais de Manuel de Jesus Aguiar e de Francisco Manuel Aguiar (baptizado em Outubro de 1852), este casado com Teresa de Jesus Costa, de Bebeses, aquele casado, em segundas núpcias com Maria das Candeias Costa, irmã de Teresa de Jesus Costa. Francisco Manuel Aguiar e Teresa de Jesus Costa eram pais de Filomena Aguiar, por sua vez, casada com José Joaquim de Sousa (ambos falecidos em Dezembro de 1973), da Póvoa; avós de Luísa de Jesus Sousa e, por último, bisavós do autor deste texto. Todavia, e apesar de todos os relatos apontarem para o facto da edificação se associar à família referida, bem como a guarda da capela ter estado largo tempo sob a responsabilidade das mulheres desses Aguiar, nomeadamente Teresa de Jesus, Filomena Aguiar e Maria da Assunção (filha de Filomena), a verdade é que o nome de Bárbara aparece, pelo menos cerca de 1800, associado a esta e noutra família distinta também dos Mozinhos, ou seja, Bárbara Maria, ascendente de Francisco António Rodrigues (Freixo de Numão), genro de Pedro Aguiar e, por outro lado, Maria Bárbara, mulher de Manuel Gregório, mãe de Maria José (falecida a 1-10-1862, com 77 anos) que casou com Alexandre José, mãe de Leonor do Nascimento, trisavós paternos do autor. Também no Rio Bom existiu uma Maria Bárbara, afilhada de Maria José, residente nos Mozinhos, em casa dos padrinhos, por morte do seu pai, Joaquim Grelo, afogado no Rio Bom (21-1-1862), aos 40 anos, e, por curiosidade também esta Maria Bárbara aparecera afogada (28-2-1866), aos 8 anos, mas no Rio Torto, no lugar do Chão Vermelho, também por casualidade hoje propriedade do autor.
Conquanto, na pequena vertente da encosta defronte dos Mozinhos, na outra margem do Rio Bom ou ribeira do Rio Bom, quase na sua foz com o Rio Torto, houve um pequeno santuário, ainda temos memória de ruínas xistosas e episódios lendários correlativos, dedicado a São Francisco de Assis. Mesmo, à data deste apontamento, podemos observar, ao cimo, os restos da pequena ermida dita de São Francisco (que eventualmente terá dado nome ao topónomo do lugar actual) e, ligeiramente, abaixo, os restos das paredes xistosas de uma casa pequena, que se diz, antiga habitação do zelador permanente pelo templo. A estatueta de São Francisco, granítica, foi, entretanto, levada para a localidade de Bebezes, freguesia da Póvoa de Penela, permanecendo, descuidadamente numa parede da antiga fonte pública e, posteriormente, abrigada numa moradia particular, no Bairro da Soalheira, da mesma povoação, mas já degolada. Aqui poder-se-á colocar a tese se, a ter existido aí um mosteirinho, poderia não ter sido dos monges negros segundo a regra beneditina, mas, antes, um mosteirinho franciscano, até por ser, porventura, mais tardio, poderia fazer sentido. Umas das lendas relacionadas com o santuário de São Francisco, narra um episódio segundo o qual a população tinha por costume fazer oferendas em louvor do santo, um determinado pastor fez a promessa de um bode. Perante a graça concedida, o pastor procedeu à oferenda, amarrando o animal à estatuária, no interior da dita capela, pelo que o bode, de tão forte, arrasou as paredes, arrastando a estátua, fugindo e, assim, se danificou, por quase completo, o que então restava do santuário. A estatueta pertencente à capela de São francisco foi, posteriormente levada para o lugar de Bebeses e aí colocada na fonte comunitária do dito lugar, como atrás referimos. Por outro lado, as melhores terras, agricultáveis à beira do Rio Bom e do Rio Torto terão sido couto, assim como os limites da quinta adstrita, a Risca. A partir das reformas fundiárias e administrativas da década de 1830, na sequência da revolução liberal de 1834, quer nos Mozinhos, quer na Trancosã os bens foram adquiridos por particulares. A este propósito, importa aqui relembrar a resposta ao inquérito do reino, na sequência do terramoto de 1775, ou seja, as memórias paroquiais, adiante transcritas. De facto, como se verifica, a produção de batata era desconhecida à entrada para a segunda metado do século XVIII nesta região o que tolhia drasticamente a dieta alimentar, provocando subnutrição generalizada de onde se destaca o elevadíssimo índice de mortalidade infantil, numa época de crescimento demográfico, nomeadamente em redor dos moinhos do Rio Bom, onde se moia o grão quase todo o ano e, assim, não se aproveitava a água para rega de produtos mais tarde essenciais como a batata, o feijão, tomate, entre outros. O linho era, então a produção cimeira das margens do Rio Bom, a par da actividade moageira, por isso se dá conta de tecedeiras, nomeadamente em Bebeses e nos Mozinhos.
Segundo Pinho Leal, o concelho de Souto já existia antes de Afonso Henriques, inde-pendentemente do foral. À semelhança das regiões similares de São João da Pesqueira, Paredes e de Penela. O concelho do Souto virá do século XI.
Com efeito, nas inquirições e confirmações de 1258, encontra-se: fórum faciunt regi villa de Souto: peitam a el-rei voz-e-coima por seu foro, e vão na hoste e anúduva, e dão na colheita de el-rei, e dão ao rico-homem também colheita, e dão a el-rei sua parada, e fazem-lhe outros foros seus consoante se contém na carta de foral que tem pelo foro de S. João da Pesqueira e de Paredes e de Penela e de Ansiães e de Linhares.
Perante a igualdade de circunstâncias e de expressões, essa carta de foral poderá ser a mesma que, em igualdade, o rei Fernando Magno de Leão, entre 1055 e 1065, concede-ra àquelas vilas da região das bacias do rio Douro, neste caso a margem Sul em linha com Lamego, retaguarda estratégica dos campos de batalha pela conquista e consolida-ção dos campos de Sátão, Viseu, Seia e Coimbra.
O padre D. Joaquim de Azevedo, historiador eclesiástico, do século XVIII, diz desta vila e concelho: em um alto frio, com ladeira grande para o rio Torto, (…) ficando do outro lado o pequeno povo da Trancosã que é termo do Souto, é terra abundante de água e frio, mas sadia; teve hospital, de que só a notícia existe; (…) tem capela de João Osório da Veiga Cabral; do Espírito Santo, no lugar de Arcas; da Senhora da Lapa, entre a vila e Arcas; Santa Bárbara, nos Mozinhos; Nossa Senhora da Piedade, na Trancosã; tem mais o lugar da Risca, várias quintas e moinhos no rio Torto e no rio Bom (…); governa-se por juiz ordinário, vereadores e oficiais da Câmara.
Souto ou Couto de Leomil, foi vila e sede de concelho até 1834.
A freguesia de Souto, uma vez extinto o concelho, passaria a fazer parte do concelho de Penedono e é então designado Souto de Penedono, por se situar contiguamente, a cinco quilómetros a Norte da sede concelhia ou para se distinguir dos muitos soutos que proliferam no território nacional. De facto, não haverá distrito em Portugal que, no âmbito da toponímia de povoações adstritas, não tenha um qualquer lugar, freguesia ou concelho com essa designação. A freguesia do Souto compreende os lugares de Arcas, Mozinhos, Rio Bom, Rio Torto, Risca, Souto, Trancosã, Quinta do Beselgo, Quinta do Vale e Borda do Souto.
Em 2010, vivem em permanência alguma população no Souto, em Arcas, três pessoas nos Mozinhos, cinco na Quinta do Vale, e doze na Risca. Esporadicamente, permanecerão quatro ou seis na Trancosã, mais um ou três nos Mozinhos e dois a três na Risca. O Rio Torto, o Rio Bom e Quinta do Beselgo perderam os seus habitantes, no caso do Rio Bom desmoronaram-se por completo os moinhos e as respectivas habitações, cortes, cortelhos e anexos. Ainda nas memórias paroquiais, adiante transcritas, é clara a referência a moinhos de água que moiam quase todo o ano, bem como a existência de um regime de distribuição de água, segundo o qual havia períodos para os moleiros moerem os cereais e os agricultores regarem os terrenos bordejante, durante épocas de seca (três dias para rega; três para os engenhos, assim, sucessivamente). Numa das primeiras cartas militares publicadas do século XX faz representar o relevo acidentado, pejado de ocupação humana onde se destacam: Meladas, moinho da Delarosa, moinho Manuel Joaquim, moinho do Gouveia, quinta do Bezelgo e moinho do Freixo, este já próximo dos Mozinhos.
Em 1960 havia nestes lugares da freguesia do Souto, para além dos moradores de Arcas e da sede de freguesia onde todos os fogos se encontravam preenchidos:
Quinta do Beselgo, temporariamente vazia, mas pouco após ocupada por 3 moradores e ainda sucedendo-se residência de mais duas famílias de rendeiros, até 1973; Rio Bom, dispersos por quatro moinhos, 14 moradores; Mozinhos 27, entre 3 gerações, aumentando para mais de 30, em 1965, data em que decaiu definitivamente, a partir de 1975 drasticamente; Borda do Souto, 2; Quinta do Vale, vazia, só na década de 1990 é que voltou a ser repovoada, permanecendo desabitada da década de 1940 até àquela data; Trancosã, 18, atingindo poucos anos depois desta data, duas dezenas de moradores, perdendo abruptamente a partir de 1972; Risca 22 a 25; Rio Torto 25 a 27 moradores permanentes, derrapando por essa época até ao final do século XX a cuja passagem de século aí não havia residentes, ocasionalmente, 2 a 4 pessoas visitam, por uns dias a localidade.
Souto do Penedono, Pinhel - Memórias paroquiais, vol. 35, nº 232, p. 1653 a 1658
Transcrição
(fl. 1653) <D’el rey Souto do Penedono comarca de Pinhel> n. 232
Descripçam desta villa do Soutto de Penedono mandada fazer pelo Excelentissimo e Reverendissimo senhor bispo por recomendaçam de sua Magestade Fedelecima que Deus guarde.
1 Esta villa do Souto de Penedono, (cognome que se lhe impôs por estar huão piquena legoa da Penedono, para differença de outros Souttos que há e nam porque de Penedono tivesse ou tenha alguma dependecia mas antes consta do foral desta villa, que foi exarado no tempo do senhor rey D. Manoel de glorioza memoria, ser do coutto de Leomil, terra que hoje he do Excelentissimo Marques de Marialva) , fica na provincia da Beyra, bispado de Lamego, comarca de Pinhel, tem seu termo mas nam que tenha outros lugares ou aldeyas e tem huma só freguezia.
2 He de el rey nosso senhor sem que haja fama, fosse de domnatario salvo no tempo que estava incluza no coutto de Leomil, que antam delle se verefica ser do senhorio delle.
3 Tem cento e quarenta e sinco vezinhos e o numero das pessoas entre mayores e menores coatrocentas e vinte.
4 Está situada na falda de huma piquena serra que a faz abrigada do vento tempestuozo se bem exposta ao norte desta se descobre a praça de Almeyda, Castello Rodrigo, Escalham, em distancia de des legoas e na de duas se veem Freixo de Numam e Sabadelhe e na de huma legoa apparece Numam com seu castello e muros que dizem foi a antiga Nomamcia que tanto rezistio aos romanos, ainda que a piquena povoaçam que hoje há esta fora delles tambem está à vista o lugar dos Pereyros que hé do termo de S. Joam da Pesqueira, terra do conde do mesmo nome.
5 Nam tem esta villa aldeyas ou annexas mas só sim algumas quintans ou piquenos lugares que se incluem na mesma (fl. 1654) freguezia dos coais hum se chama Arcas e terá vinte e sinco vezinhos, o segundo se nomea Mozinhos e contem doze moradores, o terceiro se dis Trancosam… e tem sete, o quarto e ultimo se appellida Risca… e tem sinco.
6 A parochia ou igreja está dentro da mesma villa a que se aggregam as quintans e logareijos mencionados.
7 O seu orago hé o gloriozo appostolo S. Pedro tem a igreja tres altares o mayor em que está o tabernaculo e Sam Pedro e o lado do Evangelho e Santo Antonio da Epistola nos dois colaterais no do lado direito está huma distinta(?) imagem de Nossa Senhora do Rozario no do esquerdo huma imagem Christo Senhor nosso crucificado e esculpidos de huma e outra parte Nossa Senhora ao pé da crux e o dissipolo amado a igreja tem hum só nave há nella huma Irmandade das Almas que se compoem das pessoas da mesma freguesia e de romeires(?) das vezinhas.
8 O parocho hé abbade hé abbadia do padroado real de Sua Magestade que Deos goarde terá de renda pera o abbade trezentos (?) mil reis e pera a Santa Igreja patriarcal de Lisboa duzentos que entra na dita renda.
9 Nam teve, tem nem nunca teve beneficiados nem benefícios simpleces.
10 Da mesma sorte nam tem conventos de religiozos nem religiozas nem consta os houvesse.
11 Tambem nam há hospital nem Caza da Mizericordia.
12 Dentro da mesma há duas cappellas huão de Nossa Senhora das Merces que hé de hum Francisco Antonio da Torre do Moncorvo, provincia de Tras dos Montes que aqui tem hum seo morgado 13 outra popular da invocaçam de Nossa Senhora aqui (fl. 1855) da Crux aonde tambem está huma imagem do martir mayor S. Sebastiam e honde da freguezia para a quinttam de Arcas que dista meya legoa houve huma cappella com meyo caminho de Nossa Senhora da Lapinha porque huma grande lapa lhe servia de forro no leito na mayor parte della porem já antes do terremotto de mil e setecentos e sincoenta e sinco mostrava algum aballo e menos firmeza com o terremotto muito mais e dahy a pouco tempo cahio a dicta lapa e se arruinou a cappella agora se quer edificar de novo junto da arruinada e poderá conservar o nome pela antiga posse mas nam na realidade; na quinttam de Arcos há huma cappella dedicada ao divino Spirito Sancto aonde os vezinhos tem cappellam a quem pagam que dis missa nos dias de … pera os que nam podem ir a parochial, nos Mozinhos há outra cappella de Santa Barbora, na Trancozam (?) que hé outra quinttam outra de Nossa Senhora da Piedade que haverá quarenta anos foi muito 14 frequentada de romeyros pelos muitos milagres porem hoje apenas no veram ahy apparece algum, estas cappellas estam dentro dos seos lugares e sam dos seos moradores porem o direyto de apprezentar hermittoens ou cappellaens pera as missas pertence ao abbade da dicta freguezia.
15 Os fructos da terra de todos há mediania só o azeite hé menos, o mayor … hé de castanhas, donde sam duvida de deriva o nome da freguezia.
16 Tem dois juizes ordinarios que tambem servem dos orphans dois veriadores e hum procurador do concelho e escrivam da camera que todos se conservam(?) sem subjucam as justiças de outra villa só ser da correiçam do corregedor de Pinhel e provedoria da cidade de Lamego.
17 Nam he coutto e por si he concelho e villa de Sua Magestade (fl. 1856) que Deos goarde e pagam cada hum de seos moradores a parade(?) de hum alqueire de trigo cada anno e não só os moradores mas coalquer pessoa de fora que que aqui tenha bens de rais, por mínimos que sejam.
18 O tempo que tudo risca de memoria não a deixou de subjeitos que daqui se singularizassem notoriamente nas vertudes, armas ou letras.
19 Nesta villa nem dentro do seu termo nam há no discursso de todo o anno feira ou mercado algum.
20 Da mesma sorte nam há nella correio e se serve do da villa de Freixo de Numam que dista daqui duas legoas.
21 Dista esta villa da cidade de Lamego que hé a metropole e cabeça do bispado outo legoas e da cidade de Lisboa capital do reyno sesenta.
22 Tem esta villa previlegio para se elegerem no principio do anno por eleiçam taba-liaens e escrivam dos orphans dando lhe ao depois de eleito o corregedor da comarca provimento aos tabaliaens e o provedor ao dos orphans o que nam há nas villas vezinhas.
23 Nam há fonte nem lagoa celebre nem aguas de especial virtude.
24 Nam há porto de mar mas antes dista esta donde hé mais perto vinte legoas que tan-tas há daqui a cidade do Porto.
25 A villa não he murada nem consta nem há vestigios o fosse que em nenhum tempo e por isso nam hé nem foi nunca praça de armas nem ha nella nem na vizinhança castello ou torre.
26 Nam padeceo ruina no terremoto do anno de mil e setecentos e sincoenta e sinco alem da cappella de Nossa Senhora da Lapinha asima referida que tracta de repararsse.
(fl. 1857) 1 Perto desta freguezia corre para a banda do nascente o rio Torto nome que sem duvida tem porque correndo por terras asperas faz muitos giros.
2 Nasce em huma fonte que se chama a fonte do Milho daqui três legoas ou duas e meya entre as Anttas e a villa de Trancozo não he caudelozo mas antes os mais dos annos estereis e faltos de agua seca no veram ainda que no inverno corra pecipitado.
3 Nam entram nella rios de nome salvo alguns regatos sem nome ainda que muitos por serem as terras e pais monsuozas(?) e que o planas.
4 Nam he navegavel e como seca os mas dos veroens nam cria senam alguns piquenos pisciculos que nascendo com aguas novas acabam no estio.
5 As suas margnes se cultivam se bem em poucas partes se rega com as suas aguas tanto porque nellas <como> não corre como poque nas suas vizinhanças nam há boas terras.
6 O seu cursso será de sete <ou> outo legoas e correndo por entre os povos de Antas, Ranhados, Peso do Canto, Cedovim, Soutto, Povoa, Pereyros, Vallongo, Trevaens(?), Sam Joam da Pesqueira, Castanheiro, Ervedoza, entra no rio Douro entre a villa de Valença e Cazais, aonde perde o nome o pouco cabedal de suas aguas.
7 Tem muitos moinhos de moer pam com suas acudes que ordinariamente nam moem todo o anno por falta de agoa.
(fl. 1858) 8 Tem outo ou nove pontes todas de pau que tambem há rios sem ventura mas a couza vem a ser porque as terras por onde passa sam quentes e de pedra piçarra ou louzinha e a marmore fica distante para a sua condução.
9 Por sima da quintam de Arcos que como esta dicto pertence a esta freguezia e por baxo da villa de Penedono no meyo nasce hum piqueno rio a quem se dá o nome de Riobom que terá quasi huua legoa de cursso e fenece no dicto rio Torto, tem moinhos de agoa… que moem quasi todo o anno ainda que no veram mais lentamente e por acordans das justiças estam adjudicados tres dias da somana para regar os seos redores e os mais para moerem os moinhos.
Nam há serra que se faca ponderavel nem digna de memoria, nem outras notabilidades dignas de se expressarem que as terras humildes e piquenas em tudo o sam.
O abbade Antonio da Costa Payva [assinatura autógrafa]
Este documento encontra-se numa antiga arquinha da capela de Santa Bárbara nos Mozinhos. Havia outros documentos igualmente de Francisco Manuel Aguiar, nomeadamente um certificado em como os lameiros e outras parcelas do Rio Bom foram penhorados a João Manuel Grelo, mediante dívida contraída, por contrato efectuado entre Francisco Manuel Aguiar, casado com Teresa de Jesus Costa, morador e proprietário dos Mozinhos e João Manuel Grelo, casado com Maria do Carmo Marques, moleiros, moradores no Rio Bom: Apesar de compadres, o não cumprimento do contrato levou a que o casal de moleiros perdece a propriedade. Deduzimos que Francisco Manuel Aguiar guardava na capela os documentos pessoais; não sabemos se juntamente com os relativos à gestão da capela de Santa Bárbara: o que se sabe é que era a sua mulher a zelar pelo arranjo e limpezas e que passou para a sua filha Filomena e, posteriormente, para Maria da Assunção Sousa. Com a emigração de Maria da Assunção para o Brasil, por volta de 1955, perante a indisponibilidade da outra filha de Filomena Aguiar, Luísa de Jesus Sousa, e a neta de Manuel Jesus Aguiar, Lurdes Aguiar Fonseca, e a incapacidade de Filomena, então, porventura, pela primeira vez, o zelador deixou de ser da família Aguiar, passando para Soledade Peixeira.
Assim, a partir de meados do século XVIII os zeladores da capela terão sido os seguintes casais: Manoel Jorge ~Ana Ribeiro; Pedro Aguiar ~ Ana Maria; Francisco António Rodrigues (Freixo) ~ Ana Joaquina Aguiar; Joaquim António Aguiar ~ Maria da Assunção Correia; Francisco Manuel Aguiar ~ Teresa de Jesus Costa; António Manuel Ferreira ~ Maria da Assunção Aguiar; José Joaquim de Sousa ~ Filomena Aguiar; Luiz Maria Fonseca ~ Maria da Assunção Sousa; Daniel Aguiar (de Britelo) ~ Soledade Peixeira; (um período de indefinição e abandono) / reconstrução a cargo do pároco do Souto e por principal iniciativa de Alcides Dinis de Sousa; Francisco dos Santos ~ Piedade Custoias.
A freguesia de Souto situa-se a nordeste do concelho de Penedono, distrito de Viseu. Confronta a Norte com o concelho de S. João da Pesqueira, a Este com o de Vila Nova de Foz Côa, a Sul com o da Meda e a Oeste com povoações do concelho a que pertence. A povoação do Souto fica no cimo de um outeiro sobranceiro ao Rio Torto e na sua margem esquerda. É composta por vários lugares: Souto que dá o nome à freguesia e é a sua sede, Arcas, Risca, Mozinhos, Trancosã e Rio Torto. A povoação de Souto, cujo nome teve com certeza origem na grande extensão de castanheiros que aqui se cultiva-vam e ainda cultivam, foi terra muito antiga e embora não haja muitos documentos que o atestem, podemos afirmar que o seu povoamento foi anterior ao século XII. E se, para isto afirmar, não houvesse dados arqueológicos, bastariam dois topónimos que provam sem dúvida essa antiguidade: Arcas e Mozinhos. O nome Arcas indica a existência de grupos de sepulturas cavadas na rocha que por aqui abundavam. Muitas delas encontram-se já soterradas pela erosão nos montes. Há, no entanto uma que ainda se encontra a descoberto e que pode ser observada e à qual o povo de Arcas dá o nome de «cova da moura». Quanto ao étimo do topónimo Mozinhos está no latim «monachinos» (de “monachu = monge). É um topónimo monástico, pois alude sem sombra de dúvida a um pequeno mosteiro (pequeno a que se deve o diminutivo) que havia neste lugar profundo, produtivo e rodeado de água, entre ladeiras agrestes. Existe ainda no lugar de Mozinhos uma capela, que muitos julgam ser a do mosteirinho. A povoação e antiga vila de Souto é protegida a Sul, por um alto Monte que se chamou Monte D. Clara (D. Chama). Este monte serviu como defesa a povos lusitanos, pelo menos, que aqui construíram um ópido ou castro que se chamou em – briga, usual no tempo dos Celtiberos. Esse nome, no séc. X revelava ainda o elemento Céltico: Alcóbriga que se perpetua hoje no nome Alcarva. Alcóbria ou Alcóbriga ainda se encontra dentro dos limites do Souto. Esta antiga vila recebeu foral, no reinado de D. Afonso II a 3 de Fevereiro de 1218, que foi uma confirmação de outro dado pelo nosso 1.º rei e onde se pode ler: «Eu, Afonso II, por graça de Deus rei de Portugal…esta carta e este foro, que meu avô-Rei D. Afonso…fez e concedeu aos povoadores do Souto tanto presentes como futuros, concedo-lhes e confirmo por esta carta, a qual mandei fazer e autenticar com o meu selo de chumbo… Foi feita junto de Santarém no 3.º dia de Fevereiro…» Além de antiga vila, o Souto foi também concelho. A atestar essa autonomia municipal o velho pelourinho situado no Largo da Praça, classificado como imóvel de interesse público desde 11 de Outubro de 1933. É um pelourinho seiscentista. Tem quatro degraus de secção quadrada. O inferior não é completo pois seria feito para acompanhar a inclinação do pavimento da Praça. O degrau onde assenta a coluna é quadrado e de uma só peça. A coluna é octogonal embora no fundo seja quadrada; tem mais ou menos três metros. Nota-se ainda um furo de fixação de ferros de sujeição. No cimo da coluna assenta a peça de remate quadrangular e que depois alarga em mesa de igual formato. Seguidamente tem conjuntos de molduras em ordem crescente. Por fim e sobre este tabuleiro assenta uma pirâmide quadrangular. Do lado do nascente vê-se um escudo com as armas de Portugal. Além do pelourinho, monumento nacional, o Souto orgulha-se de outras edificações que merecem referência, pois fazem parte do nosso passado histórico: - Quem entra no Souto pelo Sul encontra logo um pequeno Largo – o Largo da Independência. No centro pode ver-se o Cruzeiro da Independência onde se pode ler: 3.º Centenário da Restauração, 8.º Centenário da Independência. Foi construído em 1940, ano dessas comemorações. Continuando a descer para o Souto pela estrada Municipal chega-se ao bonito Largo da Fonte do Concelho, beneficiado e arranjado no ano 2000, onde se pode ver um antigo cruzeiro, um elegante fontanário de água pura e fresca com quatro tanques e um coreto assente num depósito para aproveitamento de águas; um grande Largo para realização de festas, jogos e um parque infantil completam este complexo. Do lado esquerdo da estrada duas lápides comemorativas dos Centenários atrás referidos; ambas com azu-lejos azuis e brancos representando a Imaculada Conceição e Sagrado Coração de Jesus. A Igreja matriz situada ao cimo do Largo da Praça é toda em granito da região. É um templo simples sem grande valor arquitectónico. Tem 2 sacristias, a velha e a nova. Nesta pode ver-se um bonito lavatório em pedra, um grande arcaz com seis gavetões e um oratório com um crucifixo e uma imagem do Menino Jesus sobre um trono. No interior a igreja tem 3 altares em talha simples. O altar-mor teria sido executado pelo entalhador José Manuel Machado mediante contrato assinado em 19 de Abril de 1786. A volta tem um bonito adro que foi construído em 1928. A torre sineira foi restaurada em 1910. O orago da igreja é S. Pedro, o que só por si mostra também que a paróquia de Souto é muito anterior à monarquia portuguesa e que é mais um dado para atestar a sua antiguidade; A casa brasonada que pertenceu aos herdeiros de João Osório da Veiga Cabral. Tinha capela dedicada a Nossa Senhora das Mercês. Quando a dona da casa, D. Maria das Dores Sobral, natural do lugar da Risca, faleceu, provavelmente nos finais da década de 40 ou início da década de 50, o marido, tenente-coronel Marcolino Gouveia desmantelou a capela. A cruz em granito que assinalava a capela (encostada à parede exterior da casa) foi levada para o lugar da Cruz das Almas onde se encontra e que foi substituir a de madeira que aí existia. A capela de Nossa Senhora da Piedade, na Trancosã é a “jóia” dos nossos monumentos. O altar é de rica talha dourada e o tecto todo em caixotões também dourados e com pinturas relativas a Nossa Senhora. E como quase todas as capelas tem a justificar a sua construção uma bonita lenda: diz o povo que em tempos recuados, apareceu naquele lugar da Trancosã um pequenino retábulo (que ainda existe) em latão pintado com duas portinhas que guardava uma pequenina imagem de Nossa Senhora com o filho morto no regaço. Os habitantes acharam por bem levar o retábulo para a Igreja Paroquial. Perante o espanto de todos, o retábulo desaparecia milagrosamente e voltava ao sítio inicial. Perante tal facto que se repetiu diversas vezes, construíram na Trancosã uma capela cujo orago, como é fácil concluir, foi Nossa Senhora da Piedade e cuja imagem foi copiada do retábulo encontrado; A capela de Nossa Senhora da Lapa é uma elegante construção situada entre o lugar de Souto e Arcas, rodeada de uma paisagem granítica. Tem um tecto pintado representando a Assunção de Nossa Senhora e as virtudes cardeais: fé, esperança, caridade e justiça. Esta capela que tem 2 lindos pináculos na frontaria não é a primitiva. Esta ficava debaixo de um fragão que ainda se pode visitar e que deu grande nomeada ao Souto. Como a romaria que se efectuava a 15 de Agosto, rendia muito dinheiro, pois os romeiros vinham aqui pesar-se a trigo ou centeio para cumprir promessas. Teve um capelão privativo, ermitão e casa para romeiros. Os atritos entre o capelão e abade da freguesia e mais tarde entre os mordomos por causa da administração das esmolas, levou o povo a destruir a primitiva capela, cuja imagem tinha sido modelada em barro da região por uma habitante do Souto, Maria Freire. Anos mais tarde um novo abade da freguesia mandou edificar a actual que foi restaurada em 1969. Não se esgota com estas informações a história do Souto. Mas é um pequeno contributo para que a sua identidade não seja esquecida e chegue ao conhecimento de todos os seus habitantes. A sua história é a alma do povo que por aqui labutou e labuta. Área: 1525 ha
População: 376 habitantes
Presidente: Manuel Abílio Fonseca Abrunhosa
Secretário: Maria de Lurdes Martins
Tesoureiro: Artur Flávio Gerardo Paulo
Património cultural edificado: Igreja Matriz; Capela de Na. Sra. da Lapa; Capela da Na. Sra. da Piedade; Capela de S. Sebastião; Capela de Sta. Bárbara; Capela do Divino Espírito Santo; Cruzeiro da Risca; Cruzeiro da Fonte do Concelho; Cruzeiro de Rio-Torto; Cruzeiro da Independência; Lápides Comemorativas da Restauração da Independência; Pelourinho; Alminhas em Arcas; Calvário em Souto e Arcas; Nicho de Na. Sra. da Conceição em Arcas; Monumento da Na. Sra. das Graças em Souto; Edifício sede da Junta; Escola primária (desactivada); Antiga creche; Torre do relógio.
Património Paisagístico: Miradouro da Torre do Relógio; Vistas dos olivais e amendoeiras em flor durante a Primavera; Rio Torto; Miradouro da Serra da Lapa.
Festas e Romarias: Festa em honra da Na. Sra. da Lapa em 15 de Agosto.
Gastronomia: Cabrito assado no forno; Sarrabulho de sangue de porco; Torresmos; Salpicões; Chouriças de carne; Moiras; Farinheiras; Vários tipos de sopas (calde verde, cebola, grelos, nabiças, couve troncha, etc.); Arroz doce; Leite creme; Bolo de amêndoa; Cavacas; Docinhos de leite.
Locais de lazer: Largo da Fonte; Miradouro da Torre do Relógio; Na. Sra. da Lapa.
Espaços lúdicos: Poli-desportivo.
Artesanato: Rendas; Bordados.
Lenda: Diz-se que uma lenda é uma história que não é verdadeira... Mas todos sabemos que há sempre um fundo de verdade, um fundamento histórico que a ela deu origem, com a intervenção do maravilhoso popular. É o que verificamos na lenda da Fonte de D. Clara ou talvez melhor dizendo D. Chama que foi dona destas terras. O povo com certeza modificou o nome para Clara achando que Chama não seria bem um nome próprio. Ora a lenda diz que numa fonte natural situada na encosta do monte de D. Chama a água não saia para o exterior por mais esforços que os homens fizessem, porque lá se encontrava eternamente encantada uma menina moura. E como era possível saber-se tal coisa? Pelo simples facto de que havia gente que ao passar no caminho entre Souto e Penedono via muitas vezes a roupa estendida a enxugar nas ervas que ladeavam a fonte. Esta lenda tem pois um fundo de verdade, atesta um facto histórico: os mouros viveram nestas terras. É natural que também tivessem estado neste monte de D. Clara onde houve um castro lusitano.
Orago: São Pedro
Principais actividades económicas: Agricultura com destaque para a vinha, castanha, amêndoa, avelã e azeite; Cooperativa dos Olivicultores do Vale do Torto; Serviços; Construção Civil; Comércio; Restauração.
Colectividades: Cooperativa dos Olivicultores do Vale do Torto; Clube de Caça e Pesca do Vale do Torto; Associação Recreativa, Cultural e Desportiva de Arcas.
Açude do Rio Torto
Calvário de Arcas em Souto
Capela de Na. Sra. da Lapa - Souto
Foto panorâmica de Souto
Igreja Matriz de Souto
Interior da Capela de Na. Sra. da Piedade em Trancosã
Pelourinho de Souto
Registos Vários
CARTA DE POSSE PELA QUAL O INFANTE D. FERNANDO TOMARA A IGREJA DE SÃO PEDRO DO SOUTO DE PENEDONO, SENDO SEU PROCURADOR JORGE RODRIGUES
CÓPIA DA CARTA DE POSSE PELA QUAL O INFANTE D. FERNANDO TOMARA A IGREJA DE SÃO PEDRO DO SOUTO DE PENEDONO, SENDO SEU PROCURADOR JORGE RODRIGUES, MANDADA FAZER POR ORDEM DO GUARDA-MOR DA TORRE DO TOMBO PARA MELHOR INTELIGÊNCIA DO ORIG-NAL
AUTOS DE INFORMAÇÃO E POSSE (TRASLADO) DOS PADROADOS DAS IGREJAS QUE FORAM DO CONDE DE MARIALVA E DOS INFANTES D. FER-NANDO, D. LUÍS E D. ANTÓNIO, PRIOR DO CRATO
INSTRUMENTO DE AGRAVO CÍVEL EM QUE É AUTOR JOÃO OSÓRIO DA VEIGA CABRAL E RÉ A FAZENDA REAL
INTERVENÇÃO DA POPULAÇÃO E DAS AUTORIDADES ADMINISTRATIVAS DE SOUTO, PENEDONO, NOS TRABALHOS DE PESQUISA DA MINA BEBEZES
GASPAR LOPES DE SEIXAS
FRANCISCO CARDOSO DE VASCONCELOS
Escritura de empréstimo grantido com hipoteca
Saibam quantos virem esta escritura pública de empréstimo garantido com hipoteca que no ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo dos vinte e oito dias do mês de Novembro de mil novecentos e oito, digo, e sete, nesta freguesia do Souto, concelho de Penedono, e em casa do senhor Francisco António da Costa, onde eu, notário Serafim da Costa Sobral vim rogado na minha presença compareceram: de uma parte o senhor Armando de Jesus, solteiro, proprietário, maior por ser emancipado, como se vê pelo respectivo alvará, que neste acto me foi presente, e a senhora Maria Adelaide Gomes, viúva, proprietária, ambos naturais e moradores na freguesia da Póvoa, deste concelho de Penedono, comarca da Pesqueira; e d´outra parte o senhor António Manuel Ferreira, casado, proprietário, natural da referida freguesia da Póvoa e residente na povoação dos Mozinhos, desta freguesia do Souto, todas pessoas cuja identidade reconheço: e logo pelos primeiros autorgantes foi dito na minha presença e na das testemunhas idóneas adiante nomeadas e assinadas: que por empréstimo que lhes fez o segundo autorgante receberam d´elle n´este acto a quantia de cem mil reis em moeda corrente; que, portanto, pela presente escritura se confessam e reconhecem devedores ao segundo autorgante da mencionada quantia; que este empréstimo é feito pelo prazo de um ano, podendo, porém, prolongar-se por mais tempo, se todos os autorgantes nisso convierem e que pagarão os primeiros autorgantes ao credor o juro anual de nove por cento; que eles devedores se obrigam a pagar integralmente, e com objectivo e completo reembolso, o referido capital, podendo o pagamento efectuar-se d´uma só vez ou em prestações, se assim convier aos mesmos devedores; que o pagamento será feito no domicílio do credor e na moeda que for corrente; que os juros serão pagos todos os anos e adiantadamente; que o capital e juros livres para o credor de todas e qualquer encargos ou despesas com excepção da contribuição da décima de juros; que caso eles devedores sejam demamdados pelo credor pelo não cumprimento de qualquer clausula deste contrato, se obrigam a pagar todas as despesas judiciais ou extra judiciais que o credor haja de fazer para reembolso desta dívida, incluindo as despesas de advogados e procuradoria; que para garantirem este pagamento hipotecam as três quartas partes que lhe pertencem nos prédios seguintes; uma casa com duas lojas e quintal ao redor, sito na rua do Canto, e qual parte do Nascente com caminho público, de Poente com casa de Laurinda da Pureza Loreina, do Norte com caminho público e do Sul com terras de Maria d´Alegria um prédio rústico ao sítio da Ribeira a partir do Nascente, Poente e Sul com terras de Albano da Carola e do Norte com caminho público; um prédio rústico no sítio do Toirego, a partir do Nascente com terras de heredeiros de herdeiros de Eduardo António d´Andrade, do Poente com herdeiros de José Bernardo de Sousa, do Norte com caminho público e do Sul com terras de António Augusto Ferreira; que todos estes prédios são no limite da referida freguesia da Póvoa; e que vieram à sua posse – o primeiro por troca, o segundo por compra e o terceiro por herança de seus pais; que nenhum dos prédios citados se acha descrito na conservatória como se vê por certidão passada pelo digno conservador da comarca da Pesqueira José Augusto Moreira Leal, a qual foi presente e fica arquivado para os legais efeitos; que sobre os mesmos prédios não recaem outras hipotecas ou nas reais ou outros quaisquer encargos; que a presente hipoteca é feita na plenitude do disposto nos artigos oitocentos e noventa e um, novecentos e três e novecentos e quinze do código civil; que enquanto subsistir este encargo se obrigam eles devedores ao pontual pagamento dos encargos prediais, apresentando ao credor os competentes recibos. Pelom segundo autorgante foi dito: que aceita esta escritura nos termos precisos em que se acha exarada. Foram-me apresentados selo de mil seis e um de sessenta reis e cumprido do disposto nos artigos noventa e três e cinquenta e um da tabela do selo vigente. Assim o disseram e autorgaram do que dou minha fé, na presença das testemunhas José Bernardino da Fonseca, casado, alfaiate, Francisco António da Costa, casado, proprietário, José da Cruz Lameiras, casado, proprietário, todos naturais e moradores nesta povoação ou freguesia do Souto, os quais assistiram a todo este acto e vão assinar comigo esta escritura, assinando as duas testemunhas a rogo dos primeiros autorgantes; tudo isto depois de perante todos esta lhes ser lida em voz alta por mim Serafim da Costa Sobral, notário público interino do concelho de Penedono que a escrevi assino o meu sinal público. Resalvo as rasuras que dizem segundo pagar e a sifra Gomes.
A rogo de Armando de Jesus – José Bernardino da Fonseca
A rogo de Maria Adelaide Gomes – Francisco António da Costa
António Manuel Ferreira
José da Cruz Lameiras
Francisco Manuel Lameiras
Serafim da Costa Sobral
Escritura de Compra e Venda
Escritura de compra e venda com quitação de preço. Vendedor – francisco Manuel Lameiras e mulher Justa de Jesus Carvalho. Comprador Manuel de Jesus Peixeira, sol-teiro, maior, proprietário, do Souto. Valor do contrato – duzentos e quinze mil reis.
“Saibam (…) que no ano de mil novecentos e doze, aos vinte e cinco dias do mês de Fevereiro (…) perante mim comparecram (…) primeiro autorgante Francisco Manuel Lameiras e mulher Justa de Jesus Carvalho (…) e de outro lado e como segundo autor-gante comprador Manuel de Jesus Peixeira, solteiro, maior, residente na povoação dos Mozinhos (…) que são legítimos senhores e pacíficos possuidores de um prédio rústico composto de terra lavradia com oliveiras e outras árvores frutíferas e com um cardanho para lenha e outras arrecadações, sito no lugar do enxudre (…) confronta do Sul com caminho público e do restante lado com Luís Augusto Sobral (…) que sendo assim vendem ao segundo autorgante, senhor Manuel de Jesus Peixeira (…) com todas as suas pertenças (…) pelo preço de quantia certa de duzentos e quinze mil reis (…) na minha presença e de todas as testemunhas (…) disseram e assinam (…) a rogo de Manuel de Jesus Peixeira por ele não saber escrever (…) António Augusto Rodrigues (…) e Abílio Augusto de Vasconcellos (…).”
Escritura de Compra e Venda – Rio Bom/ Souto
Escritura de compra e venda com quitação e obrigação. Vendedor Ana Joaquina Felix, viúva, proprietário do Rio Bom – Souto. Comprador. Francisco Augusto paulo, casado, jornaleiro, do Souto. “(…)ano de mil novecentos e doze, aos quinze dias do mês de Julho (…) Ana Joaquina Felix, viúva, proprietária, residente no lugar do Rio Bom (…) Comprador Francisco António Paulo (…) prédio misto composto de dois moinhos, casa de habitação, hortas e pinhal no lugar do Rio Bom que parte do Nascente com terras baldias; do Norte com herdeiros de António Cristino; do Poente com Rio bom com Lúcia Adelaide, que este prédio veio à sua posse a título de meação de seu marido Francisco António machado (…) pelo preço e quantia certa de setenta mil reis que já recebu e da qual dá ao comprador plena quitação (…)”
Moinhos, Lugares e Ruínas
Os Moinhos dos Grelo e os de Francisco António Freixo/ Natividade da Purificação Grelo (na fotografia acima) - 2015
Moinho do Gomes/ Dolorosa – Rio Bom, 2015 / Moinho da Lúcia – anexa, Rio Bom, 2015
Moinho dos Grelos: interior e exterior - Rio Bom, 2015
Moinho; forno, habitação e palhais – Chega à Riba – Rio Bom, 2015
Moinhos dos Freixos: margem esquerda e margem direita: habitações e anexos – Rio Bom, 2015
Moinho do Bento: capoeira das galinhas – Rio Bom, 2015/ Moinho do Mouco: anexo – Rio Bom, 2015
Vandalismo: moinhos destruídos
Trancosã: Capela Nossa Senhora da Piedade – totalmente modificada/ habitações antigas, 2015
Trancosã/ Rio Torto/ Mozinhos – 2015
Mozinhos: Capela Santa Bárbara/ Sacrário/ Trancosã: lagar de uvas/vinho – 2015
Mozinhos: FilomenaAguiar, Luísa, Manuel, Ana e irmã 1945/ panorama, 1973/ 2015
Caminho do Souto para os Mozinhos:vista para o lugar da Risca/ vista para São João da Pesqueira - 2015
Carta. Pároco da Igreja de S. Pedro do Souto de Penedono, José Lopes
Pároco da Igreja de S. Pedro do Souto de Penedono. José Júlio de Almeida Proença
Carta. Pároco da Igreja de S. Pedro do Souto de Penedono - Luís Clemente de Sequeira
Carta. Pároco da Igreja de S. Pedro de Souto de Penedono – Inácio de Almeida
Carta. Pároco da Igreja de S. Pedro do Souto de Penedono - Joaquim Manuel Saraiva Guerra
REGISTO DE PASSAPORTES
Requerente: João Damaceno da Rocha. Filiação: Manuel Joaquim da Rocha. Idade: 24. Profissão: Estado Civil: Lugar: S. Pedro de Souto Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Rio de Janeiro 1869-07-30.
Requerente: Carlos Maria da Rocha. Filiação: Manuel Joaquim da Rocha Idade: 16. Profissão. Estado Civil: Lugar: Souto Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Rio de Janeiro 1870-09-30.
Requerente: Manuel Joaquim da Rocha. Filiação: Idade: 51. Profissão. Estado Civil: Casado Lugar: Souto Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Rio de Janeiro 1871-12-23
Requerente: Manuel de Jesus de Vasconcelos. Filiação: Idade: 26. Profissão. Estado Civil: Lugar: Souto Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Rio de Janeiro 1871-12-23
Requerente: Eduardo Fernandes. Filiação: Idade: 41. Profissão: Proprietário. Estado Civil: Casado. Lugar: Souto Freguesia: Concelho: Penedono Destino: Rio de Janeiro 1874-10-15
Requerente: Francisco de Carvalho Filiação: Idade: 24. Profissão: Proprietário. Estado Civil: Solteiro. Lugar: Souto Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Rio de Janeiro 1874-10-15
Requerente: Francisco António da Costa. Filiação: Idade: 21. Profissão: Estado Civil: Solteiro. Lugar: Souto Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Rio de Janeiro 1874-10-15
Requerente: José Joaquim Martins. Filiação: Idade: 31 Profissão: Estado Civil: Viúvo Lugar: Trancosa Freguesia: Souto Concelho: Penedono. Destino: Rio de Janeiro 1874-11-02
Requerente: Joaquim António de Figueiredo. Filiação: Idade: 60. Profissão: Proprietário Estado Civil: Casado. Lugar: Souto Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Rio de Janeiro 1874-11-23
Requerente: Manuel Maria Lameiras. Filiação: José António Lameiras. Idade: 38 Pro-fissão: Estado Civil: Lugar: Souto Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Rio de Janeiro. 1876-11-08
Requerente: Manuel Maria Lameiras. Filiação: Idade: 45 Profissão: Caiador Estado Civil: Casado. Lugar: Souto Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Rio de Janeiro 1882-11-20
Requerente: Joaquim do Espírito Santo Proença. Filiação: Idade: 32 Profissão: Ferreiro. Estado Civil: Casado Lugar: Souto Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: Luanda 1883-01-30
Requerente: Francisco Manuel Pinto. Filiação: Idade: 36 Profissão: Jornaleiro. Estado Civil: Casado. Lugar: Souto (natural de); Valadares (residente em) Freguesia: Concelho: Penedono, natural de Vila Nova de Gaia (residente, Souto). Destino: Império do Brasil, 1887-05-09.
Requerente: Carlos Maria da Rocha. Filiação: Idade: 36 Profissão: Artista. Estado Civil: Solteiro. Lugar: Souto Freguesia: Concelho: Penedono. Destino: S. Paulo 1887-09-16.
Requerente: Manuel de Jesus Idade: 21 anos Freguesia: Souto Concelho: Penedono Distrito: Viseu Destino: Brasil:1892-11-24.
Requerente: Manuel Assunção Cabeço Idade: 22 anos Freguesia: Souto Concelho: Penedono Distrito: Viseu Destino: Brasil:1892-11-24.
Requerente: Joaquim do Nascimento Campeão Idade: 30 anos Freguesia: Souto Conce-lho: Penedono Distrito: Viseu Destino: Brasil:1892-11-24.
Requerente: José Joaquim Idade: 24 anos Lugar: Arcas Freguesia: Souto Concelho: Penedono Distrito: Viseu Destino: Brasil: 1893-04-10.
Requerente: Manuel do Nascimento Lopes Idade: 32 anos Lugar: Arcas Freguesia: Souto Concelho: Penedono Distrito: Viseu Destino: Brasil:1893-04-10.
Requerente: Francisco da Ressurreição Lugar: Trancosã Freguesia: Souto Concelho: Penedono Distrito: Viseu Destino: Brasil:1893-03-10.
Requerente: Manuel de Jesus Idade: 22 anos Lugar: Arcas Freguesia: Souto Concelho: Penedono Distrito: Viseu Destino: Brasil:1895-04-30.
Requerente: Manuel do Nascimento Idade: 37 anos Freguesia: Souto Concelho: Pene-dono Distrito: Viseu Destino: Brasil:1910-03-08.
Requerente: Serafim da Costa Sobral Bilhete de identidade número: 951962 (Porto) Filiação: Francisco António da Costa e Silvana de Jesus Sobral Idade: 63 anos Fregue-sia: Souto Concelho: Penedono:1947-07-07.
Requerente: Serafim da Costa Sobral Bilhete de identidade número: 951962 (Porto) Filiação: Francisco António da Costa e Silvana de Jesus Sobral Data de nascimento: 18/08/1883 Idade: 65 anos:1949-07-02.
Primeiros Mancebos Registados no Exército
Francisco, filho de António José Rapozo e de Josefa, natural e residente no Souto, 22 anos de idade, jornaleiro, incorporado em 1859, com o número 27, seleccionado por sorteio.
Para uma população total de 758 pessoas, em 1871, foram solicitados 2 mancebos, recensearam-se 4.
António Maria - Soldado - RI 9 Nível de descrição - Documento simples Documento simples - Código de referência - PT/AHM/DIV/1/35A/2/19/16974 - Localidade - Souto - Penedono – Viseu - Tipo u.i. – Capilha
António Manuel - Soldado - RI 9, Nível de descrição, Documento simples Documento simples Código de referência, PT/AHM/DIV/1/35A/2/19/16975, Localidade, Souto - Penedono - Viseu Tipo u.i. Capilha
António Manuel - Soldado - RI 9 - Nível de descrição - Documento simples Documento simples - Código de referência - PT/AHM/DIV/1/35A/2/19/16975 - Localidade - Souto - Penedono -Viseu - Tipo u.i. – Capilha
Marcelino de Jesus Amaral - Soldado - RI 9 - Nível de descrição - Documento simples - Documento simples - Código de referência - PT/AHM/DIV/1/35A/2/19/16976 - Localidade - Souto - Penedono- Viseu - Tipo u.i. – Capilha
Manuel de Jesus - Soldado - RI 9 - Nível de descrição - Documento simples Documento simples - Código de referência - PT/AHM/DIV/1/35A/2/20/17409 - Localidade - Souto de Penedono - Tipo u.i. – Capilha
Claudino da Assunção - 1º Cabo - RI 9 - Nível de descrição - Documento simples Documento simples - Código de referência - PT/AHM/DIV/1/35A/2/20/17545 - Localidade - Souto - Penedono - Viseu - Tipo u.i. – Capilha
José dos Santos - 2º Sargento - RI 9 - Nível de descrição - Documento simples Docu-mento simples - Código de referência - PT/AHM/DIV/1/35A/2/20/17547 - Localidade - Souto - Penedono - Viseu - Tipo u.i. – Capilha
José Joaquim - Soldado - RI 9 - Nível de descrição - Documento simples Documento simples - Código de referência - PT/AHM/DIV/1/35A/2/19/17157 - Localidade - Póvoa - Penedono - Viseu - Tipo u.i. – Capilha (José Joaquim de Sousa, avô do autor, casou, posteriormente, com Filomena Aguiar, Mozinhos).
João Batista Roque - Soldado - RI 9- Nível de descrição - Documento simples Docu-mento simples - Código de referência - PT/AHM/DIV/1/35A/2/19/16766 - Localidade - Póvoa de Penela - Penedono - Viseu - Tipo u.i. – Capilha
Luís Manuel Ribeiro - Soldado - Nível de descrição - Documento simples Documento simples - Código de referência - PT/AHM/DIV/1/35A/2/37/32916 - Localidade - Povoa de Penela, Penedono - Tipo u.i. – Capilha
Joaquim Mário Pereira - Soldado - RI 9- Nível de descrição - Documento simples Documento simples - Código de referência - PT/AHM/DIV/1/35A/2/19/16673 - Localidade - Póvoa de Penela - Penedono - Viseu - Tipo u.i. - Capilha
António Manuel Fernandes, residente na Trancosã, freguesia do Souto, apesar de não surgir nos arquivos, sabemos de fonte segura que foi militar na Prmeira Guerra Mundial e combateu em França onde terá feito a promessa, segundo a qual, se regressasse à Trancosã com vida, colocaria cruzes em determinados locais e assim terá sucedido.
Soldado de apelido Manso, do Rio Torto, freguesia do Souto, embora não conste nos arquivos específicos, temos notícia de que esteve na frente de combate em França e, posteriormente, lá se terá fixado como civil, emigrante.
Orçamento da Junta de Paróquia do Souto 1888 -1900
Receitas Ordinárias Despesas Ordinárias
1888 Saldo do ano de 1887;
Rendas de castanheiros;
Lavragens;
Contribuições para a cons-trução do cemitério e outras receitas
Saldo de pagamentos rece-bidos por dívidas de moradores.
Soma Total 47,331(mil rei)
49,150
51,300
20,000
52,484
171;615 Cera, azeite, lamparinas, incenso
Encargos (escrivão, secretário da Junta, tesoureiro, sacristão expediente da secretaria)
Cumprimento de legado, livro de registos paroquiais, selo de aprovação de contas, construção das portas da capela de São Sebastião, reparação do telhado da igreja e sacristia, despesas diversas
Rendas da casa da educação e habitação da professora; recenseamento das crianças, papel, penas e tinteiros para Crianças pobres.
Conta geral da paróquia.
Soma Total 15,200
20,6000
31,900
17,000
86,915
171;615
1893 Receitas ordinárias (1892),
Juros
Receitas extraordinárias
Lavragens
Contribuições diversas
Soma total 25,000
35,700
8,009
7,000
26,365
87,065
107,03 Cera, azeite, lamparinas, incenso.
Encargos (tesoureiro, regis-tos, secretário, secretariado, sacristão,
Cumprimento do legado; livro de registos paroquiais; despesas tribunal administrativo; emolumentos da administração; rendas da casa da escola e habitação do professor; papel, penas e tinteiros para alunos pobres; capa de asperges; despesas imprevistas/ diversas.
Soma total 18,200
2,000
3,600
7,000
6.000
2,000
0,800
5,630
3,000
2,000
22,500
1,500
20,000
2,000
10,000
107,030
1895 Receitas diversas/ extraordi-nárias; Rendas dos casta-nheiros; contribuições diver-sas; lavragens; outras recei-tas.
Soma Total 74,969
53,009
127,978 Cera, azeite, lamparinas e incenso;
Cumprimento legal; ordena-dos e secretaria; Reparações na igreja matriz; Despesas gerais; reparos na capela de Nossa Senhora da Piedade (Trancosã) [5,000].
Soma total 20,600
8,240
75,860
127,978
1900 Saldo do ano transacto;
Juros;
Renda dos castanheiros;
Receitas extraordinárias;
Esmolas e outras receitas.
Soma total 2,500
35,700
0,300
15,000
53,500
19,00
53,5000 Vencimento do secretário da junta;
Percentagens ao tesoureiro;
Ordenado ao sacristão;
Cera, azeite, incenso;
Despesas de secretaria;
Uma estola nova;
Conserto da capela de São Sebastião;
Conserto de esquife;
Despesas imprevistas.
Soma total 6,000
1,070
6,000
20,000
4,000
5,000
4,630
3,800
3,000
53,5000
Obras Públicas – Estrada Municipal de Penedono ao Souto – lanço único
Expropriações
João Alegria da Costa – quintal, 800 reis; Maria Correia, leira de 2ª, 4.050; Inácio de Andrade, leira, 1.032; António Tenreiro, leira, 1.920; Afonso Rodrigues de Carvalho, leira, 7.560; João Alegria da Costa, leira, 17.384; Francisco e Ana Coutinho, leira, 12.912; Sebastiana Apolinário, leira, 5.896; António Fonseca, leira, 8.904; João alegria da Costa, leira, 1.740; António Nogueira, leira, 4.820; João António Direito, leira, 9.232; o mesmo, monte, 1.956; António Amaral, monte, 588; Francisco da Silva Pina, leira, 3.296; João Alegria da Costa, monte, 988; José do Nascimento Morgado, monte, 908; Manuel Lopes, leira, 10.732; Francisco dos Santos e Ana Coutinho, leira, 320; Francisco Martins, leira, 2.740; Manuel Lopes, leira, 5.976; João Marques Anchão, leira, 2.700; Manuel Lopes, leira, 23.516; João Alegria da Costa, leira, 72.836; o mesmo, monte, 7.617; Silvério Sobral, leira, 23.319; Avelino Soares, leira, 49.212; Manuel de Jesus, leira, 14.780 o mesmo, giestal, 19.250; António Martins, leira, 1.880; Joaquim de Almeida, leira, 41.316; Manuel de Seixas, monte, 5.827; A. De Amaral. Leira, 43.464; António Joaquim da Costa, monte, 8.518; o mesmo, leira, 23.061; o mesmo, leira, 13.584; Manuel da Costa Andrade, leira, 2.643; Manuel da assunção Sobral, lameiro, 70.360; Francisco da Fonseca, vinha, 77.120; José Júlio Proença Lopes, monte e pinhal, 121. 752; Manuel da Assunção Sobral, monte, 5.816; o mesmo, vinha, 74.528; Francisco António da Costa, leira, 38.656; Manuel da Assunção sobral, leira, 6.414; Maria de santa Maria, horta, 7.200 – Total a pagar: 859.103 mil reis.
Total da obra orçamentada em 1909: 5:926$000, cinco contos, novecentos e vinte e seis mil reis. Para além dos valores acima expressos, por via das respectivas expropriações dos terrenos pelos quais se traçou a estrada de 5137 metros, foram feitas escavações, empedrados e tudo o que então foi projectado numa interessante projecção de engenharia, bem documentada, conforme mostra o completo caderno de encargos, disponível no Arquivo Distrital de Viseu.
População – 1865
Concelho – todas as freguesias Totais Souto - freguesia Totais
Fogos 1617 Fogos 201
Nascimentos (M.137+F.116) 253 Nascimentos (M.19+F.14) 33
Casamentos 59 Casamentos 7
Óbitos (M.63+F.64) 127 Óbitos (M.8+F.6) 14
Masculinos (residentes) 3104 Masculinos (residentes) 375
Femininos (residentes) 3198 Femininos (residentes) 378
Habitantes totais 6302 Habitantes totais 753
Recenseados eleitores e elegíveis do concelho – 667, aqui os naturais ou residentes na freguesia do Souto (todos homense proprietários) - 1875
Nome Contribuição Actividade-Est.Civil Freguesia Idade
José Manuel Rodrigues 2.000 Moleiro – casado? Souto-Rio Bom 59
José do Nascimento Pacheco 2.000 Proprietário - casado Souto 41
José Ramos Seixas 6.000 Proprietário - casado Souto 52
José Santa Maria Almeida 9.000 Proprietário - casado Souto 52
José Bernardo da Costa 2.000 Proprietário - casado Souto 33
Júlio César Cabeço 3.000 Proprietário - viúvo Souto 56
Júlio Fernandes 6.000 Proprietário - casado Souto 43
Luís António Amaral 2.000 Proprietário - casado Souto 52
Luís António Braz 2.000 Proprietário - casado Souto 42
Padre Luís Clemente Sequeira Isento Paroco Souto 34
Luís Augusto Sobral 7.000 Proprietário - casado Souto-Risca 27
Manuel Alexandre 3.000 Proprietário - viúvo Souto 53
Manuel António Andrade Costa 4.000 Proprietário - casado Souto 43
Manuel António Araújo 2.000 Proprietário - casado Souto 58
Manuel António Cabeço 3.000 Proprietário - casado Souto 58
Manuel António Peixeira 2.000 Proprietário - casado Souto-Mozinhos 53
Manuel Lameiras 2.000 Proprietário - casado Souto 39
Manuel António Pesqueira 3.000 Proprietário - casado Souto 38
Manuel António Sobral 5.000 Proprietário - casado Souto-Risca? 69
Manuel de Jesus Carvalho 5.000 Proprietário - casado Souto 37
Manuel António Pereira 1.000 Proprietário - casado Souto-Arcas 29
Manuel de Jesus Sobral 2.200 Proprietário - solteiro Souto 40
Manuel António Vasconcelos 2.000 Proprietário - casado Souto 62
Manuel Espirito Santo Amaral 3.000 Carpinteiro - casado Souto 45
Manuel de Jesus Pereira 2.000 Proprietário - casado Souto 33
Manuel de Jesus Almeida 55.000 Proprietário - casado Souto 49
Manuel de Jesus Ferreira 3.000 Ferreiro-casado Souto 42
Manuel José Proença 3.000 Ferreiro-viúvo Souto 70
Manuel Freixo 1.500 Moleiro-casado? Souto-Rio Bom? 28
Matias da Trindade 2.000 Proprietário - solteiro Souto- Mozinhos 27
Miguel Jerónimo Abrunhosa 2.000 Proprietário - casado Souto 50
Sebastião José Araújo 2.000 Proprietário - solteiro Souto-Trancosã? 42
Joaquim Espirito Santo Proença 1.500 Proprietário - casado Souto 26
Francisco Manuel de Aguiar 1.200 Proprietário - casado Souto- Mozinhos 25
*Joaquim António de Aguiar ? Proprietário - casado Souto- Mozinhos ?
*Joaquim Manuel Bastos ? Proprietário - casado Souto- Mozinhos ?
*António Manuel Aguiar ? Proprietário - casado Souto- Mozinhos ?
*Manuel de Jesus Aguiar ? Proprietário - casado Souto- Mozinhos ?
*Manuel Assunção Cabral ? Moleiro-casado Souto-Rio Torto ?
*João António Vieira ? Moleiro-casado Souto-Rio Torto ?
*José Joaquim Macena ? ? - Casado Souto- Mozinhos ?
*Manuel Henriques Vieira ? ?-casado Souto - Rio Torto ?
*António Joaquim Coelho ? ?-casado Souto - Trancosã ?
*José Bernardo da Costa ? Moleiro-casado Souto – Rio Bom ?
*João da Cruz ? Alfaiate-casado Souto – Mozinhos ?
*António Novais ? Proprietário-casado Souto – Trancosã ?
*João Evangelista ? Proprietário-casado Souto – Mozinhos ?
*Francisco António ? ?-casado Souto – Trancosã ?
*José Ramos da Costa Peixeira ? Pastor-casado Souto – Mozinhos ?
*António Joaquim Bastos ? ?-casado Souto – Trancosã ?
*José de Jesus Magalhães ? Moleiro-casado Souto – Rio Bom ?
Acta de sorteio para vogais da Junta da Paróquia do souto, 1879
“(…) Manoel António de Andrade e Costa, escrivão da Junta de Parochia da fregue-sia do Souto, (…) Acta de sessão extraordinária do sorteio dos vogais da Junta da Parochia, que hão de ser sair no fim do corrente anno. = Anno do Nascimento de nosso Senhor Jesus Christo de mil oitocentos setenta e nove, aos cinco dias do mez de Outu-bro, pelas duas horas da tarde, na sachristia da Igreja de Sam Pedro do Souto (…) tendo procedido o toque do sino, que para as seSões é costume dar-se (…) Deliberou (…) Francisco Manuel de Andrade Costa (…) Manuel António Cabaço (…) Manuel do Espirito santo Amaral (…) Manuel de Jesus Aguiar (…) Manuel da Assumpção Sobral (…) Manuel António d´Andrade e Costa (…).”
Recenseados eleitores e elegíveis do concelho – Mozinhos, Rio Bom, Rio Torto, Risca, Trancosã (todos homens) - 1880
Nome Estado Civil Morada-actividade Idade
António Joaquim Novais Casado Trancosã-lavrador 59
António Manuel Aguiar Casado Mozinhos-lavardor 64
António José de Bastos Casado Trancosã-lavrador 72
António de Aguiar Casado Mozinhos-jornaleiro 48
António da Costa Cristino Casado Rio Bom-moleiro 32
António do Nascimento Coto Casado Rio torto-moleiro 28
António Bernardo Peixeira Casado Mozinhos-lavrador 30
Bernardo António Casado Trancosã-lavrador 46
Camilo de Lelis Viúvo Rio Torto-moleiro 71
Francisco António de Sobral Casado Risca-Proprietário 62
Francisco de Paula Sobral Solteiro Risca-jornaleiro 39
Francisco Machado Casado Rio Bom-moleiro 43
Francisco António Fonseca Solteiro Rio torto-pedreiro 35
Francisco da Ismenia(?) Casado Trancosã-lavrador 24
Francisco Manuel Aguiar Casado Mozinhos-Proprietário 28
Gil Augusto Casado Risca-lavrador 54
João da Cruz Casado Mozinhos-alfaiate 54
João Vieira Apolinário Casado Rio Torto-moleiro 42
João Evangelista Casado Mozinhos-lavrador 38
João António de Aguiar Casado Mozinhos-lavrador 40
João Cabral Solteiro Risca-jornaleiro 32
Joaquim Maria da Fonseca Casado Mozinhos-lavrador-soqueiro 28
José Fernandes Casado Trancosã-lavrador 55
José Ramos Peixeira Casado Mozinhos-pastor 48
José Joaquim Macieira Casado Mozinhos-lavrador 40
José Teixeira Casado Rio Torto-jornaleiro 35
José Grelo Solteiro Mozinhos-jornaleiro 35
José Santa Maria Ribeiro Casado Rio Torto-moleiro 37
José Joaquim Camilo Casado Rio Torto-moleiro 33
José António Lameiras Casado Rio Torto-moleiro 39
José da Engrácia Casado Trancosã-jornaleiro 26
José dos Santos Casado Rio Bom-moleiro 28
Luís Boavida Casado Trancosã-pastor 52
Manuel António do Alexandre Casado Mozinhos-lavrador 65
Manuel de Jesus Aguiar Casado Mozinhos-Proprietário 37
Matias da Trindade Casado Mozinhos-alfaiate 39
Manuel Descalço Casado Rio Bom-moleiro 41
Manuel Joaquim de Bastos Viúvo Mozinhos-lavrador 50
Manuel Cabral Casado Rio Torto-moleiro 40
Escolas Primárias nos Concelhos de Penedono e de São João da Pes-queira – 1855
Orçamento anual Concelho Localidade Nome do Professor Licença Regia Despesa líquida anual Observações
90.000 Penedono Penedono José Maria Barata Trindade Lima Carta Régia de 8 de Junho de 1849 76.050 Posse 26 de Junho de 1849
90.000 Penedono Souto José Joa-quim da Fonseca Proença Dita de 8 de Novembro de 1813 76.050 Posse 26 de Novembro de 1813
90.000 S.J. Pes-queira Ervedosa Joaquim de Pina Escrivão Ramos, 27 de Feverei-ro de 1855 76.050 Posse 10 de Março de 1851
90.000 S.J. Pes-queira Pesqueira António Soares Dita de 28 de Maio de 1855 76.050 Posse 1 de Junho e 1855
90.000 S.J. Pes-queira Soutelo António Lopes de Sousa Dita de 13 de Novem-bro de 1854 76.050 Posse de 11 de Dezem-bro de 1854
Produção de Azeite nas freguesias da Póvoa e do Souto
Freguesia 1880 1881 1882 1883 1885 Preço/litro
Póvoa 6.372,480 9.283,200 2.124,160 5.310,400 3.982,800 146/1885
Souto 5.310,000 6.637,000 2.655,000 2.655,000 5.310,000 146/1885
Produção de Lã no Concelho de Penedono
Concelho Freguesia Lã Preta Lã Branca Preço Ano
Penedono Todas 17617,152 1002,460 Preta175/Branca140,Kg 1870
Penedono Todas 11.744,668 6.668,306 Preta175/Branca140,Kg 1871
Penedono Antas 210 20 3,400B.arroba/3.800P.arr. 1872
Penedono Beselga 160 15 3,400B.arroba/3.800P.arr. 1872
Penedono Castainço 180 10 3,400B.arroba/3.800P.arr. 1872
Penedono Granja 160 30 3,400B.arroba/3.800P.arr. 1872
Penedono Ourozinho 180 40 3,400B.arroba/3.800P.arr. 1872
Penedono Penedono 260 15 3,400B.arroba/3.800P.arr. 1872
Penedono Penela 280 15 3,400B.arroba/3.800P.arr. 1872
Penedono Póvoa 2 120 3,400B.arroba/3.800P.arr. 1872
Penedono Souto 60 170 3,400B.arroba/3.800P.arr. 1872
Produção de Vinho, Aguardente e Vinagre - Concelho de Penedono
Concelho Vinho Aguardente Vinagre Ano
Penedono 2.336,576 139,39,8 6,63,800 1870
Penedono 2.336,557 112,240 6,638 1871
Produção Geral do Concelho de Penedono – 1904
Género Quantidade Medida
Trigo 4775 Alqueires
Milho 300 Alqueires
Centeio 3500 Alqueires
Cevada 210 Alqueires
Feijão 1187 Litros?
Grão-de-bico 475 Alqueires
Batata 4400 Kg?
Vinho 350 Branco + 3000 Tinto Almudes?
Aguardente 1,000 Litros?
Azeite 3.000 Litros?
Lã 1000 Arrobas
Actas da eleição da Junta de freguesia de Souto
“(…) este caderno há de servir para se lavrar a acta da eleição de cinco vogais efectivos da Junta de Freguesia de Souto (…) e seus respectivos substitutos, que há de realizar-se no dia 6 de Dezembro de 1925 para o triénio de 1926 a 1928 (…)”
“(…) Terminada esta operação, verificou-se (…) efectivos (…) Fausto Proença Lopes (…) vinte e seis votos (…)José Augusto Corrêa (…) vinte e cinco votos (…) Manuel José da Silva (…) vinte e seis votos (…) Armando augusto Tomé (…) vinte e cinco votos (…) António Joaquim Vasconcelos (…) vinte e dois votos (…) Substitutos (…) João de deus Fonseca (…) vinte e sete votos (…) Arcanjo de Jesus Amaral (…) vinte e cinco votos (…) António Maria Araújo (…) vinte e cinco votos (…) José (?) da Costa (…) vinte e cinco votos (…) Cipriano Augusto (…) vinte e dois votos (…)”
Eleitores inscritos no recenseamento, 1925 – 67, todos masculinos (homens)
Na quase totalidade, moradores na sede da freguesia (Souto). Da Risca: Francisco António Sobral, 33 anos, solteiro, proprietário, não elegível par senador, sim para deputado e para cargos administrativos; João António Matias, casado, 59 anos, operário, pode ser elegível para senador, para deputado e para corpos administrativos. Trancosã: Ludovino António, 45 anos, casado, proprietário, elegível para senador, deputado e cargos administrativos. Rio torto: Manuel Maria, casado, 61 anos, operário, elegível para senador, deputado e cargos administrativos. Em 1917, tinham sido recenseados 72 eleitores, nos termos que em 1925 se vieram a efectuar. No entanto, em 1917, constavam os nomes: Júlio Augusto Aguiar, 21 anos, solteiro, proprietário, não elegível, nem para senador, nem para deputado; Francisco Manuel Aguiar, 62 anos, casado, proprietário, elegível para todos os cargos em referência. Supõe-se que, em 1925, Francisco Manuel Aguiar tinha já falecido e o seu filho Júlio Augusto Aguiar tinha já casado e residia no Souto, bem como o seu irmão Inácio Luís Aguiar que, já. Em 1917 consta como casado e morador no Souto.
No Recenseamento de 1908, tinham sido registados 82 homens. Da Trancosã cons-tava o nome de António Coelho, 59 anos, casado, proprietário, Bernardo Colcheta, 70 anos, pastor; do Rio Bom António Joaquim da Costa Cristiano,51 anos, casado, moleiro. Dos Mozinhos, António Manuel de Bastos, 43 anos, casado, proprietário, António Peixeirinha, 51 anos, casado, proprietário, Francisco Manuel Aguiar, 53 anos, casado, proprietário; Manuel Joaquim Bastos, 72 anos, viúvo, proprietário, João da Cruz, 67 anos, casado, proprietário, Joaquim Maria Fonseca, 42 anos, casado, proprietário. Rio Torto: António Nascimento Coto, 44 anos, casado, moleiro, Manuel Joaquim Mendes, 28 anos, casado, moleiro. Da Risca: Luís Augusto Sobral, casado, proprietário, Manuel de Jesus Sobral, 32 anos, solteiro, proprietário, Francisco de Paula Sobral, 55 anos, casado, proprietário.
Recenseamento Eleitoral, 1936 – Souto
Número 365, Albino do Espírito Santo Proença, 70 anos, casado, residente no Souto, proprietário, (razão da sua inscrição – contruinte).
Número 366, Alda Augusta Veiga de Almeida, 28 anos, solteira, residente no Souto, professora, (razão da sua inscrição – saber ler).
367, António Alberto de Carvalho, 29 anos, casado, Souto, proprietário, contribuinte.
368, António Augusto Rodrigues, 66 anos, casado, Souto, proprietário, contribuinte.
371, Carlos Augusto Abrunhosa, 52 anos, casado, Souto, proprietário, contribuinte.
372, Elisa Assunção Barros e Silva, 34 anos, solteira, professora, saber ler.
373, Francisco António Sobral, 44 anos, Risca, solteiro, proprietário.
374, Inácio Luís Aguiar, 44 anos, Souto (natural dos Mozinhos, filho de Francisco Manuel Aguiar e de Teresa de Jesus Costa), casado, proprietário, contribuinte.
375, Ismael de Jesus Fonseca, 49 anos, Arcas, casado, proprietário, contribuinte.
376, João Abel da Costa, 51 anos, Arcas, casado, proprietário, contribuinte.
377, João Alegria Fernandes, 49 anos, Arcas, proprietário, contribuinte.
378, João do Carmo Costa, 40 anos, Souto, casado, proprietário, contribuinte.
379, João César Augusto de Lacerda, 40 anos, Souto, solteiro, proprietário, contribuinte.
380, João Damasceno da Fonseca, 67 anos, Souto, casado, proprietário, contribuinte.
381, João Manuel Grelo (Marques), 67 anos, Rio Bom, casado, proprietário, contri-buinte.
382, Joaquim António Aguiar, 49 anos, Mozinhos, solteiro, proprietário, contribuinte.
383, José António Proença, 56 anos, Arcas, casado, proprietário, contribuinte.
384, José Joaquim Correia, 44 anos, Souto, casado, industrial, contribuinte.
386, José António Amaral, 29 anos, Souto, casado, guarda-rios, saber ler (justificação pela escolha).
387, José Joaquim Araújo, 36 anos, Souto, casado, industrial, contribuinte.
388, José Joaquim de Sousa, 49 anos, Mozinhos, casado, proprietário, contribuinte.
389, José Júlio de Proença Lopes, 80 anos, Souto, casado, proprietário, contribuinte.
390, José Maria Pesqueira, 60 anos, Souto, casado, proprietário, contribuinte.
391, José dos Santos Gomes, 50 anos, Souto, proprietário, contribuinte.
392, Ludovino António Fernandes, 53 anos, Trancosã, casado, proprietário, contribuin-te.
393, Luís Maria, 52 anos, Souto, viúvo, sargento-ajudante, saber ler.
394, Manuel Assunção Vasconcellos, 80 anos, Arcas, casado, proprietário, contribuinte.
395, Manuel de Jesus Almeida, 78 anos, Souto, casado, proprietário, contribuinte.
396, Manuel de Jesus Coelho, 63 anos, Souto, casado, industrial, contribuinte.
397, Manuel de Jesus Peixeira, 36 anos, Mozinhos, casado, proprietário, contribuinte.
398, Manuel Joaquim Gomes, 44 anos, Rio Bom, casado, industrial, contribuinte.
399, Manuel Joaquim Mendes, 59 anos, Rio Torto, casado, industrial, contribuinte.
400, Marcolino Augusto Gouveia, 48 anos, Souto, casado, proprietário, contribuinte.
Relação dos moinhos accionados por água e a vapor existentes no concelho de Penedono, 1938
Nome do Proprietário Freguesia Localização Obs.
Afonso Marques Antas Antas A Vapor
Basílio Augusto Antas Ponte Pedrinha Hídrico
Diamantino da Trindade Ramos Antas Ponte Pedrinha Hídrico
António Augusto Mateus Beselga Beselga -
Maria de Jesus Beselga Beselga -
José do Espírito Santo Vilaça Castainço Castainço -
Gracinda de Jesus Constança Castainço Castainço -
Manuel dos Santos Costa Castainço Castainço -
Abel do Nascimento Sequeira Ourozinho Ourozinho -
António Pereira Sequeira Ourozinho Ourozinho -
José Maria Ribeiro Ourozinho “Dourada” -
Ana do Carmo, viúva. Penedono Ado Bispo -
José dos Santos Gomes Penedono Penedono A Vapor
Tristão Augusto Abrunhosa Penela Penela -
Joaquim Simão Póvoa Ponte da Veiga/Ribeira Hídrico
José António Freixo Póvoa Ponte da Veiga/Ribeira -
José Joaquim Filipe Póvoa Ponte da Veiga/Ribeira -
Manuel de Jesus Ribeiro Póvoa Ponte da Veiga/Ribeira -
Maria de Jesus Tomaz Póvoa Ponte da Veiga/Ribeira -
Abílio Mendes Souto Rio Torto -
“Viúva de Manuel Mendes” Souto Rio Torto -
Francisco António Freixo Souto Rio Bom -
João Manuel Grelo Marques Souto Rio Bom -
Manuel Joaquim Gomes Souto Rio Bom -
Relação de Mendigos 1918, no Concelho
Da relação de mendigos enviados pelo administrador do concelho de Penedono, João Manuel de Carvalho, ao Governo Civil de Viseu, em 1918, constam 65 nomes, identifi-cados pelo nome, freguesia, idade, sexo, doença e condição social. Assim, da freguesia do Souto foram registados:
Nome Idade Sexo Doença Condição Social
Ana do Espirito Santo Pesqueira 77 Feminino Tolhida Pobre
António Armando Corchete 87 Masculino Paralisia Pobre
António Joaquim Costa 84 Masculino Velhice Pobre
Filomena do Carmo Almeida 61 Feminino Tuberculose Pobre
Ludovina de Jesus Proença 72 Feminino Reumatismo Pobre
Luiz António Campos 83 Masculino Velhice Pobre
Maria dos Anjos Proença 85 Feminino Velhice Pobre
Maria Carolina Peixeira 89 Feminino Velhice Pobre
Maria de Jesus Fonseca 77 Feminino Tolhida Pobre
Maria de Jesus Malaia 72 Feminino Tolhida Pobre
Maria de São José Almeida 86 Feminino Velhice Pobre
Crianças Abandonada (expostos) 1888, Concelho
Da secretaria da Câmara Municipal de Penedono saiu a seguinte relação de crianças abandonadas no ano de 1888: do total de onze subsidiadas pelos serviços da Câmara, sendo uma que já transitava do ano de 1887; a três sessou a subsidiação; três faleceram; a cinco foi concedido o subsídio para o ano seguinte.
Número de Mulheres Grávidas, Não Casadas, no Concelho de Penedono, de Outubro de 1871 a Abril de 1873, Intimadas pelo Governo Civil de Viseu
Nome Mês Ano
Maria da Sequeira Outubro 1871
Amélia da Conceição Outubro 1871
Teresa de Jesus Pereira Fevereiro 1872
Ana Júlia Fevereiro 1872
Gracinda da Piedade Fevereiro 1872
Maria da Piedade Fevereiro 1872
Eria de Jesus Maio 1872
Bernarda Maria Maio 1872
Maria Adelaide Maio 1872
Maria Clara Junho 1872
Inácia Rosa Junho 1872
Ana Branca Junho 1872
Maria da Conceição Junho 1872
Ana Maria Julho 1872
Leonor Nastanheta Outubro 1872
Maria Rosa Outubro 1872
Maria da Alegria Outubro 1872
Ana de Oliveira Dezembro 1872
Luísa Vendeira Janeiro 1873
Ana Vendeira Janeiro 1873
Maria de Jesus Fevereiro 1873
Maria do Carmo Fevereiro 1873
Ana do Rosário Fevereiro 1873
Luísa Laura Fevereiro 1873
Maria da Piedade Fevereiro 1873
Maria Leopoldina Fevereiro 1873
Ana Júlia Fevereiro 1873
Joaquina de Jesus Fevereiro 1873
Mariana Joaquina Abril 1873
Nascimentos e óbitos infantis no ano de 1899 – Freguesia do Souto
Mês Nascimentos Sexo Óbitos Sexo
Janeiro 2 Masc.0; Feminino 2 2 Masc.1; Feminino 1
Fevereiro 2 Masc.2; Feminino 0 2 Masc.1; Feminino 1
Março 3 Masc.2; feminino 1 3 Masc.2; feminino 1
Abril 5 Masc.1; feminino 4 0
Maio 0 0
Junho 3 Masc.1; feminino 2 2 Masc.2; feminino 0
Julho 5 Masc.2; feminino 3 0
Agosto 5 Masc.5; feminino 0 3 Masc.2; feminino 1
Setembro 2 Masc.1; feminino 1 6 Masc.4; feminino 2
Outubro 4 Masc.3; feminino 1 7 Masc.4; feminino 3
Novembro 3 Masc.2; feminino 1 4 Masc.2; feminino 2
Dezembro 1 Masc.0; feminino 1 0
Total - 1899 35 Masc.19; feminino 16 29 Masc.18; feminino 11
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